Psicólogos na rede particular de ensino: possibilidades, limites e superações na atuação

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bray, Cristiane Toller
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-03062015-150444/
Resumo: Esta pesquisa apresenta como objeto de estudo a prática profissional de psicólogos no Ensino Fundamental desenvolvida na rede privada de educação. Para tanto, teve por objetivo analisar modos de inserção de psicólogos que atuam em escolas particulares, tomando o materialismo histórico-dialético enquanto base interpretativa de análise. Compreendemos a prática profissional de psicólogos produzida em um sistema educacional que, ao se constituir na rede privada de ensino, expressa um conjunto de contradições, desafios e impasses para uma atuação ético-política da profissão, no campo da Educação Básica. Algumas questões orientaram a pesquisa: quais práticas psicológicas podem ser desenvolvidas em uma rede de ensino que vive as contradições do mercado para sua manutenção? Como as proposições da área de Psicologia Escolar, centradas em referenciais críticos e institucionais, comparecem nessas organizações de ensino? Quais desafios e entraves se defrontam psicólogos em sua prática profissional ao atuarem em escolas de educação privada? Assim, buscamos conhecer e analisar: a) condições de trabalho em que a atuação de psicólogos se desenvolve; b) modalidades de atuação/intervenção e teorias que embasam suas práticas; c) expectativas daqueles que contratam psicólogos no que tange ao trabalho a ser desenvolvido em escolas da rede privada de ensino; d) desafios e estratégias construídas para a superação das contradições apontadas em sua prática profissional. O campo de investigação contou com depoimentos de dez psicólogos, por meio de entrevistas em profundidade, e de cinco contratantes (duas coordenadoras pedagógicas e três diretores). Oito dos psicólogos são formados por instituições privadas de ensino superior, apenas um é do sexo masculino e a maioria apresenta entre quarenta e cinquenta anos, sendo que o tempo de trabalho varia de 30 a 5 anos. Organizamos os dados em dois eixos de análise: condições de trabalho e atividades profissionais desenvolvidas. No primeiro eixo, identificamos que a contratação de psicólogos para atuar nas escolas ocorre, preferencialmente, por indicação e que parte significativa dos entrevistados é contratada como orientador educacional. De maneira geral, as condições de trabalho são consideradas satisfatórias no que tange ao salário e à carga horária de trabalho, entre 30 e 40 horas semanais. Consideram como dificuldades o que denominam como sensação de falta de tempo para atuar como gostariam e o trabalho junto a professores ou família dos estudantes. Quanto ao segundo eixo, verificou-se que grande parte dos psicólogos ao atuar como orientador educacional, centra sua prática em atendimento aos estudantes, pais e professores, individualmente, utilizando referenciais da Psicanálise e da Psicologia Comportamental, pouco recorrendo ao conhecimento teórico-metodológico da Psicologia Escolar e Educacional e aos teóricos da Psicologia da Educação para atuarem. Os psicólogos afirmam não realizar atendimento clínico (avaliação/psicoterapia) nas escolas. Práticas que incluem discussões ou temáticas da Psicologia Escolar e Educacional foram mencionadas em relatos a respeito de aspectos institucionais e relacionais envolvidos nas práticas pedagógicas, de determinados diagnósticos de estudantes que são encaminhados aos profissionais, bem como em críticas ao processo de medicalização da aprendizagem. Uma atuação aos moldes tradicionais perpassa a expectativa dos contratantes à medida em que esperam de psicólogos auxílio na solução de problemas: buscando orientar os pais, o próprio aluno e realizando encaminhamento para profissionais especializados ou aulas de reforço/aulas particulares, em casos de dificuldade na aprendizagem. O trabalho em equipe é valorizado, o que compreendemos ser uma condição fundamental para educadores e psicólogo(s) trabalharem juntos os desafios que surgem. Adotamos por base o Documento Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica que apresenta princípios ético-políticos para a atuação de psicólogos nacionalmente e princípios da abordagem da Psicologia Histórico-Cultural para propor determinadas condições para uma atuação em uma perspectiva histórico-crítica. Assim, defendemos a tese que o psicólogo ao adotar essa perspectiva estará se comprometendo com críticas ao caráter meramente adaptativo de estudantes e educadores à escola e promovendo ações na direção da transformação que se expressa por abrir possibilidades de superação e mudança nas ações/práticas para uma compreensão institucional de produção do conhecimento, visando garantir as finalidades da escola, seja pública ou privada. No caso dos profissionais das escolas privadas, os desafios recaem mais fortemente sobre a modalidade de contratação que, ao retirar o caráter específico da Psicologia Escolar e Educacional, delimita um outro campo de atuação mais diretamente centrado em interpretações e práticas de cunho pedagógico e individual, historicamente presentes nas atribuições do orientador educacional
