Existe câncer cervical HPV negativo?
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2011 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-01032012-111445/ |
Resumo: | O câncer no colo do útero é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente nas mulheres no mundo todo e o seu rastreamento é realizado através do exame microscópico das células esfoliadas da mucosa cervical, o teste de Papanicolaou. Partindo-se da premissa que a infecção por Papilomavírus Humano oncogênico (HRHPV) é condição necessária para o desenvolvimento desta neoplasia, tem-se avaliado a possibilidade de empregar-se para a mesma finalidade, o rastreio, métodos que detectam o material genético viral. Estudos recentes demonstraram que estes testes moleculares apresentam maior sensibilidade e a substituição do teste citológico pelos moleculares vem ocorrendo em alguns países. O monitoramento da resposta ao tratamento das pacientes com câncer cervical é realizado por meio de testes inespecíficos como exames de imagem. Portanto, é desejável o desenvolvimento de um teste específico, não invasivo capaz de detectar precocemente a recidiva. Este estudo investigou a freqüência e os tipos de HPV presentes em tumores cervicais de pacientes brasileiras, e verificou a ocorrência de resultados HPV-negativos pelos testes moleculares, procurando investigar as causas de possíveis falhas dos testes. Além disso, padronizou e avaliou uma reação de PCR em tempo real capaz detectar o DNA do HPV-16 e 18 no plasma das pacientes. Foram incluídas no estudo 104 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer cervical atendidas em três hospitais oncológicos do Estado de São Paulo, ICESP, IBCC e HC-Barretos, no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Foram coletados um fragmento do tumor cervical e sangue total. O DNA extraído dos tumores foi submetido a genotipagem do HPV por meio da utilização dos kits Linear Array HPV Genotyping Test (LA) e PapilloCheck®, além de PCRs tipo específicas para HPV-16, 18 e 45. Amostras que apresentaram resultado HPV-negativo no PapilloCheck®, tiveram parte da região E1 seqüenciada para verificar potenciais causas do resultado falso-negativo. A amostra de plasma das pacientes que apresentavam HPV-16 e/ou 18 no tecido tumoral foi submetida à PCR em tempo real para avaliar a presença do DNA do HPV no plasma. Das 104 amostras de tecido tumoral, 103 foram positivas para HPV, sendo que os HPV-16 e 18, como infecção simples, foram os encontrados com maior freqüência (48,5%). Os testes LA e PapilloCheck® apresentaram 65,4% de concordância total. O PapilloCheck® apresentou 12,5% de resultados falso-negativos (N=13). A principal hipótese para explicar esses resultados é a presença de mutações na região de hibridização dos iniciadores e/ou das sondas. A reação de PCR em tempo real específica para HPV-16 e 18 padronizada no estudo apresentou baixa sensibilidade, mas alta especificidade e não deve ser utilizada como teste diagnóstico para o câncer cervical. A relação entre DNA de HPV no plasma e o prognóstico da paciente deve ser explorada no futuro |
id |
USP_79680d895ff69596af1417906d46e2b2 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-01032012-111445 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Existe câncer cervical HPV negativo?Does HPV negative invasive cervical cancer exist?DNA viralDNA viralNeoplasias do colo do úteroNucleotide sequencePapillomaviridaePapillomaviridaePolymerase chain reactionReação em cadeia da polimeraseSequência de nucleotídeoUterine cervical neoplasmsO câncer no colo do útero é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente nas mulheres no mundo todo e o seu rastreamento é realizado através do exame microscópico das células esfoliadas da mucosa cervical, o teste de Papanicolaou. Partindo-se da premissa que a infecção por Papilomavírus Humano oncogênico (HRHPV) é condição necessária para o desenvolvimento desta neoplasia, tem-se avaliado a possibilidade de empregar-se para a mesma finalidade, o rastreio, métodos que detectam o material genético viral. Estudos recentes demonstraram que estes testes moleculares apresentam maior sensibilidade e a substituição do teste citológico pelos moleculares vem ocorrendo em alguns países. O monitoramento da resposta ao tratamento das pacientes com câncer cervical é realizado por meio de testes inespecíficos como exames de imagem. Portanto, é desejável o desenvolvimento de um teste específico, não invasivo capaz de detectar precocemente a recidiva. Este estudo investigou a freqüência e os tipos de HPV presentes em tumores cervicais de pacientes brasileiras, e verificou a ocorrência de resultados HPV-negativos pelos testes moleculares, procurando investigar as causas de