Efeito da Melatonina sobre a Úlcera Gástrica Induzida por Antiinflamátorios Não-esteroidais (Piroxicam e Fenilbutazona).

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Buscariolo, Inês Aparecida
Data de Publicação: 1997
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-15052019-112339/
Resumo: Os antiinflamatórios não esteroidais (AINEs) constituem um grupo de medicamentos de uso rotineiro na terapêutica clínica, principalmente no tratamento do processo inflamatório e doloroso. O efeito colateral mais comum constatado pelo seu uso é a irritação da mucosa gástrica. A atividade ulcerogênica dos AINEs tem variabilidade diária, uma vez que quando administrados à noite, são melhor tolerados que durante o dia. Tal observação chama a atenção para a possível ação do hormônio pineal, melatonina, sintetizado no período de escuro, tanto por animais de hábitos noturnos como diurnos. No presente estudo foram investigados os efeitos da administração de melatonina sobre a atividade antiinflamatória e lesão gástrica induzida pelo piroxicam e o efeito da melatonina e do piroxicam sobre a síntese de PGE2 pela mucosa gástrica, testando esse hormônio nos seguintes modelos: edema de pata de rato induzido por carragenina, lesão da mucosa gástrica induzida pelo piroxicam e determinação da síntese de PGE2 por enzima-imunoensaio (EIA). A administração intragástrica de melatonina não alterou o efeito aniinflamatório do piroxicam, mas inibiu o efeito colateral ulcerogênico. O efeito antiulcerogênico da melatonina foi observado após administração intragástrica, mas não após a administração subcutânea. As diferenças observadas entre as duas vias de de administração sugere um efeito local desse hormônio sobre a mucosa gástrica. O efeito antiulcerogênico da mealtonina intragástrica esta relacionada à prevenção da inibição da produção der PGE2 da mucosa gástrica pelo piroxicam. A pinealectomia aumentou o efeito ulcerogênico da adminstração noturna de piroxicam. Mesmo utilizando fenilbutazona, que é um AINEs ulcerogenicamente mais potente, no período da manhã, quando o efeito ulcerogênico dos AINEs parece ser acentuado, a melatonina administrada intragastricamente promoveu proteção da mucosa gástrica. Por outro lado, a melatonina administrada intragastricamente não interferiu com ulceração induzida pelo estresse, sugerindo que o efeito antiulcerogênico da melatonina está relacionado mais especificamente com fatores importantes na patogênese da lesão gástrica induzida pelos AINEs (piroxicam e fenilbutazona) em ratos, prevenindo a inibição da síntese de PGE2 da mucosa gástrica induzida pelo piroxicam, sem afetar a ação antiinflamatória.
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No presente estudo foram investigados os efeitos da administração de melatonina sobre a atividade antiinflamatória e lesão gástrica induzida pelo piroxicam e o efeito da melatonina e do piroxicam sobre a síntese de PGE2 pela mucosa gástrica, testando esse hormônio nos seguintes modelos: edema de pata de rato induzido por carragenina, lesão da mucosa gástrica induzida pelo piroxicam e determinação da síntese de PGE2 por enzima-imunoensaio (EIA). A administração intragástrica de melatonina não alterou o efeito aniinflamatório do piroxicam, mas inibiu o efeito colateral ulcerogênico. O efeito antiulcerogênico da melatonina foi observado após administração intragástrica, mas não após a administração subcutânea. As diferenças observadas entre as duas vias de de administração sugere um efeito local desse hormônio sobre a mucosa gástrica. O efeito antiulcerogênico da mealtonina intragástrica esta relacionada à prevenção da inibição da produção der PGE2 da mucosa gástrica pelo piroxicam. A pinealectomia aumentou o efeito ulcerogênico da adminstração noturna de piroxicam. Mesmo utilizando fenilbutazona, que é um AINEs ulcerogenicamente mais potente, no período da manhã, quando o efeito ulcerogênico dos AINEs parece ser acentuado, a melatonina administrada intragastricamente promoveu proteção da mucosa gástrica. Por outro lado, a melatonina administrada intragastricamente não interferiu com ulceração induzida pelo estresse, sugerindo que o efeito antiulcerogênico da melatonina está relacionado mais especificamente com fatores importantes na patogênese da lesão gástrica induzida pelos AINEs (piroxicam e fenilbutazona) em ratos, prevenindo a inibição da síntese de PGE2 da mucosa gástrica induzida pelo piroxicam, sem afetar a ação antiinflamatória.Non-steroidal antiinflammatory drugs are, the most frequently consumed drugs worlwide. They also cause gastrointestinal adverse effects, like gastric ulceration and bleedig. Several reports indicate that, both antiinflammatory effect and the susceptibility to mucosal damage produced by NSAIDs in rats and humans show a circadian variation. Nighttime administration of NSAIDs is better tolerated than morning administration in human and rats. Melatonin, the principal hormone of the pineal gland is secreted at night both in nocturnal and diurnal animals. The purpose of this experiment was to study the effect of melatonin on the antiinflammatory action and gastric mucosal damage induced by piroxicam and the effect of melatonin and piroxicam on the gastric mucosal prostaglandin E2 (PGE2) synthesis. Intragastric administration of melatonin significantly attenuated the gastric lesions induced by piroxicam, but, did not entiinflammatory action accessed by measuring paw edema after carrageenin adminstration. Melatonin anti-ulcerogenic effect was observed after intragastric, but not subcutaneus administration. The differences observed between the two administration routes point to a local effect of the hormone on the stomach mucosa. Pinealectomy increases the ulcerogenic effect of nocturnal administred piroxicam. The anti-ulcerogenic effect of intragastric melatonin was related to prevention of the inhibition of gastric mucosal PGE2 production induced by piroxicam. Indeed, intragastric administration of melatonin protect the gastric mucosa damage induced by effect on stress-induced gastric ulceration. These data suggest that melatonin may attenuate the severity of NSAID-induced gastric mucosal lesions in rats by preventing NSAID-induced inhibition of mucosal PGE2 production whithout affecting th anti-inflamamtory action.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPHayashi, Lia Siguemi SudoBuscariolo, Inês Aparecida1997-07-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/42/42136/tde-15052019-112339/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-06-07T18:01:22Zoai:teses.usp.br:tde-15052019-112339Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-06-07T18:01:22Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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