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spelling Psicólogos na rede particular de ensino: possibilidades, limites e superações na atuaçãoPsychologists in private school: possibilities, limits and overcoming in actingAtuação do psicólogoEducation psychologyEscola privadaHistoric-cultural psychologyIntervention of psychologistPrivate schoolPsicologia educacionalPsicologia escolarPsicologia histórico-culturalSchool psychologyEsta pesquisa apresenta como objeto de estudo a prática profissional de psicólogos no Ensino Fundamental desenvolvida na rede privada de educação. Para tanto, teve por objetivo analisar modos de inserção de psicólogos que atuam em escolas particulares, tomando o materialismo histórico-dialético enquanto base interpretativa de análise. Compreendemos a prática profissional de psicólogos produzida em um sistema educacional que, ao se constituir na rede privada de ensino, expressa um conjunto de contradições, desafios e impasses para uma atuação ético-política da profissão, no campo da Educação Básica. Algumas questões orientaram a pesquisa: quais práticas psicológicas podem ser desenvolvidas em uma rede de ensino que vive as contradições do mercado para sua manutenção? Como as proposições da área de Psicologia Escolar, centradas em referenciais críticos e institucionais, comparecem nessas organizações de ensino? Quais desafios e entraves se defrontam psicólogos em sua prática profissional ao atuarem em escolas de educação privada? Assim, buscamos conhecer e analisar: a) condições de trabalho em que a atuação de psicólogos se desenvolve; b) modalidades de atuação/intervenção e teorias que embasam suas práticas; c) expectativas daqueles que contratam psicólogos no que tange ao trabalho a ser desenvolvido em escolas da rede privada de ensino; d) desafios e estratégias construídas para a superação das contradições apontadas em sua prática profissional. O campo de investigação contou com depoimentos de dez psicólogos, por meio de entrevistas em profundidade, e de cinco contratantes (duas coordenadoras pedagógicas e três diretores). Oito dos psicólogos são formados por instituições privadas de ensino superior, apenas um é do sexo masculino e a maioria apresenta entre quarenta e cinquenta anos, sendo que o tempo de trabalho varia de 30 a 5 anos. Organizamos os dados em dois eixos de análise: condições de trabalho e atividades profissionais desenvolvidas. No primeiro eixo, identificamos que a contratação de psicólogos para atuar nas escolas ocorre, preferencialmente, por indicação e que parte significativa dos entrevistados é contratada como orientador educacional. De maneira geral, as condições de trabalho são consideradas satisfatórias no que tange ao salário e à carga horária de trabalho, entre 30 e 40 horas semanais. Consideram como dificuldades o que denominam como sensação de falta de tempo para atuar como gostariam e o trabalho junto a professores ou família dos estudantes. Quanto ao segundo eixo, verificou-se que grande parte dos psicólogos ao atuar como orientador educacional, centra sua prática em atendimento aos estudantes, pais e professores, individualmente, utilizando referenciais da Psicanálise e da Psicologia Comportamental, pouco recorrendo ao conhecimento teórico-metodológico da Psicologia Escolar e Educacional e aos teóricos da Psicologia da Educação para atuarem. Os psicólogos afirmam não realizar atendimento clínico (avaliação/psicoterapia) nas escolas. Práticas que incluem discussões ou temáticas da Psicologia Escolar e Educacional foram mencionadas em relatos a respeito de aspectos institucionais e relacionais envolvidos nas práticas pedagógicas, de determinados diagnósticos de estudantes que são encaminhados aos profissionais, bem como em críticas ao processo de medicalização da aprendizagem. Uma atuação aos moldes tradicionais perpassa a expectativa dos contratantes à medida em que esperam de psicólogos auxílio na solução de problemas: buscando orientar os pais, o próprio aluno e realizando encaminhamento para profissionais especializados ou aulas de reforço/aulas particulares, em casos de dificuldade na aprendizagem. O trabalho em equipe é valorizado, o que compreendemos ser uma condição fundamental para educadores e psicólogo(s) trabalharem juntos os desafios que surgem. Adotamos por base o Documento Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica que apresenta princípios ético-políticos para a atuação de psicólogos nacionalmente e princípios da abordagem da Psicologia Histórico-Cultural para propor determinadas condições para uma atuação em uma perspectiva histórico-crítica. Assim, defendemos a tese que o psicólogo ao adotar essa perspectiva estará se comprometendo com