Informações sobre sustentabilidade corporativa: as companhias brasileiras estão preparadas para o que está por vir?

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amorim, Vitória Santos
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-17052024-160407/
Resumo: .Investidores estão cada vez mais se engajando com empresas responsáveis e comprometidas com sustentabilidade e sociedade, de modo que essa latente agenda dentro do mercado de capitais está rapidamente demandando que empresas divulguem informações sobre sustentabilidade corporativa. Com isso, a busca por menos cacofonia entre as iniciativas de padrões de sustentabilidade corporativa ao redor do mundo levou a Fundação IFRS a constituir o ISSB, o qual publicou em 2023 as normas IFRS S1 e IFRS S2. Frente a isso, considerando que as empresas já realizam divulgações de sustentabilidade de forma voluntária e, no Brasil, esses padrões serão obrigatórios a partir de 2026, esta pesquisa tem por objetivo investigar qual o nível de proximidade entre as informações climáticas divulgadas atualmente pelas empresas de capital aberto no Brasil e a norma proposta pelo ISSB (IFRS S2), bem como quais fatores explicam tal nível de proximidade. Valendo-se de análise textual computadorizada através da metodologia de Análise de Similaridade de Cosseno, foram analisadas as divulgações realizadas pelas empresas listadas na B3 no ano de 2022. Numa escala de 0 a 1 para o nível de similaridade, os resultados expõem que, a média geral de similaridade das companhias brasileiras é de 0,09, com um máximo de 0,42 para empresas do setor de energia elétrica, o que indica que na média as empresas brasileiras ainda não divulgam muitos dos tópicos da IFRS S2. Ainda, na média, as empresas brasileiras obtiveram maior nível de similaridade com os tópicos de governança, estratégia e informações sobre métricas e metas climáticas, enquanto apresentaram os piores índices de similaridade para os tópicos de resiliência climática e posição financeira. Em linha com isso, as companhias de capital aberto no Brasil que apresentam maior proximidade com os padrões da futura norma IFRS S2 são dos setores de Materiais Básicos, Utilidade Pública, Petróleo e Gás. Isso sugere que, em alguma medida, as empresas desses setores estão melhor preparadas para aderir aos padrões da IFRS S2 do que as companhias dos demais setores, uma vez que já têm produzido informações em concordância com os tópicos da IFRS S2. Para a amostra brasileira, o porte das companhias mostrou-se determinante para maiores níveis de proximidade com a IFRS S2. Além disso, a presença de um Conselho de Sustentabilidade ou equivalente, o fato de a empresa pertencer a um setor sensível ao meio ambiente, bem como o fato de as informações de sustentabilidade serem auditadas por terceiros também se mostraram estatísticamente significativos para determinar informações mais próximas dos padrões IFRS S2. Essas considerações sugerem então que as empresas que apresentem tais características potencialmente tenham mais facilidade para convergir para norma IFRS S2. Frente às conclusões, as evidências empíricas produzidas nesta pesquisa podem ser utéis para a Fundação IFRS à medida em que proporcionaram evidências do cenário das divulgações de um país emergente do sul da américa. Ainda, o enfoque dado por esta pesquisa em informações climáticas é pertinente para um mapeamento do estado das divulgações brasileiras, de modo que este estudo promove indicadores do nível de aderência das divulgações atuais das companhias brasileiras em relação aos futuros padrões da IFRS S2.
