Investigação do eixo cérebro-intestinal em camundongos deficientes em CRAMP submetidos a um modelo experimental de sepse

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Bruzaferro, Ewerton Vinicius Macarini
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5164/tde-19072024-161437/
Resumo: A microbiota, o epitélio e a mucosa intestinal são linhas de defesa essenciais contra patógenos, toxinas e antígenos externos. A disbiose favorece o prevalecimento e a translocação de patógenos para a corrente sanguínea através das barreiras do trato gastrointestinal, gerando uma desregulação do sistema imunológico. Tal desregulação pode acarretar sepse, devido a uma resposta imunológica sistêmica exacerbada, que dissemina a inflamação pelo organismo e causa danos graves a diferentes órgãos, incluindo ao cérebro, um órgão imunologicamente privilegiado. Os peptídeos antimicrobianos compõem parte do sistema imune inato e são essenciais para combater infecções. Dentre eles, a expressão da catelicidina LL-37/CRAMP durante o choque séptico é reduzida, enquanto durante infecções leves, sua expressão é aumentada. Esta característica pró- e anti-inflamatória indica sua relevância em condições clínicas diferentes e sua compreensão se faz necessária para elucidar etapas cruciais da progressão da sepse. O objetivo deste trabalho foi analisar a resposta inflamatória em camundongos knockout para o gene Camp, submetidos a um modelo experimental de sepse. Foi avaliado o dano em tecido cerebral e o impacto na microbiota intestinal de camundongos. Observamos um aumento da expressão gênica de S100A8 e S100A9 no córtex pré-frontal em animais wild-type se comparado com animais CRAMP-knockout, como uma tendência de aumento no hipocampo e no cerebelo, o que não foi refletido na concentração final de proteínas. Houve também um aumento expressivo na população de Escherichia coli, Lactobacillus spp. e Enterococcus faecalis em animais wild-type 24 horas após a CLP se comparados ao grupo CRAMP-knockout. Nossos dados sugerem que a ausência do peptídeo CRAMP refletiu no retardo da progressão da sepse
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