Papel do VEGF nas alterações retinianas provocadas pela hipóxia normobárica em coelhos

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Castro, Vinícius Monteiro de
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-07012016-090259/
Resumo: Objetivos: Avaliar as alterações retinianas em modelo experimental de hipóxia em coelhos aclimatizados em ambiente hipóxico-normobárico e investigar os efeitos do tratamento com bevacizumabe intravítreo (IV). Métodos: Vinte e dois coelhos New Zealand, com pesos entre 2,4 a 3,8 kg, foram divididos em quatro grupos. Os grupos S12% (n=5) e B12% (n=5) foram aclimatizados durante três dias consecutivos em concentrações de oxigênio (O2) a 12%. Os grupos S8% (n=5) e B8% (n=7) foram aclimatizados durante três dias consecutivos, com reduções graduais da concentração de O2, até atingir o nadir de 8%. Os olhos direitos (OD) foram mantidos como controle e os olhos esquerdos (OE) dos animais dos grupos S12% e S8% receberam injeção IV de 0,05 ml de solução salina balanceada (SSB), enquanto os OE dos grupos B12% e B8% receberam 0,05 ml (1,25 mg) de bevacizumabe IV. Foram realizados exames de tomografia de coerência óptica (OCT) para avaliação da espessura dos segmentos retinianos (SR) e coroidianos (SC), angiografia por fluoresceína sódica (AF) para observação da presença ou ausência de vasodilatação e tortuosidade da vasculatura retiniana e quantificação do Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) do humor aquoso e soro no primeiro dia (D0), antes do tratamento, no terceiro dia de hipóxia (D7) e no décimo primeiro dia (D11), utilizando-se a técnica do Luminex®. Após, os animais foram sacrificados e amostras do tecido retiniano foram avaliadas por histologia e imuno-histoquímica (IHQ). Resultados: Comparando-se os cortes horizontais dos OD (controle) nos períodos D0 e D7, notou-se redução de 8% (p<0,0001) e 10% (p<0,0001) da espessura do SR nas concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente. Comparando-se os cortes verticais nos mesmos períodos, verificou-se redução da espessura do SR de 7%, tanto nas concentrações a 12% (p<0,0001) como a 8% (p<0,0001). Nos olhos tratados com bevacizumabe, a redução das médias das espessuras do SR para os cortes horizontais entre os períodos D0 e D7 foi de 6% (<0,0001) e 9% (<0,0001), para as concentrações de O2 a 12 e 8%, respectivamente. Enquanto que nos olhos tratados com SSB no mesmo período, observou-se redução de 8% (<0,0001) e 6% (<0,0001) para as concentrações de O2 a 12 e 8%, respectivamente, nos cortes horizontais. Nos cortes verticais, para os olhos tratados com bevacizumabe, houve redução de 5% (p=0,0005) e 8% (<0,0001) para concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente; e para os olhos tratados com SSB foi encontrada redução de 7% (<0,0001) e 8% (<0,0001) nas concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente. As espessuras dos SC não apresentaram alterações. O grupo B8 apresentou diferença estatisticamente significativa na análise da proporção dos olhos que não evidenciaram vasodilatação e tortuosidade dos vasos retinianos durante o período hipoxêmico, e não foram observados neovasos retinianos. A histologia e IHQ dos olhos tratados com SSB e bevacizumabe não demonstraram alterações quando comparados com os controles. Conclusões: A aclimatização de coelhos em ambiente hipóxico-normobárico resultou na redução da espessura do SR no terceiro dia de hipóxia. Notou-se, ainda, aumento da tortuosidade e vasodilatação. O bevacizumabe IV não inibiu a redução da espessura retiniana, mas sim a vasodilatação e tortuosidade vascular.