possíveis falhas dos testes. Além disso, padronizou e avaliou uma reação de PCR em tempo real capaz detectar o DNA do HPV-16 e 18 no plasma das pacientes. Foram incluídas no estudo 104 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer cervical atendidas em três hospitais oncológicos do Estado de São Paulo, ICESP, IBCC e HC-Barretos, no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Foram coletados um fragmento do tumor cervical e sangue total. O DNA extraído dos tumores foi submetido a genotipagem do HPV por meio da utilização dos kits Linear Array HPV Genotyping Test (LA) e PapilloCheck®, além de PCRs tipo específicas para HPV-16, 18 e 45. Amostras que apresentaram resultado HPV-negativo no PapilloCheck®, tiveram parte da região E1 seqüenciada para verificar potenciais causas do resultado falso-negativo. A amostra de plasma das pacientes que apresentavam HPV-16 e/ou 18 no tecido tumoral foi submetida à PCR em tempo real para avaliar a presença do DNA do HPV no plasma. Das 104 amostras de tecido tumoral, 103 foram positivas para HPV, sendo que os HPV-16 e 18, como infecção simples, foram os encontrados com maior freqüência (48,5%). Os testes LA e PapilloCheck® apresentaram 65,4% de concordância total. O PapilloCheck® apresentou 12,5% de resultados falso-negativos (N=13). A principal hipótese para explicar esses resultados é a presença de mutações na região de hibridização dos iniciadores e/ou das sondas. A reação de PCR em tempo real específica para HPV-16 e 18 padronizada no estudo apresentou baixa sensibilidade, mas alta especificidade e não deve ser utilizada como teste diagnóstico para o câncer cervical. A relação entre DNA de HPV no plasma e o prognóstico da paciente deve ser explorada no futuroInvasive cervical cancer is the second most common cancer among women worldwide and screening programs are based on microscopical examination of cells exfoliated from the cervical mucosa, the Papanicolaou test. Since the infection by an oncogenic HPV (HR-HPV) has been shown to be necessary for the development of this neoplasia, molecular assays are being evaluated for the same application, primary screening. Indeed, recent studies showed these methods to be more sensitive and therefore are replacing the cytological test in many countries. Post treatment surveillance of invasive cervical cancer patients are made by unspecific tests as imaging exams. Hence, the development of a specific non invasive test able to detect premature recurrence is desired. This study investigated the HPV frequency and types on invasive cervical tumors among Brazilian patients observing the occurrence of HPV-negative results on molecular tests, trying to addrees the causes for the putative failures. Moreover, we standardized and evaluated a real time PCR method for HPV-16 and 18 DNA detection on patients plasma. One hundred and four women with invasive cervical cancer were recruited in three oncologic hospitals from São Paulo State, ICESP, IBCC and HCBarretos, in between November 2009 and July 2011. Tumor tissue and whole blood were collected. DNA extracted from the tumors were submitted to HPV detection and genotyping tests such as the Linear Array HPV Genotyping Test (LA) and PapilloCheck®, besides type specific PCRs for HPV-16, 18 e 45. Samples that showed an HPV-negative result on the PapilloCheck® were submitted to direct sequencing of E1 region to verify potential mismatches responsible for that. Plasma samples from patients with tumor tissue positive for HPV-16 and/or 18 were submitted to the real time PCR to evaluate the HPV DNA presence on plasma. Out of 104 cervical carcinomas, 103 were HPV positive, HPV-16 and 18, as single infection, were the most frequent types observed (48.5%). LA and PapilloCheck® showed 65.4% of total agreement. PapilloCheck® displaied 12.5% of false-negative results (N=13). The major hypothesis to explain these results is the presence of mismatches to the primers and/or probes annealing regions. Real time PCR specific for HPV-16 and 18 developed in this study showed low sensitivity, but a high specificity and cannot be used as an invasive cervical cancer diagnostic tool. The relationship between the presence of HPV DNA in the plasma and the patient prognostic shall be evaluated in the futureBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPLevi, José EduardoOliveira, Cristina Mendes de2011-12-14info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-01032012-111445/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:31Zoai:teses.usp.br:tde-01032012-111445Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:31Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Existe câncer cervical HPV negativo? Does HPV negative invasive cervical cancer exist? |
