A suavização do lucro líquido e a persistência das contas de resultado das empresas brasileiras de capital aberto
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-09052017-163532/ |
Resumo: | A literatura trata a suavização do lucro líquido como uma das proxies para medir a qualidade da informação contábil (DECHOW; GE; SCHRAND, 2010). Porém, pesquisas sobre suavização do lucro líquido são divergentes em responder se essa suavização aumenta ou diminui a qualidade da informação. Existem trabalhos que testam se o aumento da suavização do lucro líquido aumenta a qualidade da informação por meio da persistência do lucro (TUCKER; ZAROWIN, 2006). Sabe-se, todavia, que os investidores não projetam fluxos de caixa futuros das empresas utilizando somente o lucro líquido, mas as contas de resultado que compõem esse lucro, pois são consideradas relevantes no processo de decisão sobre determinado investimento (BARTON; HANSEN; POWNALL, 2010). Entretanto, desconhecese qual o impacto da suavização sobre as contas de resultado que compõem o lucro líquido. Assim, esta pesquisa procura analisar como o objetivo de suavizar o lucro líquido afeta a persistência das contas de resultado que compõem esse lucro. Nesse sentido, as empresas que fazem parte da amostra foram separadas em empresas que mais e menos suavizam o lucro líquido de acordo com três modelos de suavização encontrados na literatura (LEUZ; NANDA; WYSOCKI , 2003; TUCKER; ZAROWIN, 2006). Posteriormente, foram testadas a persistência das contas de resultado, utilizando o modelo de persistência adaptado de Dechow; Ge e Schrand (2010). Os resultados apontam que as empresas que mais suavizam o lucro líquido possuem contas de resultado mais persistentes em relação às contas das empresas que menos suavizam esse lucro. Além disso, as empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários possuem determinadas contas de resultado mais persistentes quando comparadas às empresas que mais suavizam esse lucro com menor quantidade de accruals discricionários. Portanto, os resultados sugerem que o gestor esteja suavizando o lucro artificialmente aumentando a persistência de determinadas contas de resultado, o que caracteriza estas persistências como artificiais. Assim, o investidor que projetar fluxos de caixa de empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários poderá ter sua decisão prejudicada |
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A suavização do lucro líquido e a persistência das contas de resultado das empresas brasileiras de capital abertoThe net income smoothing and the persistence of the result accounts of Brazilian companiesAccruals discricionáriosDiscretionary accrualsEarnings persistenceEarnings qualityIncome smoothingPersistência do lucroQualidade da informação contábilSuavização de resultadosA literatura trata a suavização do lucro líquido como uma das proxies para medir a qualidade da informação contábil (DECHOW; GE; SCHRAND, 2010). Porém, pesquisas sobre suavização do lucro líquido são divergentes em responder se essa suavização aumenta ou diminui a qualidade da informação. Existem trabalhos que testam se o aumento da suavização do lucro líquido aumenta a qualidade da informação por meio da persistência do lucro (TUCKER; ZAROWIN, 2006). Sabe-se, todavia, que os investidores não projetam fluxos de caixa futuros das empresas utilizando somente o lucro líquido, mas as contas de resultado que compõem esse lucro, pois são consideradas relevantes no processo de decisão sobre determinado investimento (BARTON; HANSEN; POWNALL, 2010). Entretanto, desconhecese qual o impacto da suavização sobre as contas de resultado que compõem o lucro líquido. Assim, esta pesquisa procura analisar como o objetivo de suavizar o lucro líquido afeta a persistência das contas de resultado que compõem esse lucro. Nesse sentido, as empresas que fazem parte da amostra foram separadas em empresas que mais e menos suavizam o lucro líquido de acordo com três modelos de suavização encontrados na literatura (LEUZ; NANDA; WYSOCKI , 2003; TUCKER; ZAROWIN, 2006). Posteriormente, foram testadas a persistência das contas de resultado, utilizando o modelo de persistência adaptado de Dechow; Ge e Schrand (2010). Os resultados apontam que as empresas que mais suavizam o lucro líquido possuem contas de resultado mais persistentes em relação às contas das empresas que menos suavizam esse lucro. Além disso, as empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários possuem determinadas contas de resultado mais persistentes quando comparadas às empresas que mais suavizam esse lucro com menor quantidade de accruals discricionários. Portanto, os resultados sugerem que o gestor esteja suavizando o lucro artificialmente aumentando a persistência de determinadas contas de resultado, o que caracteriza estas persistências como artificiais. Assim, o investidor que projetar fluxos de caixa de empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários poderá ter