Análise econômica da produção da borracha natural no Estado de São Paulo
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1987 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-161004/ |
Resumo: | Em termos de borracha sintética, o Brasil tornou-se praticamente auto-suficiente, além de contar com algum excedente exportável. Quanto à borracha natural o País encontra-se, ainda hoje, com um deficit de produção, produzindo cerca de 60% de suas necessidades. Ressalta-se que o Governo Federal tem despendido vultuosos recursos em programas de incentivo ao aumento da produção da borracha natural. O Estado de São Paulo, embora sem tradição na cultura da hevea, dispõe de áreas consideradas aptas e de condições ecológicas que permitem expandir o plantio da seringueira e, desse modo, contribuir para o aumento da produção. Contudo, a expansão da heveicultura traz consigo a necessidade de se incrementar os trabalhos de pesquisa, tanto na área agronômica como na área econômica. O propósito deste estudo é analisar as estruturas de custo dos sistemas de produção em uso no Estado de São Paulo e proceder à determinação dos custos médios de produção de borracha natural, por hectare e por unidade produzida, considerando três níveis de produtividade por hectare/ano. Utiliza-se a teoria de investimento em bens de produção, apropriando os custos para todo o horizonte temporal da cultura, estimado' em vinte e sete anos. Os cálculos são efetuados às taxas de desconto de 6 %, 10%, 12 % e 20 % ao ano, dando-se ênfase à aná1ise dos resultados obtidos a taxa de 12% ao ano, como taxa mínima de atratividade ou custo alternativo do capital. Os preços dos fatores de produção são os que vigoraram no mis de maio de 1985; os resultados obtidos em cruzeiros são convertidos para dólares. Como informação básica utiliza-se dados dos seringais cultivados com capital próprio em duas regiões do Estado de São Paulo: Vale do Ribeira e São José do Rio Preto. Os sistemas de produção ana1isados são: sistema I - mudas adquiridas de viveiristas particulares; sistema II - mudas enxertadas em viveiro próprio; sistema III - formação de porta-enxerto em viveiro próprio com enxertia no campo. Para ambas as regiões considera-se tris níveis de produtividade: mínimo, médio e máximo. Os custos médios por unidade produzida são calculados por litro de látex"in natura"e por quilo de borracha seca. Para o Vale do Ribeira o custo médio mais baixo, de Cr$ 3.940 ou US$ 0,75, e obtido para o sistema de produção II, ao nível máximo de produtividade. O custo médio mais elevado, de Cr$ 7.180 ou US$ l,37, é obtido para o sistema I, ao nível mínimo de produtividade. Esse sistema mais comum entre os produtores do Vale do Ribeira. Em São José do Rio Preto o menor custo médio, de Cr$ 4.630 ou US$ 0,89 é obtido no sistema de produção III, ao nível máximo. Esse sistema é o mais comum nessa região, porem, a produtividade conseguida pela maioria dos produtores corresponde ao nível mínimo. Neste caso, o custo médio é de Cr$ 7.770 ou US$ l,49. Em são Josi do Rio Preto os custos médios são mais altos do que no Vale do Ribeira. A razão e que na primeira região os custos fixos são mais elevados devido ao uso de maquinarias enquanto que na última região a cultura e conduzida manualmente. Complementarmente, faz-se uma análise comparativa com outra pesquisa que determinou custos de produção para a seringueira no Estado de São Paulo. |
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Análise econômica da produção da borracha natural no Estado de São PauloEconomic analysis of natural rubber production in São Paulo StateANÁLISE ECONÔMICABORRACHA NATURALPRODUÇÃOEm termos de borracha sintética, o Brasil tornou-se praticamente auto-suficiente, além de contar com algum excedente exportável. Quanto à borracha natural o País encontra-se, ainda hoje, com um deficit de produção, produzindo cerca de 60% de suas necessidades. Ressalta-se que o Governo Federal tem despendido vultuosos recursos em programas de incentivo ao aumento da produção da borracha natural. O Estado de São Paulo, embora sem tradição na cultura da hevea, dispõe de áreas consideradas aptas e de condições ecológicas que permitem expandir o plantio da seringueira e, desse modo, contribuir para o aumento da produção. Contudo, a expansão da heveicultura traz consigo a necessidade de se incrementar os trabalhos de pesquisa, tanto na área agronômica como na área econômica. O propósito deste estudo é analisar as estruturas de custo dos sistemas de produção em uso no Estado de São Paulo e proceder à determinação dos custos médios de produção de borracha natural, por hectare e por unidade produzida, considerando três níveis de produtividade por hectare/ano. Utiliza-se a teoria de investimento em bens de produção, apropriando os custos para todo o horizonte temporal da cultura, estimado' em vinte e sete anos. Os cálculos