\"Identificação de estoques da merluza, Merluccius hubbsi Marini, 1933 (Gadiformes: Merlucciidae) na Região Sudeste-Sul do Brasil\"
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-09042007-161610/ |
Resumo: | A merluza, Merluccius hubbsi Marini, 1933, é uma espécie demerso-pelágica típica da região Sudeste-Sul do Brasil, presente entre 21°S e 34°S. Capturada em pequenas quantidades pelas frotas de arrasto, a partir de 2001 tornou-se alvo de pescarias na plataforma externa e talude superior e, desde então, tem apresentado claros sinais de sobrepesca. Estudos sobre o crescimento, a mortalidade e a reprodução apontavam a necessidade de identificar os estoques de merluza na região Sudeste-Sul, visando o adequado ordenamento de sua pescaria, sendo este o objetivo do presente estudo. Com esta finalidade, exemplares da coleção do Museu de Zoologia da USP, otólitos de exemplares juvenis da coleção do Laboratório de Ictiofauna do Instituto Oceanográfico e exemplares coletados em 2004, junto às frotas pesqueiras no Rio de Janeiro, em Santos, em Itajaí e em Rio Grande, no verão e no inverno, foram utilizados para procurando identificar variações geográficas. Foram analisados dados sobre caracteres morfométricos e merísticos, sobre o crescimento de juvenis e de adultos e sobre a reprodução. Os caracteres morfométricos não variaram; os caracteres merísticos apresentaram maiores valores ao sul de 33°S; o crescimento de juvenis e adultos é diferencial entre as regiões, associado à diferentes épocas de desova, com pico no verão na região Sudeste e, no inverno na região Sul. Foram identificados dois estoques: um no sudeste, entre 21°S e 29°S, e outro no sul, entre 29°S e 34°S, este último compartilhado com o Uruguai e a Argentina. Para a gestão imediata da pescaria de M. hubbsi, sugere-se para os dois estoques, restringir a pesca de arrasto durante quatro meses, sendo nos dois primeiros entre 250 e 500 m e nos dois últimos entre 100 e 250 m. Para o estoque sudeste esta restrição deve ser aplicada, para a área entre 21°S e 25°S, de outubro a janeiro e, para a área entre 25°S e 29°S, de novembro a fevereiro. Para o estoque sul a restrição deve abranger a área entre 29°S e 34°S, e vigorar entre abril e julho. |
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Estudos sobre o crescimento, a mortalidade e a reprodução apontavam a necessidade de identificar os estoques de merluza na região Sudeste-Sul, visando o adequado ordenamento de sua pescaria, sendo este o objetivo do presente estudo. Com esta finalidade, exemplares da coleção do Museu de Zoologia da USP, otólitos de exemplares juvenis da coleção do Laboratório de Ictiofauna do Instituto Oceanográfico e exemplares coletados em 2004, junto às frotas pesqueiras no Rio de Janeiro, em Santos, em Itajaí e em Rio Grande, no verão e no inverno, foram utilizados para procurando identificar variações geográficas. Foram analisados dados sobre caracteres morfométricos e merísticos, sobre o crescimento de juvenis e de adultos e sobre a reprodução. Os caracteres morfométricos não variaram; os caracteres merísticos apresentaram maiores valores ao sul de 33°S; o crescimento de juvenis e adultos é diferencial entre as regiões, associado à diferentes épocas de desova, com pico no verão na região Sudeste e, no inverno na região Sul. Foram identificados dois estoques: um no sudeste, entre 21°S e 29°S, e outro no sul, entre 29°S e 34°S, este último compartilhado com o Uruguai e a Argentina. Para a gestão imediata da pescaria de M. hubbsi, sugere-se para os dois estoques, restringir a pesca de arrasto durante quatro meses, sendo nos dois primeiros entre 250 e 500 m e nos dois últimos entre 100 e 250 m. Para o estoque sudeste esta restrição deve ser aplicada, para a área entre 21°S e 25°S, de outubro a janeiro e, para a área entre 25°S e 29°S, de novembro a fevereiro. Para o estoque sul a restrição deve abranger a área entre 29°S e 34°S, e vigorar entre abril e julho.The Argentine hake, Merluccius hubbsi Marini, 1933, is a demersal-pelagic fish inhabiting the South and the Southeast Brazilian area, between 21°S and 34°S. Since 2001, this species has been strongly targeted by trawlers operating at the external continental shelf and the slope. Previous studies about growth, mortality and reproduction pointed the necessity to identify stocks of this species which is the objective of this paper. Samples from the Museu de Zoologia USP collection, otoliths from juveniles fishes from the Ictiofauna Laboratory - IOUSP collection, and specimens collected during Summer and Winter of 2004 from fishing boats operanting in Rio de Janeiro, Santos, Itajaí and Rio Grande were used to analyze geographic variations. Morphometric and meristic data, juveniles and adults growth and reproduction characteristics were analysed. The morphometric characters did not present any variation, instead meristic counts tended to be larger in direction to south of 33°S. Juveniles and adults growth are different between the south and the southeast regions, and associated to different spawning periods, which is in the Summer and in the Winter, respectively. Two stocks were identified: one in the Southeast, between 21°S and 29°S, the other one in the south between 29°S and 34°S, the last one shared with Uruguay and Argentina. In order to manage these stocks, it is suggested the prohibition of the fishery activity during four months, the first two at depth between 250 and 500 m and the last two between 100 and 250 m. For the Southeast stock this restriction would be applied between 21°S and 25°S from October to January and between 25°S and 29°S from November to February. For the south stock the prohibition would be adopted in the area between 29°S and 34°S from April to July.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFigueiredo, Jose Lima deWongtschowski, Carmen Lucia Del Bianco RossiSantos, André Martins Vaz dos2006-12-19info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21131/tde-09042007-161610/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-04-06T13:45:09Zoai:teses.usp.br:tde-09042007-161610Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-04-06T13:45:09Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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