Assimetrias nos reconhecimentos de expressões faciais entre hemicampos visuais de homens e mulheres

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Kusano, Maria Elisa
Data de Publicação: 2015
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-15062015-210503/
Resumo: O reconhecimento das diferentes expressões faciais de emoções é de grande valia para as relações interpessoais. Porém, não há consenso sobre como ocorrem os processos inerentes a esse reconhecimento. Estudos sugerem diferenças no processamento de expressões faciais relacionadas à valência da emoção, assimetria funcional entre os hemisférios cerebrais, e características do observador (destreza manual, sexo e doenças) e ao tempo de exposição dos estímulos. Utilizando o método de campo visual dividido, associado ao de escolha forçada, foram investigados o desempenho de reconhecimento de faces tristes e alegres nos hemicampos visuais esquerdo e direito de 24 participantes (13M, 11H), todos adultos, destros e com acuidade normal ou superior. Todos foram submetidos a sessões experimentais em que pares de faces foram apresentados sucessivamente, por 100ms para um dos hemicampos visuais, direito ou esquerdo, sendo uma das faces neutra e outra emotiva (alegre ou triste), em ordem aleatória de apresentação. O gênero de cada face mantinha-se o mesmo no par (só masculina ou feminina), e trata-se da foto de uma mesma pessoa. As faces emotivas eram apresentadas aleatoriamente entre 11 níveis de intensidade emocional, obtidos pela técnica de morfinização gráfica. A tarefa do participante consistia em escolher em cada sucessão de par de faces em qual hemicampo visual encontrava-se a face mais emotiva. As taxas de acertos emcada nível de intensidade emocional de cada face emotiva permitiram estimar os parâmetros de curvas psicométricas ajustadas a curva acumulada normal para cada hemicampo visual de cada indivíduo. As análises estatísticas das taxas de acertos, em conjunto com os gráficos dos parâmetros das curvas psicométricas dos participantes, permitiu notar que houve maiores taxas de acerto às faces alegres em relação a faces tristes. Além disso, os resultados mostram que enquanto mulheres foram simétricas no reconhecimento das faces felizes e tristes, independente do hemicampo visual (HV); homens foram assimétricos: apresentaram superioridade do HV esquerdo no reconhecimento da face masculina e do HV direito em relação à face feminina. Foi possível observar diferenças no reconhecimento das faces, havendo interação entre sexo do participante e o da face-estímulo apresentada, valência da emoção e hemisfério cerebral. Este trabalho embasa parcialmente a Teoria do Hemisfério Direito e sugere que o tipo de delineamento experimental usado pode estar relacionado com a diferença de desempenho entre sexos feminino e masculino.
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spelling Assimetrias nos reconhecimentos de expressões faciais entre hemicampos visuais de homens e mulheresAsymmetries in recognizing facial expressions between visual hemifields by men and womenAssimetria CerebralBrain AssimetryEmoçãoEmotionExpressão FacialFacial ExpressionO reconhecimento das diferentes expressões faciais de emoções é de grande valia para as relações interpessoais. Porém, não há consenso sobre como ocorrem os processos inerentes a esse reconhecimento. Estudos sugerem diferenças no processamento de expressões faciais relacionadas à valência da emoção, assimetria funcional entre os hemisférios cerebrais, e características do observador (destreza manual, sexo e doenças) e ao tempo de exposição dos estímulos. Utilizando o método de campo visual dividido, associado ao de escolha forçada, foram investigados o desempenho de reconhecimento de faces tristes e alegres nos hemicampos visuais esquerdo e direito de 24 participantes (13M, 11H), todos adultos, destros e com acuidade normal ou superior. Todos foram submetidos a sessões experimentais em que pares de faces foram apresentados sucessivamente, por 100ms para um dos hemicampos visuais, direito ou esquerdo, sendo uma das faces neutra e outra emotiva (alegre ou triste), em ordem aleatória de apresentação. O gênero de cada face mantinha-se o mesmo no par (só masculina ou feminina), e trata-se da foto de uma mesma pessoa. As faces emotivas eram apresentadas aleatoriamente entre 11 níveis de intensidade emocional, obtidos pela técnica de morfinização gráfica. A tarefa do participante consistia em escolher em cada sucessão de par de faces em qual hemicampo visual encontrava-se a face mais emotiva. As taxas de acertos emcada nível de intensidade emocional de cada face emotiva permitiram estimar os parâmetros de curvas psicométricas ajustadas a curva acumulada normal para cada hemicampo visual de cada indivíduo. As análises estatísticas das taxas de acertos, em conjunto com os gráficos dos parâmetros das curvas psicométricas dos participantes, permitiu notar que houve maiores taxas de acerto às faces alegres em relação a faces tristes. Além disso, os resultados mostram que enquanto mulheres foram simétricas no reconhecimento das faces felizes e tristes, independente do hemicampo visual (HV); homens foram assimétricos: apresentaram superioridade do HV esquerdo no reconhecimento da face masculina e do HV direito em relação à face feminina. Foi possível observar diferenças no reconhecimento das faces, havendo interação entre sexo do participante e o da face-estímulo apresentada, valência da emoção e hemisfério cerebral. Este trabalho embasa parcialmente a Teoria do Hemisfério Direito e sugere que o tipo de delineamento experimental usado pode estar relacionado com a diferença de desempenho entre sexos feminino e masculino.Recognizing different emotional facial expressions is worth for interpersonal relationship, although there is not a consensus how this recognition process really occurs. Studies suggest differences during the processing of facial expressions related with emotional valence, functional asymmetry between both brain hemisphere and observer\'s characteristics (manual dexterity, gender and diseases) and by the stimulus exposure time. By the divided visual field method associated with two-interval forced choice we investigated the performance of recognizing sad and happy faces in the left and the right visual hemifield of 24 participants (13 women, 11 men), all adults, right-handed and with normal or higher visual acuity. They were all submitted to experimental sessions where pair of faces were successively presented for 100ms in one of the visual hemifield, right or left, being one neutral and other emotive (happy or sad), in random order presentation . Each pair of faces were only masculine or feminine, of a single person, and the emotional faces could have emotional intensity chosen randomly between 11 intensity levels obtained by computer graphic morphing technique. The participant task was to choose in each pair of face sequence in the visual hemifield which one was the most emotive. The hit rate to each level of emotional intensity of each face allowed to estimate the parameters of psychometric curves adjusted to cumulative normal distribution for each visual hemifields. The statistic analysis of the parameters of the psychometric curves allowed pointed out e that the hit rates for the happy faces were higher than for the sad ones. Also, while women showed symmetric performance in recognizing happy and sad faces between the visual hemifields, men showed asymmetric performance, with superiority of recognizing the male face in the left visual field and of recognizing the female face in the right visual field. There were evidences that recognizing emotional faces are somewhat different, considering interaction between the gender of the participants and the gender of the stimulus face, emotional valences and brain hemisphere. This research partially supports the Right Hemisphere Theory and suggest experimental design influence the sex differences performance.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFukusima, Sergio SheijiKusano, Maria Elisa2015-04-17info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59134/tde-15062015-210503/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:11:57Zoai:teses.usp.br:tde-15062015-210503Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:11:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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