são efetuados às taxas de desconto de 6 %, 10%, 12 % e 20 % ao ano, dando-se ênfase à aná1ise dos resultados obtidos a taxa de 12% ao ano, como taxa mínima de atratividade ou custo alternativo do capital. Os preços dos fatores de produção são os que vigoraram no mis de maio de 1985; os resultados obtidos em cruzeiros são convertidos para dólares. Como informação básica utiliza-se dados dos seringais cultivados com capital próprio em duas regiões do Estado de São Paulo: Vale do Ribeira e São José do Rio Preto. Os sistemas de produção ana1isados são: sistema I - mudas adquiridas de viveiristas particulares; sistema II - mudas enxertadas em viveiro próprio; sistema III - formação de porta-enxerto em viveiro próprio com enxertia no campo. Para ambas as regiões considera-se tris níveis de produtividade: mínimo, médio e máximo. Os custos médios por unidade produzida são calculados por litro de látex"in natura"e por quilo de borracha seca. Para o Vale do Ribeira o custo médio mais baixo, de Cr$ 3.940 ou US$ 0,75, e obtido para o sistema de produção II, ao nível máximo de produtividade. O custo médio mais elevado, de Cr$ 7.180 ou US$ l,37, é obtido para o sistema I, ao nível mínimo de produtividade. Esse sistema mais comum entre os produtores do Vale do Ribeira. Em São José do Rio Preto o menor custo médio, de Cr$ 4.630 ou US$ 0,89 é obtido no sistema de produção III, ao nível máximo. Esse sistema é o mais comum nessa região, porem, a produtividade conseguida pela maioria dos produtores corresponde ao nível mínimo. Neste caso, o custo médio é de Cr$ 7.770 ou US$ l,49. Em são Josi do Rio Preto os custos médios são mais altos do que no Vale do Ribeira. A razão e que na primeira região os custos fixos são mais elevados devido ao uso de maquinarias enquanto que na última região a cultura e conduzida manualmente. Complementarmente, faz-se uma análise comparativa com outra pesquisa que determinou custos de produção para a seringueira no Estado de São Paulo.Brazil is not only self-sufficient producer of synthetical rubber but also an exceeding export. However, with respect to natural rubber, Brazi1 produce on1y 60 % of its necessity. Worthwhile to point out that the Federal Government has spent massice resources through incentive programs to increase the natural rubber production. São Paulo State does not have tradition in cropping Hevea, on the other hand its are considered with the best ecological condition to a possible expantion of the Hevea production. Also, there is lack of research works both in the agronomic and economic areas in São Paulo State. This study intend to add some knowledge in the rubber production cost. The main objective of this study is to analyse the natura1 rubber production cost under different systems that has been in practice in two regions of São Paulo State: Vale do Ribeira and São José do Rio Preto. The investment theory in production goods is used with a length of p1anning horizon of 27 years, raining annual discount rates of 6%, 10%, 12% and 20%, with three productivity levels (minimum, medium and maximum), and with the monetary values basis of may, 1985, either in cruzeiros or dollars. The average production cost in computed in 1iter of latex"in natura" and in·ki1o of dry rubber. The production systems are: system I. young grafted tree from private nursery; system II: young tree grafting in farmer´s nursery; system III: rootstock in farmer´s nursery and from grafting in the yield. In the Vale do Ribeira, the lowest average cost of Cr$ 3.940 or US$ 0.75 is obtained in the case of the production system II. The highest average cost of Cr$ 7.180 or US$ 1.37 is obtained in the case of the production system I. The 1atter system is the most common among farmers in the Vale do Ribeira. In São José do Rio Preto, the lowest average cost of Cr$ 4.630 or US$ 0.89 is obtained in the case of production system III. This is the most common production system in the region, however farmers have not been able to reach the productivity that researchers had been performing under experimental condition. In this sense the average cost of Cr$ 7.770 or US$ 1.49 might be more appropriated to a great number of the farmers in this region. São José do Rio Preto has average cost higher than Vale do Ribeira. The reason is that in the former region the fixed cost is higher, due to the use of machinery, while the latter region has a traditional production system.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPNeves, Evaristo MarzabalArruda, Silvia Toledo1987-02-02info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-20181127-161004/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-16T20:43:32Zoai:teses.usp.br:tde-20181127-161004Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-16T20:43:32Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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