Do exército moderno à república militar: caserna, política e tensão (1913-1977)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Morais, Ronaldo Queiroz de
Data de Publicação: 2009
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8138/tde-30112009-123226/
Resumo: A presente pesquisa trata de esforço hermenêutico com o objetivo de historiar o Exército como corpo institucional a partir do período de constituição da corporação como entidade moderna ao da estruturação da República Militar. Com a intenção de expor as filigranas políticas e culturais que ao longo da república brasileira qualificaram as identidades na caserna. Com o olhar voltado às práticas sóciomilitares para enfim compreender a mentalidade hegemônica que consolidou na instituição uma visão conservadora de mundo. Esse olhar, no entanto, não negligencia, ainda, a importância do social da sociedade brasileira para a constituição do Exército como força militar e política na república brasileira. Fundamentalmente, as forças armadas não se apresentam deslocadas da sociedade, mesmo que o confinamento esteja na ordem do dia institucional, verdadeiramente, trata-se de uma entidade burocrática antes totalizante do que totalitária. Sendo assim, a história do Exército não está deslocada da vida ordinária brasileira nem da formação do Estado moderno no país. Sempre é bom lembrar que a matéria-prima o corpo a ser militarizado é antes de tudo produto da sociedade civil. Dessa forma, a escritura revela a intenção de explicar e relacionar, com a modernização do Exército, o processo de normalização militar da caserna com a efetivação da corporação como ator político nacional. No limite, num quadro conjuntural de tensão intramilitar e de consenso, meticulosamente, construído ao longo da república brasileira. Por fim, o contexto societal brasileiro no qual o Exército modernizou-se revela a produção de um poder militar naturalizado, por isso respeitado e autônomo tentamos aqui desnaturalizar esse poder com a historicização das práticas sócio-militares.
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