Comparação prospectiva e randomizada entre DisCo Visc e hidroxipropilmetilcelulose 2% durante a facoemulsificação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Espindola, Rodrigo França de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-11012016-154124/
Resumo: INTRODUÇÃO: Comparar duas soluções viscoelásticas, ácido hialurônico 1,6%/sulfato de condroitina 4% (DisCoVisc®, Alcon Laboratórios, EUA) e hidroxipropilmetilcelulose 2% (HPMC, Ophthalmos, Brasil), com relação ao desempenho durante a facoemulsificação (FACO) e o implante de lente intraocular. MÉTODOS: Foi realizado um ensaio clínico randomizado, envolvendo 78 olhos (39 pacientes) submetidos à FACO bilateral, por um único cirurgião. Os pacientes foram randomizados para receber DisCoVisc ou HPMC no primeiro olho. O olho contralateral foi operado mais tarde recebendo a outra solução viscoelástica em todas as etapas da cirurgia. Examinadores mascarados realizaram as avaliações pré e pósoperatórias (5, 24 e 48 horas; 7 e 14 dias; 3 e 6 meses), incluindo a medida da pressão intraocular (PIO), espessura cornena central (ECC) e acuidade visual corrigida. A densidade endotelial foi realizada no pré-operatório e ao final do seguimento (6 meses). Variáveis intraoperatórias incluíram medidas da quantidade total de solução viscoelástica, tempo de ultrassom durante a FACO e tempo para a retirada completa da solução do olho. RESULTADOS: A densidade endotelial foi estatisticamente superior com DisCoVisc (2.214 ± 372 cel/mm2) do que com HPMC (2.032 ± 460 cel/mm2) ao final do seguimento (p = 0,001). Uma redução média de 7% e de 15%, respectivamente. Não houve diferença estatística entre as soluções viscoelásticas com relação a densidade da catarata (p = 0,363) e o tempo de ultrassom (p = 0,456). O tempo de aspiração da HPMC (0,22 ± 0,09 min) foi significativamente maior que o DisCoVisc (0,17 ± 0,06 min) (p = 0,001) e a quantidade de viscoelástico utilizada foi maior com a HPMC (1,35 ± 0,20 ml) do que com DisCoVisc (0,89 ± 0,11 ml) (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as soluções quanto a ECC e a PIO durante o seguimento. CONCLUSÕES: A densidade endotelial ao final do estudo foi significativamente maior com o uso de DisCoVisc, o que pode representar uma melhor proteção endotelial. Foi necessário uma menor quantidade de DisCoVisc e um tempo de aspiração menor durante a FACO com essa solução viscoelástica
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O olho contralateral foi operado mais tarde recebendo a outra solução viscoelástica em todas as etapas da cirurgia. Examinadores mascarados realizaram as avaliações pré e pósoperatórias (5, 24 e 48 horas; 7 e 14 dias; 3 e 6 meses), incluindo a medida da pressão intraocular (PIO), espessura cornena central (ECC) e acuidade visual corrigida. A densidade endotelial foi realizada no pré-operatório e ao final do seguimento (6 meses). Variáveis intraoperatórias incluíram medidas da quantidade total de solução viscoelástica, tempo de ultrassom durante a FACO e tempo para a retirada completa da solução do olho. RESULTADOS: A densidade endotelial foi estatisticamente superior com DisCoVisc (2.214 ± 372 cel/mm2) do que com HPMC (2.032 ± 460 cel/mm2) ao final do seguimento (p = 0,001). Uma redução média de 7% e de 15%, respectivamente. Não houve diferença estatística entre as soluções viscoelásticas com relação a densidade da catarata (p = 0,363) e o tempo de ultrassom (p = 0,456). O tempo de aspiração da HPMC (0,22 ± 0,09 min) foi significativamente maior que o DisCoVisc (0,17 ± 0,06 min) (p = 0,001) e a quantidade de viscoelástico utilizada foi maior com a HPMC (1,35 ± 0,20 ml) do que com DisCoVisc (0,89 ± 0,11 ml) (p < 0,001). Não houve diferença estatisticamente significativa entre as soluções quanto a ECC e a PIO durante o seguimento. CONCLUSÕES: A densidade endotelial ao final do estudo foi significativamente maior com o uso de DisCoVisc, o que pode representar uma melhor proteção endotelial. Foi necessário uma menor quantidade de DisCoVisc e um tempo de aspiração menor durante a FACO com essa solução viscoelásticaINTRODUCTION: To compare two ophthalmic viscosurgical devices (OVDs), 1.6% hyaluronic acid/4% chondroitin sulfate (DisCoVisc®, Alcon Lab., USA) and 2% hydroxypropylmethylcellulose (HPMC, Ophthalmos, Brazil), in terms of their overall performance during phacoemulsification (PHACO) and intraocular lens implantation. METHODS: This prospective, randomized clinical trial comprised 78 eyes (39 patients) that underwent PHACO by the same surgeon. Patients were randomly assigned to receive DisCoVisc or HPMC on the first eye. The other eye was treated later and received the other OVD. Masked examiners measured intraocular pressure (IOP), central corneal thickness (CCT) and best-corrected visual acuity. The corneal endothelial cell density was measured at baseline and at 6 months postoperatively. Intraoperative variables include the total amount of the OVD, ultrasound and washout times. RESULTS: Corneal endothelial cell density was significantly higher with DisCoVisc (2.214 ± 372 cell/mm2) than HPMC (2.032 ± 460 cell/mm2) at the end of follow-up (p = 0.001). A mean reduction of 7% and 15%, respectively. There were no statistically significant differences between OVDs in terms of cataract density (p = 0.363) or ultrasound time (p = 0.456). Regarding washout time, it took longer to remove HPMC (0.22 ± 0.09 min) than DisCoVisc (0.17 ± 0.06 min) (p = 0.001), and the amount of viscoelastic material used was greater with HPMC (1.35 ± 0.20 ml) than DisCoVisc (0.89 ± 0.11 ml) (p < 0.001). There were no statistically significant differences between the two OVDs regarding CCT or IOP measurements at any point in time. CONCLUSION: The corneal endothelial cell loss was significantly less with DisCoVisc than HPMC, which can improve corneal endothelium protection. DisCoVisc was easier to remove after IOL implantation and fewer amounts were necessary during PHACOBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJosé Junior, Newton KaraEspindola, Rodrigo França de2015-10-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5149/tde-11012016-154124/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-09-04T21:06:17Zoai:teses.usp.br:tde-11012016-154124Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-09-04T21:06:17Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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