Alterações dimensionais do osso alveolar da maxila após expansão ortodôntica com alinhadores: estudo por TCFC
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-29112022-164524/ |
Resumo: | Introdução: Este estudo teve como objetivo: a) testar a hipótese nula de que não há alterações ósseas alveolares em pacientes submetidos à expansão dentoalveolar maxilar com alinhadores Invisalign® por meio das mensurações da espessura e a profundidade do osso alveolar nas superfícies vestibular e palatina e b) correlaciona-las com as medidas transversais obtidas em modelos digitais 3D. Métodos: A amostra foi composta por registros tomográficos e modelos digitais 3D de 30 pacientes (média 36 anos e 3 meses). TCFC foi utilizada para aferir a quantidade de tecido ósseo alveolar vestibular e palatino, de 12 dentes maxilares e para medir o ângulo formado pelo longo eixo dos dentes com o plano palatino (PP). Medidas da largura do arco maxilar foram realizadas em modelos digitais para quantificar a expansão maxilar. Essas medidas transversais e as inclinações dos dentes com o PP foram correlacionadas com as alterações no tecido ósseo alveolar. O período médio entre a fase inicial (T0) e pós expansão (T1) foi de 19 meses. A comparação entre os dois tempos, antes e após a expansão, foi realizada através do teste t de Student, nas variáveis do modelo, e por ANOVA para medidas repetidas, nas variáveis do plano palatino (PP). Para avaliar a correlação dos parâmetros com o PP foram usados modelos GEE (Generalized Estimating Equations). Resultados: A largura do arco maxilar aumentou significativamente (p-valor < 0,001). Na face vestibular da região cervical de todos os dentes, não houve perda significante de tecido ósseo em espessura (EVC) e profundidade (JCE-CV). Na face palatina os primeiros molares e pré-molares, mostraram melhora significativa na altura (JCE-CP) e em espessura da crista óssea alveolar (EPC). Os únicos dentes que perderam osso na região cervical foram os incisivos centrais, com aumento significante na deiscência óssea (JCE-CP) e diminuição da espessura da tabua óssea (EPC), na face palatina. Na região média, 70% dos dentes houve ganho de espessura óssea ou estabilidade. Nos dentes posteriores, ocorreu melhora significativa da tábua óssea vestibular dos caninos e palatina dos pré-molares e molares, enquanto a palatina dos caninos se manteve. Entretanto, as faces vestibulares dos molares e pré-molares (MBT) sofreram perda óssea significante (p-valor 0.032). A região apical apresentou significativa melhora na tábua óssea vestibular dos incisivos, caninos e pré-molares, e estabilidade nos primeiros molares. No lado palatino, os primeiros molares apresentaram melhora significante; caninos e incisivos apresentaram estabilidade, enquanto pré-molares exibiram redução significativa na quantidade de tecido ósseo. Conclusão: A expansão do arco maxilar com alinhadores Invisalign® não ocasionou perda de osso alveolar cervical, apenas na face vestibular dos molares e pré-molares, no terço médio. Não foi verificado correlação entre as medidas transversais dos modelos digitais e as alterações das alturas e espessuras ósseas nas regiões cervical, média e apical. |
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Alterações dimensionais do osso alveolar da maxila após expansão ortodôntica com alinhadores: estudo por TCFCDimensional changes in the maxillary alveolar bone after orthodontic expansion with a clear aligner: a CBCT studyAlinhadores clarosAlveolar boneClear alignersCone-beam computed tomographyInvisalign®Invisalign®Osso alveolarPeriodontiaPeriodonticsTomografia computadorizada de feixe cônicoIntrodução: Este estudo teve como objetivo: a) testar a hipótese nula de que não há alterações ósseas alveolares em pacientes submetidos à expansão dentoalveolar maxilar com alinhadores Invisalign® por meio das mensurações da espessura e a profundidade do osso alveolar nas superfícies vestibular e palatina e b) correlaciona-las com as medidas transversais obtidas em modelos digitais 3D. Métodos: A amostra foi composta por registros tomográficos e modelos digitais 3D de 30 pacientes (média 36 anos e 3 meses). TCFC foi utilizada para aferir a quantidade de tecido ósseo alveolar vestibular e palatino, de 12 dentes maxilares e para medir o ângulo formado pelo longo eixo dos dentes com o plano palatino (PP). Medidas da largura do arco maxilar foram realizadas em modelos digitais para quantificar a expansão maxilar. Essas medidas transversais e as inclinações dos dentes com o PP foram correlacionadas com as alterações no tecido ósseo alveolar. O período médio entre a fase inicial (T0) e pós expansão (T1) foi de 19 meses. A comparação entre os dois tempos, antes e após a expansão, foi realizada através do teste t de Student, nas variáveis do modelo, e por ANOVA para medidas repetidas, nas variáveis do plano palatino (PP). Para avaliar a correlação dos parâmetros com o PP foram usados modelos GEE (Generalized Estimating Equations). Resultados: A largura do arco maxilar aumentou