A presença da filosofia platônica na pedagogia do estado novo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-12072013-155102/ |
Resumo: | O pensamento ocidental foi inaugurado por Platão, que deu início a certas formas peculiares de elaborar e solucionar problemas filosóficos, constituindo marcos discursivos que se encontram em pensadores de diversas áreas de conhecimento, tanto no campo político e social quanto educacional. Em pesquisas anteriores foram analisados os livros O estado autoritário e a realidade nacional de Azevedo Amaral (1938), O Estado Nacional de Francisco Campos (1941) e Tendências da educação brasileira de Lourenço Filho (1940), considerados responsáveis pela elaboração e difusão das bases teóricas da pedagogia que predominou durante o Estado Novo (1937-1945), constatando-se que esses autores buscavam apoio argumentativo em Platão. O objetivo deste trabalho é apresentar um reexame desses livros por meio da análise retórica fundamentada em Chaïm Perelman, visando investigar a presença de marcos discursivos platônicos em seus argumentos. O primeiro capítulo discorre sobre o uso da metáfora como técnica argumentativa, evidenciando que os autores estabelecem diretrizes previamente determinadas na definição das iniciativas políticas e educacionais do Estado Novo. O segundo capítulo focaliza a dissociação de noções, técnica utilizada pelos autores para argumentarem sobre a o predomínio do coletivo sobre o individual no regime estadonovista. O terceiro capítulo examina a técnica que vincula ato e pessoa, com a qual os autores conferem características pessoais excepcionais ao governante, justificando assim as suas ações no comando da Nação. O quarto capítulo analisa a técnica da definição, utilizada pelos autores para desqualificar o regime democrático e enaltecer as qualidades do Estado Novo. A conclusão defende que a semelhança entre os discursos dos autores pode ser atribuída à presença de marcos discursivos platônicos nos argumentos que apresentam acerca das problemáticas políticas e educacionais, do que decorre seu alinhamento a uma concepção monista de Estado. |
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A presença da filosofia platônica na pedagogia do estado novoThe Presence of Platonic Philosophy in the New State PedagogyAnálise RetóricaEstado NovoFilosofia PlatônicaNew StatePlatonic PhilosophyRhetorical AnalysisO pensamento ocidental foi inaugurado por Platão, que deu início a certas formas peculiares de elaborar e solucionar problemas filosóficos, constituindo marcos discursivos que se encontram em pensadores de diversas áreas de conhecimento, tanto no campo político e social quanto educacional. Em pesquisas anteriores foram analisados os livros O estado autoritário e a realidade nacional de Azevedo Amaral (1938), O Estado Nacional de Francisco Campos (1941) e Tendências da educação brasileira de Lourenço Filho (1940), considerados responsáveis pela elaboração e difusão das bases teóricas da pedagogia que predominou durante o Estado Novo (1937-1945), constatando-se que esses autores buscavam apoio argumentativo em Platão. O objetivo deste trabalho é apresentar um reexame desses livros por meio da análise retórica fundamentada em Chaïm Perelman, visando investigar a presença de marcos discursivos platônicos em seus argumentos. O primeiro capítulo discorre sobre o uso da metáfora como técnica argumentativa, evidenciando que os autores estabelecem diretrizes previamente determinadas na definição das iniciativas políticas e educacionais do Estado Novo. O segundo capítulo focaliza a dissociação de noções, técnica utilizada pelos autores para argumentarem sobre a o predomínio do coletivo sobre o individual no regime estadonovista. O terceiro capítulo examina a técnica que vincula ato e pessoa, com a qual os autores conferem características pessoais excepcionais ao governante, justificando assim as suas ações no comando da Nação. O quarto capítulo analisa a técnica da definição, utilizada pelos autores para desqualificar o regime democrático e enaltecer as qualidades do Estado Novo. A conclusão defende que a semelhança entre os discursos dos autores pode ser atribuída à presença de marcos discursivos platônicos nos argumentos que apresentam acerca das problemáticas políticas e educacionais, do que decorre seu alinhamento a uma concepção monista de Estado.The Western thought was inaugurated over two thousand years ago by Plato, who created some peculiar forms to elaborate and solve philosophical problems, establishing discursive frameworks that are allowed by thinkers from diverse areas of knowledge, both in political and social field as well in education. Previous research analyzed the books The authoritarian state and national reality by Azevedo Amaral (1938), The National State by Francisco Campos (1941) and Trends of Brazilian education by Lourenço Filho (1940), which are considered as responsible for the criation and dissemination of theoretical basis of the pedagogy that prevailed during New State (1937-1945). The conclusions of that research noted that these authors sought argumentative support in Plato. The aim of this work is to review these books by means of Chaïm Perelmans rhetorical analysis, seeking to investigate the presence of Platonic discursive frameworks in the arguments of those authors. The first chapter discusses metaphor as argumentative strategy, showing that the authors established previously determined guidelines to define New State political and educational actions. The second chapter focuses dissociation of notions, which the authors use to argue about freedom in New State. The third chapter examines the link between act and person, with which the authors give exceptional personal characteristics to the ruler, thus justifying his actions in command of the Nation. The fourth chapter analyses definition, which is used by the authors to disqualify democracy and to praise New State qualities. The conclusions defend that the similarity between the discourses of the authors can be attributed to the presence of Platonic discursive frameworks in their arguments about politics and education; and that this presence is responsible by their alignment to a monistic conception of State.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCunha, Marcus Vinicius daSilva, Tatiane da2013-05-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59140/tde-12072013-155102/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:36Zoai:teses.usp.br:tde-12072013-155102Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:36Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O pensamento ocidental foi inaugurado por Platão, que deu início a certas formas peculiares de elaborar e solucionar problemas filosóficos, constituindo marcos discursivos que se encontram em pensadores de diversas áreas de conhecimento, tanto no campo político e social quanto educacional. Em pesquisas anteriores foram analisados os livros O estado autoritário e a realidade nacional de Azevedo Amaral (1938), O Estado Nacional de Francisco Campos (1941) e Tendências da educação brasileira de Lourenço Filho (1940), considerados responsáveis pela elaboração e difusão das bases teóricas da pedagogia que predominou durante o Estado Novo (1937-1945), constatando-se que esses autores buscavam apoio argumentativo em Platão. O objetivo deste trabalho é apresentar um reexame desses livros por meio da análise retórica fundamentada em Chaïm Perelman, visando investigar a presença de marcos discursivos platônicos em seus argumentos. O primeiro capítulo discorre sobre o uso da metáfora como técnica argumentativa, evidenciando que os autores estabelecem diretrizes previamente determinadas na definição das iniciativas políticas e educacionais do Estado Novo. O segundo capítulo focaliza a dissociação de noções, técnica utilizada pelos autores para argumentarem sobre a o predomínio do coletivo sobre o individual no regime estadonovista. O terceiro capítulo examina a técnica que vincula ato e pessoa, com a qual os autores conferem características pessoais excepcionais ao governante, justificando assim as suas ações no comando da Nação. O quarto capítulo analisa a técnica da definição, utilizada pelos autores para desqualificar o regime democrático e enaltecer as qualidades do Estado Novo. A conclusão defende que a semelhança entre os discursos dos autores pode ser atribuída à presença de marcos discursivos platônicos nos argumentos que apresentam acerca das problemáticas políticas e educacionais, do que decorre seu alinhamento a uma concepção monista de Estado. |
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