title |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
spellingShingle |
Existe câncer cervical HPV negativo? Oliveira, Cristina Mendes de DNA viral DNA viral Neoplasias do colo do útero Nucleotide sequence Papillomaviridae Papillomaviridae Polymerase chain reaction Reação em cadeia da polimerase Sequência de nucleotídeo Uterine cervical neoplasms |
title_short |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
title_full |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
title_fullStr |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
title_full_unstemmed |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
title_sort |
Existe câncer cervical HPV negativo? |
author |
Oliveira, Cristina Mendes de |
author_facet |
Oliveira, Cristina Mendes de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Levi, José Eduardo |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Oliveira, Cristina Mendes de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
DNA viral DNA viral Neoplasias do colo do útero Nucleotide sequence Papillomaviridae Papillomaviridae Polymerase chain reaction Reação em cadeia da polimerase Sequência de nucleotídeo Uterine cervical neoplasms |
topic |
DNA viral DNA viral Neoplasias do colo do útero Nucleotide sequence Papillomaviridae Papillomaviridae Polymerase chain reaction Reação em cadeia da polimerase Sequência de nucleotídeo Uterine cervical neoplasms |
description |
O câncer no colo do útero é o segundo tipo de neoplasia maligna mais prevalente nas mulheres no mundo todo e o seu rastreamento é realizado através do exame microscópico das células esfoliadas da mucosa cervical, o teste de Papanicolaou. Partindo-se da premissa que a infecção por Papilomavírus Humano oncogênico (HRHPV) é condição necessária para o desenvolvimento desta neoplasia, tem-se avaliado a possibilidade de empregar-se para a mesma finalidade, o rastreio, métodos que detectam o material genético viral. Estudos recentes demonstraram que estes testes moleculares apresentam maior sensibilidade e a substituição do teste citológico pelos moleculares vem ocorrendo em alguns países. O monitoramento da resposta ao tratamento das pacientes com câncer cervical é realizado por meio de testes inespecíficos como exames de imagem. Portanto, é desejável o desenvolvimento de um teste específico, não invasivo capaz de detectar precocemente a recidiva. Este estudo investigou a freqüência e os tipos de HPV presentes em tumores cervicais de pacientes brasileiras, e verificou a ocorrência de resultados HPV-negativos pelos testes moleculares, procurando investigar as causas de possíveis falhas dos testes. Além disso, padronizou e avaliou uma reação de PCR em tempo real capaz detectar o DNA do HPV-16 e 18 no plasma das pacientes. Foram incluídas no estudo 104 pacientes com diagnóstico confirmado de câncer cervical atendidas em três hospitais oncológicos do Estado de São Paulo, ICESP, IBCC e HC-Barretos, no período de novembro de 2009 a julho de 2011. Foram coletados um fragmento do tumor cervical e sangue total. O DNA extraído dos tumores foi submetido a genotipagem do HPV por meio da utilização dos kits Linear Array HPV Genotyping Test (LA) e PapilloCheck®, além de PCRs tipo específicas para HPV-16, 18 e 45. Amostras que apresentaram resultado HPV-negativo no PapilloCheck®, tiveram parte da região E1 seqüenciada para verificar potenciais causas do resultado falso-negativo. A amostra de plasma das pacientes que apresentavam HPV-16 e/ou 18 no tecido tumoral foi submetida à PCR em tempo real para avaliar a presença do DNA do HPV no plasma. Das 104 amostras de tecido tumoral, 103 foram positivas para HPV, sendo que os HPV-16 e 18, como infecção simples, foram os encontrados com maior freqüência (48,5%). Os testes LA e PapilloCheck® apresentaram 65,4% de concordância total. O PapilloCheck® apresentou 12,5% de resultados falso-negativos (N=13). A principal hipótese para explicar esses resultados é a presença de mutações na região de hibridização dos iniciadores e/ou das sondas. A reação de PCR em tempo real específica para HPV-16 e 18 padronizada no estudo apresentou baixa sensibilidade, mas alta especificidade e não deve ser utilizada como teste diagnóstico para o câncer cervical. A relação entre DNA de HPV no plasma e o prognóstico da paciente deve ser explorada no futuro |
publishDate |
2011 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2011-12-14 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/doctoralThesis |
format |
doctoralThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-01032012-111445/ |
url |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-01032012-111445/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815256571860484096 |