críticas ao caráter meramente adaptativo de estudantes e educadores à escola e promovendo ações na direção da transformação que se expressa por abrir possibilidades de superação e mudança nas ações/práticas para uma compreensão institucional de produção do conhecimento, visando garantir as finalidades da escola, seja pública ou privada. No caso dos profissionais das escolas privadas, os desafios recaem mais fortemente sobre a modalidade de contratação que, ao retirar o caráter específico da Psicologia Escolar e Educacional, delimita um outro campo de atuação mais diretamente centrado em interpretações e práticas de cunho pedagógico e individual, historicamente presentes nas atribuições do orientador educacionalThis research has its object of study the work of psychologists in primary education developed in the private education network. Therefore, it aimed to analyze psychologists modes of insertion who work in private schools, taking the historical and dialectical materialism as interpretative analysis base. We understand the work of psychologists, produced in a educational system constituted of private schools, expressed a set of contradictions, challenges and dilemmas for an ethical-political activity of the profession in the field of basic education. Some questions guided the research: which psychological practices can be developed in a school system that lives the contradictions of the market for its maintenance? How the propositions of School Psychology area, focusing on critical and institutional frameworks, attend these educational organizations? What challenges and obstacles face psychologists in their professional practice in private education schools? So, we seek to understand and analyze: a) working conditions in which practicing psychologists develops; b) modes of action / intervention and theories that support their practices; c) expectations of those which hire psychologists regarding the work to be developed in the private school system; d) challenges and strategies built to overcome the contradictions pointed out in their professional practice. The field investigation included in-depth interviews with ten psychologists, and five contractors (two pedagogical coordinators and three directors). Eight psychologists have been trained by private higher education institutions, only one is male and most was between forty and fifty years, and the working time varies from 30 to 5 years. Data was organized in two analysis axis: working conditions and developed professional activities. The first axis identified that psychologists hiring occur preferably by referral and that a significant proportion of respondents are hired as school counselors. In general, the working conditions are considered satisfactory with respect to wages and working hours, which are around 30 and 40 hours per week. The mentioned difficulties were a sense of lack of time to act as they would like and work with teachers or students family. In the second axis, it was found that most psychologists when acting as counselors, focus their practices on service to students, parents and teachers, individually, using references of Psychoanalysis and Behavioral Psychology, and using few theoretical and methodological knowledge of School and Educational Psychology and of Educational Psychology theorists when acting. Psychologists say they do not perform clinical care (assessment / psychotherapy) in schools. Practices that include discussions or issues of Educational and School Psychology were mentioned in reports of institutional and relational aspects involved in teaching practices of certain diagnoses of students who are referred to professionals as well as a critique of the process of the medicalization of learning. A performance to traditional mold permeates the expectation of contractors as they wait psychologists to aid in problem solving: trying to guide parents, students themselves and making referrals to practitioners or tutoring / private lessons, in cases of difficulty in learning. The teamwork is valued, what we understand to be a fundamental condition for educators and psychologist(s) work together the challenges that could arise. The document \"Technical References for Psychologists acting in Basic Education\" was our foundation since it presents ethical and political principles for psychologists work all around the country and principles of the Historic-Cultural Psychological approach to propose certain conditions for working with a historic-critical perspective. Thus, we defend the thesis that the psychologist in adopting this perspective, will be committing to making critiques of merely adaptive character of students and educators to school and promoting actions towards the transformation that is expressed by possibilities of overcoming and changing actions / practices for an institutional understanding of knowledge production, to ensure the school\'s purposes, whether be it public or private. In the