Análise morfológica da sínfise mandibular no clado Squamata
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-15082010-115548/ |
Resumo: | A mandíbula dos Squamata é composta por duas hemimandíbulas cada uma composta por diversos ossos. Na região posterior, as hemimandíbulas se conectam ao crânio através do osso quadrado e na região anterior se encontram conectas pela sínfise mandibular, que tem um importante papel anatômico, limitando o movimento independente das hemimandíbulas influenciando assim o grau de cinese da mandíbula. A existência de variação morfológica na sínfise mandibular já foi apontada por diversos autores, no entanto somente alguns estudos detalhados foram feitos sobre esta estrutura, a grande maioria deles em Serpentes. Segundo estes autores os lagartos e as serpentes Scolecophidia apresentariam a sínfise mandibular rígida, enquanto que os mosassaurídeos e as demais serpentes possuiriam uma sínfise mandibular livre. A sínfise livre é um dos caracteres utilizados por diversos autores para unir as Serpentes e os mosassauros no clado Pythonomorpha, esta hipótese foi questionada por alguns autores que acreditam que a sínfise mandibular livre é uma convergência evolutiva nestes dois clados. Diversas famílias de lagartos não apresentaram as cartilagens de Meckel fundidas como era esperado e somente uma das famílias de Scolecophidia apresentava a fusão das cartilagens de Meckel na região sinfisial. A perda da conexão das cartilagens de Meckel seria o primeiro passo para a formação de uma sínfise livre, sua ocorrência em diversas famílias reforça a hipótese de que a sínfise mandibular livre presente nos mossasauros e serpentes Alethinophidia seria uma convergência evolutiva. Também foi possível estabelecer, com base nas morfologias observadas, as transformações necessárias para o surgimento de uma sínfise livre como a das serpentes Alethinophidia. |
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Análise morfológica da sínfise mandibular no clado SquamataMorphological analysis of the mandibular symphysis in the Squamata cladeJawMandíbulaSinfíseSquamataSquamataSymphysisA mandíbula dos Squamata é composta por duas hemimandíbulas cada uma composta por diversos ossos. Na região posterior, as hemimandíbulas se conectam ao crânio através do osso quadrado e na região anterior se encontram conectas pela sínfise mandibular, que tem um importante papel anatômico, limitando o movimento independente das hemimandíbulas influenciando assim o grau de cinese da mandíbula. A existência de variação morfológica na sínfise mandibular já foi apontada por diversos autores, no entanto somente alguns estudos detalhados foram feitos sobre esta estrutura, a grande maioria deles em Serpentes. Segundo estes autores os lagartos e as serpentes Scolecophidia apresentariam a sínfise mandibular rígida, enquanto que os mosassaurídeos e as demais serpentes possuiriam uma sínfise mandibular livre. A sínfise livre é um dos caracteres utilizados por diversos autores para unir as Serpentes e os mosassauros no clado Pythonomorpha, esta hipótese foi questionada por alguns autores que acreditam que a sínfise mandibular livre é uma convergência evolutiva nestes dois clados. Diversas famílias de lagartos não apresentaram as cartilagens de Meckel fundidas como era esperado e somente uma das famílias de Scolecophidia apresentava a fusão das cartilagens de Meckel na região sinfisial. A perda da conexão das cartilagens de Meckel seria o primeiro passo para a formação de uma sínfise livre, sua ocorrência em diversas famílias reforça a hipótese de que a sínfise mandibular livre presente nos mossasauros e serpentes Alethinophidia seria uma convergência evolutiva. Também foi possível estabelecer, com base nas morfologias observadas, as transformações necessárias para o surgimento de uma sínfise livre como a das serpentes Alethinophidia.The Squamate mandible is formed by two hemimandibles each one composed of several bones. In the posterior region, the hemimandibles are connected to the skull by the quadrate bone. In the anterior region these are connected to each other by the mandibular symphysis, which has an important anatomical role, limiting the independent movement of the hemimandibles. Several authors noted the existence of morphological variation in the mandibular symphysis, but only a few detailed studies were made about this structure, the majority of them focusing on Serpentes. These authors claim the lizards and the Scolecophidia snakes possess a rigid mandibular symphysis while the mosasaurs and the rest of the snakes would possess a free mandibular symphysis. The free symphysis is one of the characters used by several authors to support the existence of the Pythonomorpha clade formed by the mosasaurs and the snakes, the existence of this clade is questioned by several authors that believe the presence o the free symphysis to be a convergence in this two groups. Contrary to what was expected, the connection of Meckels cartilages were absent in several lizards families while it was present in only one scolecophidian family. The loss of Meckels cartilages connection would be the first step to the formation of a free symphysis, its occurrence in several families reinforces the hypothesis that the free symphysis could have evolved independently in the mosasaurs and the Alethinopidia snakes. Based on the morphologies observed in this study it was also possible determinate the steps necessary for the evolution of a free symphysis.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPZaher, Hussam El DineEsteves, Marcelo Garrone2010-08-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-15082010-115548/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:12Zoai:teses.usp.br:tde-15082010-115548Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:12Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A mandíbula dos Squamata é composta por duas hemimandíbulas cada uma composta por diversos ossos. Na região posterior, as hemimandíbulas se conectam ao crânio através do osso quadrado e na região anterior se encontram conectas pela sínfise mandibular, que tem um importante papel anatômico, limitando o movimento independente das hemimandíbulas influenciando assim o grau de cinese da mandíbula. A existência de variação morfológica na sínfise mandibular já foi apontada por diversos autores, no entanto somente alguns estudos detalhados foram feitos sobre esta estrutura, a grande maioria deles em Serpentes. Segundo estes autores os lagartos e as serpentes Scolecophidia apresentariam a sínfise mandibular rígida, enquanto que os mosassaurídeos e as demais serpentes possuiriam uma sínfise mandibular livre. A sínfise livre é um dos caracteres utilizados por diversos autores para unir as Serpentes e os mosassauros no clado Pythonomorpha, esta hipótese foi questionada por alguns autores que acreditam que a sínfise mandibular livre é uma convergência evolutiva nestes dois clados. Diversas famílias de lagartos não apresentaram as cartilagens de Meckel fundidas como era esperado e somente uma das famílias de Scolecophidia apresentava a fusão das cartilagens de Meckel na região sinfisial. A perda da conexão das cartilagens de Meckel seria o primeiro passo para a formação de uma sínfise livre, sua ocorrência em diversas famílias reforça a hipótese de que a sínfise mandibular livre presente nos mossasauros e serpentes Alethinophidia seria uma convergência evolutiva. Também foi possível estabelecer, com base nas morfologias observadas, as transformações necessárias para o surgimento de uma sínfise livre como a das serpentes Alethinophidia. |
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