significativamente (p-valor < 0,001). Na face vestibular da região cervical de todos os dentes, não houve perda significante de tecido ósseo em espessura (EVC) e profundidade (JCE-CV). Na face palatina os primeiros molares e pré-molares, mostraram melhora significativa na altura (JCE-CP) e em espessura da crista óssea alveolar (EPC). Os únicos dentes que perderam osso na região cervical foram os incisivos centrais, com aumento significante na deiscência óssea (JCE-CP) e diminuição da espessura da tabua óssea (EPC), na face palatina. Na região média, 70% dos dentes houve ganho de espessura óssea ou estabilidade. Nos dentes posteriores, ocorreu melhora significativa da tábua óssea vestibular dos caninos e palatina dos pré-molares e molares, enquanto a palatina dos caninos se manteve. Entretanto, as faces vestibulares dos molares e pré-molares (MBT) sofreram perda óssea significante (p-valor 0.032). A região apical apresentou significativa melhora na tábua óssea vestibular dos incisivos, caninos e pré-molares, e estabilidade nos primeiros molares. No lado palatino, os primeiros molares apresentaram melhora significante; caninos e incisivos apresentaram estabilidade, enquanto pré-molares exibiram redução significativa na quantidade de tecido ósseo. Conclusão: A expansão do arco maxilar com alinhadores Invisalign® não ocasionou perda de osso alveolar cervical, apenas na face vestibular dos molares e pré-molares, no terço médio. Não foi verificado correlação entre as medidas transversais dos modelos digitais e as alterações das alturas e espessuras ósseas nas regiões cervical, média e apical.Introduction: This study aimed to: a) test the null hypothesis that there are no alveolar bone changes in patients undergoing maxillary dentoalveolar expansion with Invisalign® aligners by measuring the thickness and depth of the alveolar bone on the buccal and palatal surfaces and b ) correlate them with the transversal measures obtained in 3D digital models. Methods: The sample consisted of tomographic records and 3D digital models of 30 patients (mean 36 years and 3 months). TCFC was used to measure the amount of vestibular and palatal alveolar bone tissue of 12 maxillary teeth and measure the angle formed by the teeth\' long axis with the palatal plane (PP). Maxillary arch width measurements were performed on digital models to quantify maxillary expansion. These cross-sectional measurements and the inclination of the teeth with the PP were correlated with changes in the alveolar bone tissue. The average period between the initial phase (T0) and post expansion (T1) was 19 months. Before and after the expansion, the comparison between the two times was performed using the Student\'s t-test, the model variables, and ANOVA for repeated measures on the palatal plane (PP) variables. GEE (Generalized Estimating Equations) models were used to assess the correlation of parameters with PP. Results: The width of the maxillary arch increased significantly (p-value <0.001). On the buccal surface of the cervical region of all teeth, there was no significant loss of bone tissue in thickness (EVC) and depth (JCE-CV). On the palatal surface, the first molars and premolars showed significant improvement in height (JCE-CP) and in the thickness of the alveolar bone crest (EPC). The only teeth that lost bone in the cervical region were the central incisors, with a significant increase in bone dehiscence (JCE-CP) and a decrease in the bone plate thickness (EPC) on the palate. In the middle region, 70% of the teeth gained bone thickness or stability. In the posterior teeth, there was a significant improvement in the buccal bone plate of the canines and palate of the premolars and molars, while the palate of the canines was maintained. However, the buccal surfaces of the molars and premolars (MBT) suffered significant bone loss (p-value 0.032). The apical region showed significant improvement in the incisors\' buccal bone plate, canines and premolars, and stability in the first molars. On the palatal side, the first molars showed significant improvement; canines and incisors showed stability, while premolars showed a significant reduction in bone tissue amount. Conclusion: Expansion of the maxillary arch with Invisalign® aligners did not cause loss of cervical alveolar bone, only on the buccal surface of molars and premolars, in the middle third. There was no correlation between cross-sectional measurements of digital models and changes in bone heights and thicknesses in the cervical, middle and apical regions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMatsumoto, Mirian Aiko NakaneFigueiredo, Marcio Antonio de2021-03-25info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/58/58135/tde-29112022-164524/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-12-01T15:14:00Zoai:teses.usp.br:tde-29112022-164524Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-12-01T15:14Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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