Tetos de vitrais: gênero e raça na contabilidade no Brasil

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Sandra Maria Cerqueira da
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-03082016-111152/
Resumo: Nas duas últimas décadas, o Brasil experimentou profundas transformações sociais. De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as mulheres tinham 5,2 anos de estudo em 1992, e passaram a ter 7,7 anos, em 2009, registrando-se um aumento de 48,1% (Ipea, 2010). Dados do Ministério do Trabalho e Emprego, divulgados no website Folha_Uol, (2015) demonstram que aumentou a participação feminina no mercado formal de trabalho, embora as mulheres com ensino superior recebessem o equivalente a 60% do salário masculino. Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social.
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Dados do Ipea (Pinheiro, Fontoura, Querino, Bonetti, & Rosa, 2008) demonstram a renda familiar per capita média nas famílias chefiadas por homem branco é de R$ 997,00, ao passo que naquelas chefiadas por mulher negra é de apenas R$ 491,00, ou seja, menos da metade. Algo bem na contramão da propalada democracia racial brasileira. Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social.Through the last two decades, our society has experienced profound social changes. According to data from the Brazilian Statistics Bureau (IBGE)\'s Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD, the National Household Sampling Survey), women had an average 5,2 years of study in 1992 which grew to 7,7 years in 2009, rising 47% (IBGE apud Ipea, 2010). Data from the Ministry of Labor (MTE, 2013) shows that female participation in the formal job market rose, yet women with higher education degrees still receive only 60% of men\'s salaries as remuneration. Ipea (2011) data on income show that the per capita family income of a family headed by a white man is 997 Brazilian Reais (R$), while for a family headed by an black women is only R$ 491 - that is, less than half that of a white man\'s family, running counter to the oft-heralded Brazilian \'racial democracy\'. In spite of the increase in the number of women in the job market, according to Peggy, Dwyer and Roberts (2004) the gender agenda of the accounting profession facilitates the north-american imperialist project by enabling firms to employ competent female workers at minimal cost; this would be related to the domesticity ideology, that is, the idea that domestic life is the ideal life for women. Further studies such as that of Bebbington, Thomson and Wall (1997) conclude that accounting students tend to express their gender through masculine or androgynous identities rather than feminine, in accordance to Butler\'s (2012) theory of performativity which states that gender roles are performed as a result of social influences. This \'masculinization\' of accounting students results from the upkeep of stereotypes, such as the idea that accounting is eminently male. Based on this, Bebbington et al (1997) conclude that \"women may be winning the \'numbers game\' but at a cost--that cost being the elimination of feminine gender characteristics\". In other words, female participation in the job market has risen, but there are still many barriers - a significant part of which are subjective - established through closure processesand these barriers impose themselves on the path of women who desire to succeed in positions of prestige, regardless of those women\'s qualification level. The phenomenon known as \'glass ceiling\' represents the various symbolic barriers, imposed subtly - thus transparent, like glass - but strongly enough that they prevent women from rising to the higher positions of the organization hierarchy. Observed in market terms, the phenomenon can be found to happen in many different countries around the world. This scenario has led us to believe that in this process of social transformation, in which new roles are required, revising perspectives on gender identity is necessary, as well as reviewing the production and maintenance of the gender discourses that support these new identities. In Brazil, as per previously related data, in spite of the advances in terms of qualification, women still suffer with unequal work conditions and restrictions to professional access. There seems to exist a group of real and symbolic barriers that keep women from climbing the career ladder. In accounting, women are exposed to eminently machist discourses and practices; the former structure the latter and reify the image of women as being unable to assume positions of higher responsibility. In the face of this and of a scenario in which women are denied access to leadership positions, it is believed that black women are particularly denied by the \'accounting discourse\'; discriminated throughout their lives not only for being women, but also for being black and often poor, they are, through a process of psychological violence, denied their identity as professionals enabled to exercise their functions, especially in positions of power and prestige. Thus, the goal of this study is to investigate whether the phenomenon known as glass ceiling is present in day-to-day interactions, in the form of sexualization and racialization processes faced by black women along their academic trajectories in Brazilian accounting. The research follows a qualitative approach from a poststructuralist stance, using autoethnographic and oral history techniques; data was collected through semistructured interviews, realized in depth with PhD/Master professors and analyzed from the interpretivist perspective. The results found show that the glass ceiling phenomenon is also present in accounting, resulting in barriers specific to the field. To reach this result some limitations needed to be overcome, the main one being the lack of incentive to the development of the study given the innovative character of the proposal - especially in a field and in a locus in which interdisciplinary studies are still the exception. Studies on both gender and race have not, until now, been objects of study in Brazilian accounting. However, I hope this research may pave a way for future works in this theme. With this, accounting will be acting directly towards the promotion of equality, breaking through established closures and enabling social change.