Variabilidade das leituras de tensiômetros e sonda de nêutrons em experimentos de manejo de irrigação
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1996 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155013/ |
Resumo: | Neste trabalho foram utilizados dois equipamentos pelos quais se chega indiretamente ao valor da umidade do solo: o tensiômetro e a sonda de nêutrons. O enfoque dado foi o da avaliação da variabilidade de suas leituras em experimentos com planejamento convencional, para avaliar manejo de irrigação. O objetivo foi identificar em quais faixas de valores dessas leituras essa variabilidade se manifesta mais acentuadamente, e inferir, com base nos resultados, conseqüências para o manejo da irrigação. Essa avaliação foi realizada em dois experimentos de manejo de irrigação, na cultura do milho, nos municípios de Guaíra e Piracicaba, Estado de São Paulo. No experimento I (Guaíra) avaliou-se a variabilidade do potencial mátrico obtido com o tensiômetro em um Latossolo Roxo. Esse experimento contou de 3 tratamentos (trOOO: aplicação de metade da lâmina de água recomendada durante todo o ciclo da cultura; trOIO: aplicação da lâmina recomendada somente na fase II da cultura e metade nas fases I e III; e trIII: aplicação da lâmina recomendada durante todo o ciclo da cultura), com 4 repetições. Para cada parcela determinou-se o potencial mátrico de 0,10 a 1,00 m de profundidade, de 0,10 em 0,10 m. No experimento II (Piracicaba) avaliou-se a variabilidade da contagem relativa de nêutrons lentos em uma Terra Roxa Estruturada Latossólica. Neste caso, o experimento consistiu de 4 tratamentos (trbs: tratamento sem planta; trO, trl e tr2: três níveis de Nitrogênio aplicado em cobertura, respectivamente O, 75 e 150 kg/ha), com 3 repetições. Pelos resultados pôde-se concluir que: 1 - A variabilidade do potencial mátrico mostrou-se dependente do valor médio desse potencial sendo crescente da saturação até aproximadamente -50 kPa e decrescente desse valor até o potencial mátrico limite de funcionamento do tensiômetro. Considerando valores aproximados de potencial mátrico, a variabilidade foi baixa entre O e -15 kPa e -70 e -85 kPa, média entre -15 e -40 kPa e -60 e -70 kPa, e variou de média a alta entre -40 e -60 kPa. 2 - Em diversas situações, para as primeiras leituras realizadas após a ocorrência de irrigação ou precipitação pluvial, o potencial mátrico mostrou acréscimo considerável em sua variabilidade, o que só teria importância em termos práticos se o manejo da irrigação fosse baseado no avanço da frente de molhamento no solo. 3 - A variabilidade da contagem relativa de nêutrons lentos foi baixa, não se mostrando claramente dependente do valor dessa contagem. Fica evidenciada a maior estabilidade da sonda de nêutrons quando comparada às do tensiômetro, o que é explicado basicamente pelo maior volume de solo por ela amostrado, menos sujeitas a variações pontuais. 4 - Para os parâmetros analisados nos dois experimentos (potencial mátrico e contagem relativa de nêutrons lentos) foi possível identificar repetições que se mostraram excessivamente discrepantes da média para o ciclo da cultura, o que nos permite concluir que seria aconselhável a execução de experimentos que talvez contenham menos tratamentos, porém com um número maior de repetições, todas instrumentadas. |
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