sua decisão prejudicadaThe literature treats the income smoothing as one of the proxies to measure the earnings quality (DECHOW; GE; SCHRAND, 2010). However, research on the income smoothing diverges in whether this smoothing increases or decreases the earnings quality. There are studies that test whether the increase in income smoothing increases the quality of information through the earnings persistence (TUCKER; ZAROWIN, 2006). It is known, however, that investors do not project future cash flows of companies using only net income, but the profit and loss accounts that make up this profit since they are considered relevant in the decision process on an investment (BARTON; HANSEN; POWNALL, 2010). However, the impact of income smoothing on the income statements that make up net income is not known. Thus, this research seeks to analyze how the objective of smoothing the net profit affects the persistence of the income accounts that compose this profit. In this sense, the companies that are part of the sample were separated into companies that more and less smooth the net profit according to three models of income smoothing found in the literature (LEUZ; NANDA; WYSOCKI , 2003; TUCKER; ZAROWIN, 2006). Subsequently, the persistence of the profit and loss accounts was tested using the persistence model adapted from Dechow; Ge and Schrand (2010). The results show that the companies that smoothed the net profit have more persistent profit and loss accounts in relation to the accounts of the companies that least smooth their profit. In addition, companies that the most smoothed their net income with greater amount of discretionary accruals have more persistent profit and loss accounts when compared to the companies that most smooth their profit with less amount of discretionary accruals. Therefore, the results suggest that it is possible for the manager being artificially smoothing the profit, making certain profit and loss accounts more persistent, which characterizes persistence as artificial. Thus, the investor who projects future cash flow from companies that the most smooth the net income with greater discretionary accruals may have their decision impaired, since the projection of future cash flow may not represent the expected future financial performance of the companyBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNakao, Sílvio HiroshiKajimoto, Clarice Gutierrez Kitamura2017-03-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-09052017-163532/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T17:03:58Zoai:teses.usp.br:tde-09052017-163532Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T17:03:58Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A literatura trata a suavização do lucro líquido como uma das proxies para medir a qualidade da informação contábil (DECHOW; GE; SCHRAND, 2010). Porém, pesquisas sobre suavização do lucro líquido são divergentes em responder se essa suavização aumenta ou diminui a qualidade da informação. Existem trabalhos que testam se o aumento da suavização do lucro líquido aumenta a qualidade da informação por meio da persistência do lucro (TUCKER; ZAROWIN, 2006). Sabe-se, todavia, que os investidores não projetam fluxos de caixa futuros das empresas utilizando somente o lucro líquido, mas as contas de resultado que compõem esse lucro, pois são consideradas relevantes no processo de decisão sobre determinado investimento (BARTON; HANSEN; POWNALL, 2010). Entretanto, desconhecese qual o impacto da suavização sobre as contas de resultado que compõem o lucro líquido. Assim, esta pesquisa procura analisar como o objetivo de suavizar o lucro líquido afeta a persistência das contas de resultado que compõem esse lucro. Nesse sentido, as empresas que fazem parte da amostra foram separadas em empresas que mais e menos suavizam o lucro líquido de acordo com três modelos de suavização encontrados na literatura (LEUZ; NANDA; WYSOCKI , 2003; TUCKER; ZAROWIN, 2006). Posteriormente, foram testadas a persistência das contas de resultado, utilizando o modelo de persistência adaptado de Dechow; Ge e Schrand (2010). Os resultados apontam que as empresas que mais suavizam o lucro líquido possuem contas de resultado mais persistentes em relação às contas das empresas que menos suavizam esse lucro. Além disso, as empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários possuem determinadas contas de resultado mais persistentes quando comparadas às empresas que mais suavizam esse lucro com menor quantidade de accruals discricionários. Portanto, os resultados sugerem que o gestor esteja suavizando o lucro artificialmente aumentando a persistência de determinadas contas de resultado, o que caracteriza estas persistências como artificiais. Assim, o investidor que projetar fluxos de caixa de empresas que mais suavizam o lucro líquido com maior quantidade de accruals discricionários poderá ter sua decisão prejudicada |
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