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNova, Silvia Pereira de Castro CasaSilva, Sandra Maria Cerqueira da2016-05-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-03082016-111152/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:05:29Zoai:teses.usp.br:tde-03082016-111152Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:05:29Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Apesar do aumento do número de mulheres no mercado de trabalho, de acordo com Peggy, Dwyer e Roberts (2004), a agenda de gênero da profissão contábil ajuda o imperialismo, e, com isso \"tem facilitado o projeto imperial norte-americano, uma vez que permite a manutenção de mulheres a um baixo custo\" (p.176), relacionando esse fato com a ideologia da domesticidade. Ademais, Bebbington, Thomson e Wall (1997) concluem que os estudantes de contabilidade mostram uma tendência para um modelo masculino construído ou andrógino, em vez da identidade feminina; o que encontra amparo na teoria da performatividade de Butler (2012), objeto deste estudo. Isso resulta da manutenção de estereótipos, como a ideia de que a atuação contábil é eminentemente voltada para os homens. Com base no exposto, as mulheres podem até estar ganhando o \'jogo de números\', para tanto, arcam com um custo que implica a eliminação ou não evidenciação das características do gênero feminino. Ou seja, cresceu a participação feminina no mercado de trabalho, mas ainda há muitas barreiras, em boa medida subjetivas, estabelecidas via processos de fechamento, conforme foi visto, e que se impõem no percurso de uma mulher que almeja alcançar êxito em espaços de prestígio, independentemente do seu nível de qualificação. O fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" representa as várias barreiras simbólicas, impostas sutilmente - por isso ditas transparentes -, mas suficientemente fortes para impossibilitar a ascensão de mulheres aos mais altos postos da hierarquia organizacional. Se observado em termos de mercado, o fenômeno pode ser constatado em diferentes países. Esse cenário leva a acreditar que nesse processo de transformação social, em que são requeridos novos papéis, faz-se necessário revisitar perspectivas sobre identidade sexual, bem como rever a produção e manutenção dos discursos de gênero que dão sustentação a essas novas identidades. No Brasil, conforme dados já relatados, embora tenhamos avançado em termos de qualificação, a mulher ainda sofre restrições para acesso profissional e enfrenta condições desiguais de trabalho e remuneração. Parece existir um conjunto de barreiras reais e simbólicas que impedem as mulheres de ascender profissionalmente. Na área de contabilidade, as mulheres são expostas a discursos e práticas eminentemente machistas. Esses discursos estruturam práticas e reificam a leitura da mulher como incapaz de assumir funções de mais responsabilidade. Diante do exposto, e de um quadro de não acesso das mulheres a cargos de liderança, acredita-se que, em um processo de violência psíquica, o \"discurso contábil\" nega, particularmente à mulher negra - que ao longo de sua vida sofre três tipos específicos de discriminação: por ser mulher, por ser pobre, em sua maioria, e por ser negra - sua identidade como profissional habilitada para o exercício de suas funções, particularmente em espaços de poder e prestígio. Assim, o estudo teve por objetivo investigar se o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" (glass ceiling) está presente nas interações cotidianas, por meio de processos de sexualização e racialização enfrentados durante a trajetória acadêmica de mulheres negras, em contabilidade, no Brasil. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, a partir de um posicionamento pós-estruturalista, para a qual foram utilizadas técnicas autoetnográficas e de história oral, com dados coletados por meio de entrevistas semiestruturadas, realizadas em profundidade, com professoras egressas de programas de pós-graduação, analisados sob a perspectiva interpretativista. Os resultados encontrados demonstram que o fenômeno conhecido como \"teto de vidro\" também está presente na contabilidade, o que resulta em barreiras específicas do campo. Para chegar a esse resultado, foi preciso superar algumas limitações, sendo a principal a falta de incentivo para o desenvolvimento do estudo, dado o caráter inovador da proposta, em uma área de conhecimento e em um lócusem que os estudos interdisciplinares ainda são a exceção. Obras sobre gênero e raça, até aqui, não foram objeto de estudos na contabilidade no Brasil. No entanto, espera-se que esta pesquisa possa funcionar como uma abertura para novos estudos nessa temática. Com isso, a contabilidade estará agindo diretamente para a promoção da igualdade, rompendo com fechamentos estabelecidos, e, portanto, para a transformação social.
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