case of professionals from private schools, the challenges fall more heavily on the type of contract that, by removing the specific character of Educational and School Psychology, marks another playing field more directly focused on interpretations and educational nature and individual practices, historically present in the tasks of the counselorBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSouza, Marilene Proenca Rebello deBray, Cristiane Toller2015-03-06info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47131/tde-03062015-150444/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2017-06-08T06:00:03Zoai:teses.usp.br:tde-03062015-150444Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212017-06-08T06:00:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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Quais desafios e entraves se defrontam psicólogos em sua prática profissional ao atuarem em escolas de educação privada? Assim, buscamos conhecer e analisar: a) condições de trabalho em que a atuação de psicólogos se desenvolve; b) modalidades de atuação/intervenção e teorias que embasam suas práticas; c) expectativas daqueles que contratam psicólogos no que tange ao trabalho a ser desenvolvido em escolas da rede privada de ensino; d) desafios e estratégias construídas para a superação das contradições apontadas em sua prática profissional. O campo de investigação contou com depoimentos de dez psicólogos, por meio de entrevistas em profundidade, e de cinco contratantes (duas coordenadoras pedagógicas e três diretores). Oito dos psicólogos são formados por instituições privadas de ensino superior, apenas um é do sexo masculino e a maioria apresenta entre quarenta e cinquenta anos, sendo que o tempo de trabalho varia de 30 a 5 anos. Organizamos os dados em dois eixos de análise: condições de trabalho e atividades profissionais desenvolvidas. No primeiro eixo, identificamos que a contratação de psicólogos para atuar nas escolas ocorre, preferencialmente, por indicação e que parte significativa dos entrevistados é contratada como orientador educacional. De maneira geral, as condições de trabalho são consideradas satisfatórias no que tange ao salário e à carga horária de trabalho, entre 30 e 40 horas semanais. Consideram como dificuldades o que denominam como sensação de falta de tempo para atuar como gostariam e o trabalho junto a professores ou família dos estudantes. Quanto ao segundo eixo, verificou-se que grande parte dos psicólogos ao atuar como orientador educacional, centra sua prática em atendimento aos estudantes, pais e professores, individualmente, utilizando referenciais da Psicanálise e da Psicologia Comportamental, pouco recorrendo ao conhecimento teórico-metodológico da Psicologia Escolar e Educacional e aos teóricos da Psicologia da Educação para atuarem. Os psicólogos afirmam não realizar atendimento clínico (avaliação/psicoterapia) nas escolas. Práticas que incluem discussões ou temáticas da Psicologia Escolar e Educacional foram mencionadas em relatos a respeito de aspectos institucionais e relacionais envolvidos nas práticas pedagógicas, de determinados diagnósticos de estudantes que são encaminhados aos profissionais, bem como em críticas ao processo de medicalização da aprendizagem. Uma atuação aos moldes tradicionais perpassa a expectativa dos contratantes à medida em que esperam de psicólogos auxílio na solução de problemas: buscando orientar os pais, o próprio aluno e realizando encaminhamento para profissionais especializados ou aulas de reforço/aulas particulares, em casos de dificuldade na aprendizagem. O trabalho em equipe é valorizado, o que compreendemos ser uma condição fundamental para educadores e psicólogo(s) trabalharem juntos os desafios que surgem. Adotamos por base o Documento Referências Técnicas para Atuação de Psicólogas(os) na Educação Básica que apresenta princípios ético-políticos para a atuação de psicólogos nacionalmente e princípios da abordagem da Psicologia Histórico-Cultural para propor determinadas condições para uma atuação em uma perspectiva histórico-crítica. Assim, defendemos a tese que o psicólogo ao adotar essa perspectiva estará se comprometendo com críticas ao caráter meramente adaptativo de estudantes e educadores à escola e promovendo ações na direção da transformação que se expressa por abrir possibilidades de superação e mudança nas ações/práticas para uma compreensão institucional de produção do conhecimento, visando garantir as finalidades da escola, seja pública ou privada. No caso dos profissionais das escolas privadas, os desafios recaem mais fortemente sobre a modalidade de contratação que, ao retirar o caráter específico da Psicologia Escolar e Educacional, delimita um outro campo de atuação mais diretamente centrado em interpretações e práticas de cunho pedagógico e individual, historicamente presentes nas atribuições do orientador educacional
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