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Os olhos direitos (OD) foram mantidos como controle e os olhos esquerdos (OE) dos animais dos grupos S12% e S8% receberam injeção IV de 0,05 ml de solução salina balanceada (SSB), enquanto os OE dos grupos B12% e B8% receberam 0,05 ml (1,25 mg) de bevacizumabe IV. Foram realizados exames de tomografia de coerência óptica (OCT) para avaliação da espessura dos segmentos retinianos (SR) e coroidianos (SC), angiografia por fluoresceína sódica (AF) para observação da presença ou ausência de vasodilatação e tortuosidade da vasculatura retiniana e quantificação do Vascular Endothelial Growth Factor (VEGF) do humor aquoso e soro no primeiro dia (D0), antes do tratamento, no terceiro dia de hipóxia (D7) e no décimo primeiro dia (D11), utilizando-se a técnica do Luminex®. Após, os animais foram sacrificados e amostras do tecido retiniano foram avaliadas por histologia e imuno-histoquímica (IHQ). Resultados: Comparando-se os cortes horizontais dos OD (controle) nos períodos D0 e D7, notou-se redução de 8% (p<0,0001) e 10% (p<0,0001) da espessura do SR nas concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente. Comparando-se os cortes verticais nos mesmos períodos, verificou-se redução da espessura do SR de 7%, tanto nas concentrações a 12% (p<0,0001) como a 8% (p<0,0001). Nos olhos tratados com bevacizumabe, a redução das médias das espessuras do SR para os cortes horizontais entre os períodos D0 e D7 foi de 6% (<0,0001) e 9% (<0,0001), para as concentrações de O2 a 12 e 8%, respectivamente. Enquanto que nos olhos tratados com SSB no mesmo período, observou-se redução de 8% (<0,0001) e 6% (<0,0001) para as concentrações de O2 a 12 e 8%, respectivamente, nos cortes horizontais. Nos cortes verticais, para os olhos tratados com bevacizumabe, houve redução de 5% (p=0,0005) e 8% (<0,0001) para concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente; e para os olhos tratados com SSB foi encontrada redução de 7% (<0,0001) e 8% (<0,0001) nas concentrações de O2 a 12% e 8%, respectivamente. As espessuras dos SC não apresentaram alterações. O grupo B8 apresentou diferença estatisticamente significativa na análise da proporção dos olhos que não evidenciaram vasodilatação e tortuosidade dos vasos retinianos durante o período hipoxêmico, e não foram observados neovasos retinianos. A histologia e IHQ dos olhos tratados com SSB e bevacizumabe não demonstraram alterações quando comparados com os controles. Conclusões: A aclimatização de coelhos em ambiente hipóxico-normobárico resultou na redução da espessura do SR no terceiro dia de hipóxia. Notou-se, ainda, aumento da tortuosidade e vasodilatação. O bevacizumabe IV não inibiu a redução da espessura retiniana, mas sim a vasodilatação e tortuosidade vascular.Objectives: Evaluate retinal changes in experimental model of hypoxia in rabbits acclimatized in normobaric-hypoxic environment and to investigate the effects of the treatment by intravitreal (IV) bevacizumab drug. Methods: Twenty two New Zealand rabbits weighing between 2,4 to 3,8 kg were divided into 4 groups. The groups S12 (n=5) and B12 (n=5) were acclimatized for 3 consecutive days in oxygen concentration (O2) to 12%. The groups S8 (n=5) and B8 (n=7) were acclimatized for 3 consecutive days with gradual reductions in O2 concentration until the nadir of 8%. The right eye (RE) were kept as controls and the left eye (LE) of the animals belonging to S12 and S8 groups received IV injection of 0,05 ml of balanced salt solution (BSS), while the LE belonging to groups B12 and B8 received 0,05 ml (1,25 mg) of bevacizumab IV. Optical coherence tomography (OCT) to evaluate the thickness of the retinal segments (RS) and choroidalsegments (CS), sodium fluorescein angiography (FA) for evaluation of the presence or absence of vasodilation and tortuosity of the retinal vasculature and quantification of VEGF in the aqueous fluid and peripheral blood sample were conducted at the first day (D0) before treatment, on the third day of hypoxia (D7) and day 11 (D11) using the Luminex® technique. After the animals were sacrificed, the retinal tissue samples were evaluated by histology and immunohistochemistry (IHC). Results: Comparing the horizontal sections of the RE (control) in D0 and D7 periods, a reduction of 8% (p<0,0001) and 10% (p<0,0001) the thickness of the RS in O2 concentration at 12% and 8%, respectively. Comparing the vertical cuts in the same period, there was reduced RS thickness of 7% in both concentrations to 12% (p<0,0001) and 8% (p<0,0001). In the eyes treated with bevacizumab, to reduce the average thickness of the retinal segment for horizontal cuts between D0 and D7 periods were 6% (<0,0001) and 9% (<0,0001) for O2 concentrations to 12 and 8%, respectively. While in the eyes treated with BSS in the same period, there was an 8% reduction (<0,0001) and 6% (<0,0001) for the O2 concentration at the 12% and 8%, respectively, in the horizontal cuts. In the vertical sections is observed for the eyes treated with bevacizumab, 5% reduction (p=0.0005) and 8% (<0,0001) O2 concentration at 12% and 8%, respectively; and BSS treated eyes was reduced by 7% (<0,0001) and 8% (<0,0001) in the O2 concentrations of 12% and 8%, respectively. The thickness of the CS did not show changes. The B8 group showed statistical difference in the analysis of the eyes that did not have vasodilation and tortuosity of the retinal vessels during the hypoxic period. Retinal neovascularization were not observed. Histology and IHC of the eyes treated with BSS and bevacizumab showed no changes compared to the control eyes. Conclusions: The acclimatization of the rabbits in normobaric-hypoxic environment has the effect of reducing the thickness RS on the third day of hypoxia. It is observed also increased tortuosity and vasodilation. The intravitreal bevacizumab does not inhibit retinal thickness decrease, but inhibits vasodilation and vascular tortuosity.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMessias, André Márcio VieiraCastro, Vinícius Monteiro de2015-07-13info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-07012016-090259/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:34:08Zoai:teses.usp.br:tde-07012016-090259Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:34:08Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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