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Frente a isso, considerando que as empresas já realizam divulgações de sustentabilidade de forma voluntária e, no Brasil, esses padrões serão obrigatórios a partir de 2026, esta pesquisa tem por objetivo investigar qual o nível de proximidade entre as informações climáticas divulgadas atualmente pelas empresas de capital aberto no Brasil e a norma proposta pelo ISSB (IFRS S2), bem como quais fatores explicam tal nível de proximidade. Valendo-se de análise textual computadorizada através da metodologia de Análise de Similaridade de Cosseno, foram analisadas as divulgações realizadas pelas empresas listadas na B3 no ano de 2022. Numa escala de 0 a 1 para o nível de similaridade, os resultados expõem que, a média geral de similaridade das companhias brasileiras é de 0,09, com um máximo de 0,42 para empresas do setor de energia elétrica, o que indica que na média as empresas brasileiras ainda não divulgam muitos dos tópicos da IFRS S2. Ainda, na média, as empresas brasileiras obtiveram maior nível de similaridade com os tópicos de governança, estratégia e informações sobre métricas e metas climáticas, enquanto apresentaram os piores índices de similaridade para os tópicos de resiliência climática e posição financeira. Em linha com isso, as companhias de capital aberto no Brasil que apresentam maior proximidade com os padrões da futura norma IFRS S2 são dos setores de Materiais Básicos, Utilidade Pública, Petróleo e Gás. Isso sugere que, em alguma medida, as empresas desses setores estão melhor preparadas para aderir aos padrões da IFRS S2 do que as companhias dos demais setores, uma vez que já têm produzido informações em concordância com os tópicos da IFRS S2. Para a amostra brasileira, o porte das companhias mostrou-se determinante para maiores níveis de proximidade com a IFRS S2. Além disso, a presença de um Conselho de Sustentabilidade ou equivalente, o fato de a empresa pertencer a um setor sensível ao meio ambiente, bem como o fato de as informações de sustentabilidade serem auditadas por terceiros também se mostraram estatísticamente significativos para determinar informações mais próximas dos padrões IFRS S2. Essas considerações sugerem então que as empresas que apresentem tais características potencialmente tenham mais facilidade para convergir para norma IFRS S2. Frente às conclusões, as evidências empíricas produzidas nesta pesquisa podem ser utéis para a Fundação IFRS à medida em que proporcionaram evidências do cenário das divulgações de um país emergente do sul da américa. Ainda, o enfoque dado por esta pesquisa em informações climáticas é pertinente para um mapeamento do estado das divulgações brasileiras, de modo que este estudo promove indicadores do nível de aderência das divulgações atuais das companhias brasileiras em relação aos futuros padrões da IFRS S2.Investors are increasingly engaging with responsible companies committed to sustainability and society, so this latent agenda within the capital market is quickly demanding that companies disclose information on corporate sustainability. As a result, the search for less cacophony among corporate sustainability standards initiatives around the world led the IFRS Foundation to establish the ISSB, which published the IFRS S1 and IFRS S2 standards in 2023. In view of this, considering that companies already carry out sustainability disclosures voluntarily and, in Brazil, these standards will be mandatory from 2026 onwards, this research aims to investigate the level of proximity between climate information currently disclosed by sustainability companies. publicly traded capital in Brazil and the standard proposed by the ISSB (IFRS S2), as well as which factors explain such a level of proximity. Using computerized textual analysis with the Cosine Similarity Analysis methodology, disclosures made by companies listed on B3 in 2022 were analyzed. On a scale of 0 to 1 for the level of similarity, the results show that, the overall similarity average for brazilian companies is 0.09, with a maximum of 0.42 for companies in the electricity sector, which indicates that on average brazilian companies still do not disclose many of the IFRS S2 topics. Furthermore, on average, brazilian companies obtained a higher level of similarity with the topics of governance, strategy and information on climate metrics and targets, while they presented the worst similarity indexes for the topics of climate resilience and financial position. In line with this, the publicly traded companies in Brazil that are closest to the standards of the future IFRS S2 standard are from the Basic Materials, Public Utilities, Oil and Gas sectors. This suggests that, to some extent, companies in these sectors are better prepared to adhere to IFRS S2 standards than companies in other sectors, since they have already produced information in accordance with IFRS S2 topics. For the brazilian sample, the size of the companies proved to be decisive for greater levels of proximity to IFRS S2. Furthermore, the presence of a Sustainability Board or equivalent, the fact that the company belongs to an environmentally sensitive sector, as well as the fact that sustainability information is audited by third parties also proved to be statistically significant in determining more accurate information. close to IFRS S2 standards. These considerations therefore suggest that companies that present such characteristics potentially find it easier to converge to the IFRS S2 standard. In view of the conclusions, the empirical evidence produced in this research can be useful for the IFRS Foundation as it provided evidence of the disclosure scenario of an emerging country in South America. Furthermore, the focus given by this research on climate information is relevant for mapping the state of Brazilian disclosures, so this study promotes indicators of the level of adherence of Brazilian companies\' current disclosures in relation to future IFRS S2 standards.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSarquis, Raquel WilleAmorim, Vitória Santos2024-02-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12136/tde-17052024-160407/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-17T17:30:02Zoai:teses.usp.br:tde-17052024-160407Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-17T17:30:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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