De passagem: a etnografia como método de observação para contextos socioculturais na reportagem (Uma experiência etnográfica no Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-19122023-153236/ |
Resumo: | A tese estabelece um diálogo com a etnografia, definida como método de observação para compreender contextos socioculturais. O estudo define conceitos para o jornalismo, esclarece o que é etnografia, problematiza a questão do tempo, formas de imersão e o acesso às pessoas no jornalismo. Há uma incompreensão generalizada nos estudos sobre jornalismo que incorporam a prática etnográfica como método: observação participante, trabalho de campo e descrição literária aparecem como práticas sinônimas. A etnografia é vista como uma atividade instrumental desprovida de teoria, e não como resultado de processos de observação e seleção, associada a um esforço intelectual para compreensão dos contextos socioculturais. A pesquisa discute três perspectivas antropológicas De perto, De longe e De passagem com o objetivo de incorporar práticas de observação ao método de verificação jornalístico. Aplica o método etnográfico, nas três formas de apreensão de contextos, à reportagem sobre o Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo. A experiência permite inferir que o Minhocão é um lugar de passagem, um espaço de lazer para práticas esportivas, caracterizado como um espaço das técnicas. A partir do movimento de ocupação espontânea, deduz-se que, por essência, o elevado é um espaço para as artes. No seu entorno, a dinâmica sociocultural é caracterizada pela hipersterização, fenômeno que reflete uma intrincada rede de referências, preferências estéticas e posicionamentos políticos, individuais e coletivos, e de estabelecimentos que não fazem parte de nenhuma rede de lojas ou negócios. |
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De passagem: a etnografia como método de observação para contextos socioculturais na reportagem (Uma experiência etnográfica no Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo)Passing through: The ethnography as observation method of sociocultural background reporting. (An ethnography experience in the Elevado João Goulart, the Minhocão, in São Paulo)AnthropologyAntropologiaContextos socioculturaisEthnographyEtnografiaJornalismoJournalismReportagemReportingSociocultural contextsA tese estabelece um diálogo com a etnografia, definida como método de observação para compreender contextos socioculturais. O estudo define conceitos para o jornalismo, esclarece o que é etnografia, problematiza a questão do tempo, formas de imersão e o acesso às pessoas no jornalismo. Há uma incompreensão generalizada nos estudos sobre jornalismo que incorporam a prática etnográfica como método: observação participante, trabalho de campo e descrição literária aparecem como práticas sinônimas. A etnografia é vista como uma atividade instrumental desprovida de teoria, e não como resultado de processos de observação e seleção, associada a um esforço intelectual para compreensão dos contextos socioculturais. A pesquisa discute três perspectivas antropológicas De perto, De longe e De passagem com o objetivo de incorporar práticas de observação ao método de verificação jornalístico. Aplica o método etnográfico, nas três formas de apreensão de contextos, à reportagem sobre o Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo. A experiência permite inferir que o Minhocão é um lugar de passagem, um espaço de lazer para práticas esportivas, caracterizado como um espaço das técnicas. A partir do movimento de ocupação espontânea, deduz-se que, por essência, o elevado é um espaço para as artes. No seu entorno, a dinâmica sociocultural é caracterizada pela hipersterização, fenômeno que reflete uma intrincada rede de referências, preferências estéticas e posicionamentos políticos, individuais e coletivos, e de estabelecimentos que não fazem parte de nenhuma rede de lojas ou negócios.The thesis establishes a dialogue with ethnography, defined as an observation method to understand sociocultural contexts. The study defines concepts for journalism, clarifies what ethnography is, discusses the issue of time, forms of immersion and access to people in journalism. There is widespread misunderstanding in journalism studies that incorporate ethnographic practice as a method: participant observation, fieldwork and literary description appear as synonymous practices. Ethnography is seen as an instrumental activity devoid of theory, and not as a result of observation and selection processes, associated with an intellectual effort to understand sociocultural contexts. The research discusses three anthropological perspectives Close, Far and Passing with the aim of incorporating observation practices into the journalistic verification method. It applies the ethnographic method, in the three ways of apprehending contexts, to the report on the Elevado João Goulart, the Minhocão, in São Paulo. Experience allows us to infer that Minhocão is a place of passage, a leisure space for sports, characterized as a space for techniques. From the movement of spontaneous occupation, it is deduced that, in essence, the elevated is a space for the arts. In its surroundings, the sociocultural dynamics is characterized by hypersterization, a phenomenon that reflects an intricate network of references, aesthetic preferences and political, individual and collective positions, and of establishments that are not part of any network of stores or businesses.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBucci, EugênioSantana, Alex Sander Alcantara Lopes de2023-10-09info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27164/tde-19122023-153236/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-23T12:06:04Zoai:teses.usp.br:tde-19122023-153236Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-23T12:06:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A tese estabelece um diálogo com a etnografia, definida como método de observação para compreender contextos socioculturais. O estudo define conceitos para o jornalismo, esclarece o que é etnografia, problematiza a questão do tempo, formas de imersão e o acesso às pessoas no jornalismo. Há uma incompreensão generalizada nos estudos sobre jornalismo que incorporam a prática etnográfica como método: observação participante, trabalho de campo e descrição literária aparecem como práticas sinônimas. A etnografia é vista como uma atividade instrumental desprovida de teoria, e não como resultado de processos de observação e seleção, associada a um esforço intelectual para compreensão dos contextos socioculturais. A pesquisa discute três perspectivas antropológicas De perto, De longe e De passagem com o objetivo de incorporar práticas de observação ao método de verificação jornalístico. Aplica o método etnográfico, nas três formas de apreensão de contextos, à reportagem sobre o Elevado João Goulart, o Minhocão, em São Paulo. A experiência permite inferir que o Minhocão é um lugar de passagem, um espaço de lazer para práticas esportivas, caracterizado como um espaço das técnicas. A partir do movimento de ocupação espontânea, deduz-se que, por essência, o elevado é um espaço para as artes. No seu entorno, a dinâmica sociocultural é caracterizada pela hipersterização, fenômeno que reflete uma intrincada rede de referências, preferências estéticas e posicionamentos políticos, individuais e coletivos, e de estabelecimentos que não fazem parte de nenhuma rede de lojas ou negócios. |
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