Diamictitos neopaleozoicos e sedimentos associados do sul de Mato Grosso

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: José Eduardo Siqueira Farjallat
Data de Publicação: 1968
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/D.44.2016.tde-10082016-140054
Resumo: Os principais pontos tratados neste trabalho envolvem problemas da origem de algumas litologias do Grupo Aquidauana (=Grupo Tubarão, Permocarbonífero). São também apresentadas algumas observações e considerações sobre a estratigrafia, faciologia e petrografia de sedimentos do grupo. Diamictitos do Grupo Aquidauana (=Grupo Tubarão Permocarbonífero) até então considerados como tilitos verdadeiros no sul de Mato Grosso, são aqui reinterpretados como depósitos subaquosos com importante contribuição de material trabalhado por gelo. As principais evidências observadas que vêm em apoio desta interpretação são: a) intercalações nos diamictitos de siltitos argilosos laminados exibindo contatos gradativos, no topo e base; b) ocorrência de seixos de origem glacial dispersos nos diamictitos sem orientação preferencial evidente; c) transição de conglomerados de estratificação diadáctica e de arenitos para diamictitos de matriz arenosa; d) transição de diamictitos de matriz arenosa para diamictitos de matriz silto-argilosa, mais típicos; e) presença de bolsas de seixos nos diamictitos; f) evidências de deformação ao estado de sedimento hidroplástico e \"slumping\", exibidas de modo generalizado pelos diamictitos e sedimentos associados, tais como estruturas de sobrecarga ou recalque, acamamentos contorcidos ou convolutos, camadas rompidas por tração (\"pull apart structures\"), dobras, misturas de litologias (\"mixing\"), lineações de arrasto, etc. Acreditamos que o comportamento aparentemente pouco variável dos diamictitos na área constitua evidência adicional em apoio à origem subaquosa sugerida. Embora o número de medidas tenha sido insuficiente para se obter resultados definitivos, são consistentes os dados direcionais obtidos de medidas de vários tipos de estruturas sedimentares. As paleocorrentes inferidas mostraram uma tendência geral de fluxo para noroeste e oeste, paralelamente, grosso modo, com a direção de mergulho dos paleodeclives, ainda preliminarmente estabelecidos. As raríssimas ocorrências de fósseis no Grupo Aquidauana não fornecem elementos decisivos para a elucidação do ambiente de sedimentação, que poderia ter sido, de acordo com os dados disponíveis, continental ou marinho.
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