Cinética do eixo GH/IGF-I, da proteína de ligação IGFBP-3 em adolescentes submentidos a dez semanas de treinamento de hipertrofia muscular
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2018 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-24042018-170314/ |
Resumo: | A prática regular de exercícios físicos durante a infância e adolescência pode induzir o crescimento e desenvolvimento tanto da massa muscular assim como da massa óssea. Nesse contexto, o exercício físico está intimamente ligado à função anabólica provocada pela ação do eixo GH/IGF-I. Níveis basais de IGF-I estão correlacionados positivamente com massa muscular em crianças, adolescentes e adultos. A cinética do IGF-I e IGFBP-3 durante o treinamento crônico ainda não está totalmente esclarecida e um ótimo estimulo para maximizar uma resposta anabólica no treinamento com pesos ainda permanece obscuro. O objetivo do presente estudo foi analisar a cinética das concentrações de IGF-I e da proteína de ligação IGFBP-3 em adolescentes submetidos a dez semanas de treinamento de hipertrofia. As concentrações séricas de IGF-I e IGFBP-3 foram determinadas na 1ª, 5ª e 10ª semana de treinamento com pesos. A composição corporal avaliada mediante cálculo da massa magra, porcentagem de gordura e do índice de massa corporal foi também realizada na 1ª, 5ª e 10ª semana de treinamento e comparada à cinética de IGF-I e da IGFBP-3. O IGF-I apresentou aumento significativo no primeiro momento de avaliação entre o pré e pós-treino (p=0,03) e ao longo das 10 semanas de treinamento (p=0,003). Em relação à IGFBP-3 não foi possível identificar variação significativa entre o pré e o pós-treino em nenhuma das avaliações ou ao longo das 10 semanas de treinamento. A massa corporal, massa magra, a porcentagem de gordura e índice de massa corporal dos voluntários mantiveram-se inalterados ao longo das 10 semanas de treinamento. Correlação negativa foi observada entre a variação na massa muscular e a variação das concentrações séricas de IGF-I quando comparados os dados das avaliações da 1ª e 10ª semanas (r=-0,62; p= 0,002). Em resumo, o IGF-I, mas não a IGFBP-3, mostrou-se sensível aos efeitos agudos e crônicos do treinamento com pesos apresentando-se como um biomarcador de estado de treinamento em voluntários não atletas. A relação negativa entre a variação do IGF-I e a variação da massa magra pode sinalizar um aumento da sensibilidade ao IGF-I com o treinamento. |
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Cinética do eixo GH/IGF-I, da proteína de ligação IGFBP-3 em adolescentes submentidos a dez semanas de treinamento de hipertrofia muscularKinetic of the GH/IGF-I axis and IGFBP-3 in adolescents submitted to ten weeks of muscle hypertrophy trainingAdolescentes; IGF-I; Treinamento com pesosAdolescents; IGF-I; Resistance trainingA prática regular de exercícios físicos durante a infância e adolescência pode induzir o crescimento e desenvolvimento tanto da massa muscular assim como da massa óssea. Nesse contexto, o exercício físico está intimamente ligado à função anabólica provocada pela ação do eixo GH/IGF-I. Níveis basais de IGF-I estão correlacionados positivamente com massa muscular em crianças, adolescentes e adultos. A cinética do IGF-I e IGFBP-3 durante o treinamento crônico ainda não está totalmente esclarecida e um ótimo estimulo para maximizar uma resposta anabólica no treinamento com pesos ainda permanece obscuro. O objetivo do presente estudo foi analisar a cinética das concentrações de IGF-I e da proteína de ligação IGFBP-3 em adolescentes submetidos a dez semanas de treinamento de hipertrofia. As concentrações séricas de IGF-I e IGFBP-3 foram determinadas na 1ª, 5ª e 10ª semana de treinamento com pesos. A composição corporal avaliada mediante cálculo da massa magra, porcentagem de gordura e do índice de massa corporal foi também realizada na 1ª, 5ª e 10ª semana de treinamento e comparada à cinética de IGF-I e da IGFBP-3. O IGF-I apresentou aumento significativo no primeiro momento de avaliação entre o pré e pós-treino (p=0,03) e ao longo das 10 semanas de treinamento (p=0,003). Em relação à IGFBP-3 não foi possível identificar variação significativa entre o pré e o pós-treino em nenhuma das avaliações ou ao longo das 10 semanas de treinamento. A massa corporal, massa magra, a porcentagem de gordura e índice de massa corporal dos voluntários mantiveram-se inalterados ao longo das 10 semanas de treinamento. Correlação negativa foi observada entre a variação na massa muscular e a variação das concentrações séricas de IGF-I quando comparados os dados das avaliações da 1ª e 10ª semanas (r=-0,62; p= 0,002). Em resumo, o IGF-I, mas não a IGFBP-3, mostrou-se sensível aos efeitos agudos e crônicos do treinamento com pesos apresentando-se como um biomarcador de estado de treinamento em voluntários não atletas. A relação negativa entre a variação do IGF-I e a variação da massa magra pode sinalizar um aumento da sensibilidade ao IGF-I com o treinamento.Regular physical exercise during childhood and adolescence can promote growth and development of muscle mass and bone mass. In this context, physical exercise is closely linked to the anabolic function of the GH / IGF-I axis. Baseline IGF-I levels are positively correlated with muscle mass in children, adolescents and adults. The kinetics of IGF-I and IGFBP-3 during chronic training is not fully understood yet; a good stimulus to maximize the anabolic response in resistance training remains unclear. The aim of the present study was to analyse the kinetics of IGF-I and IGFbinding protein 3 (IGFBP-3) in adolescents undergoing ten weeks of hypertrophy training. Serum IGF-I and IGFBP-3 concentrations were determined at the 1st, 5th and 10th week of resistance training. Body composition, lean mass, fat percentage and body mass index were also evaluated at the 1st, 5th and 10th week and compared to the changes in serum IGF-I and IGFBP-3. IGF-I levels increased during the training session at the first evaluation (p=0,03) and also increased during the 10 weeks of training (p=0,003). No changes in IGFBP-3 levels were observed during a training session or during the 10 weeks of training. Body mass, lean mass, fat percentage and body mass index of the volunteers remained unchanged throughout the 10 weeks of training. Negative correlation was observed between the variation in muscle mass and changes in serum IGF-I when data from the 1st and the 10th weeks were compared (r=-0,62;p=0,002). In summary, IGF-I but not IGFBP-3 was sensitive to the acute and chronic effects of resistance training and can be considered as a biomarker of training status in non-athlete volunteers. The negative correlation between the variations in lean mass and IGF-I could sign to a training induced increase in IGF-I sensitivity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMartinelli Junior, Carlos EduardoCorrêa Junior, Marcos2018-01-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17144/tde-24042018-170314/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-19T20:50:39Zoai:teses.usp.br:tde-24042018-170314Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-19T20:50:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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