The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Leite, Dirceu Villa de Siqueira
Data de Publicação: 2012
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22022013-151147/
Resumo: The Italianate Pen: Poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI) discute os usos poéticos na Inglaterra Tudor, partindo sobretudo da Florença do século XV sob Lorenzo de Medici, na qual a Academia Platônica da villa Careggi propôs novos conceitos de platonismo e retórica poética por meio de textos e traduções de Lorenzo de Medici, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola, Angelo Poliziano, e mais o importante surgimento de incunabula venezianos, vindos da oficina de Aldus Manutius, em especial o Hypnerotomachia Poliphili (1499) parcialmente traduzido para o inglês (e publicado sob o título de The Strife of Love in a Dreame em 1592), possivelmente por Robert Dallington , um texto alegórico que cifrou a religio amoris ou religio Veneris que vinha do Roman de la Rose, francês, das tradições trovadorescas e da poesia toscana do Trecento, e do platonismo florentino de Ficino e della Mirandola, associando mitos antigos, estatuária, arquitetura e magia oculta numa concepção única de amor lida em numerosas visões alegóricas. Investiga as formas poéticas a partir do conceito de dulcior loquela, proposta por Dante Alighieri em seu tratado De Vulgari Eloquentia, até à forma soneto, como traduzida e praticada, por exemplo, por Thomas Wyatt (empregando o tipo petrarqueano ou continental, mas ainda temperado com asperezas aliterativas anglo-saxãs) e Edmund Spenser (que usa a forma inglesa, do soneto e é considerado um dos mais suaves sonetistas da Inglaterra naquele período). A idéia de dulcior loquela será então refletida no elogio de Shakespeare como hony-tongued e mellifluous por Francis Meres. A contraparte, e por vezes o amálgama dessa aparente suave doçura, serão os mistérios (como Edgar Wind os chama) ou a dark philosophie que não apenas Arthur Golding defende na \"Epistle to the Earl of Leicester\", publicada com sua tradução (em fourteeners) das Metamorfoses de Ovídio, em 1567, mas também George Chapman, em poemas como The Shadow of Night (1594) e Ovids Banquet of Sence (1595), assim como nos poemas de Sidney, e como vai retratada na dark lady de Shakespeare.
id USP_7ef7b99b5d70438a01bf3c71dbe18443
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-22022013-151147
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)The Italianate Pen: poetry in Italy and England (XV and XVI centuries)EnglandInglaterraItáliaItalyPoesiaPoetryThe Italianate Pen: Poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI) discute os usos poéticos na Inglaterra Tudor, partindo sobretudo da Florença do século XV sob Lorenzo de Medici, na qual a Academia Platônica da villa Careggi propôs novos conceitos de platonismo e retórica poética por meio de textos e traduções de Lorenzo de Medici, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola, Angelo Poliziano, e mais o importante surgimento de incunabula venezianos, vindos da oficina de Aldus Manutius, em especial o Hypnerotomachia Poliphili (1499) parcialmente traduzido para o inglês (e publicado sob o título de The Strife of Love in a Dreame em 1592), possivelmente por Robert Dallington , um texto alegórico que cifrou a religio amoris ou religio Veneris que vinha do Roman de la Rose, francês, das tradições trovadorescas e da poesia toscana do Trecento, e do platonismo florentino de Ficino e della Mirandola, associando mitos antigos, estatuária, arquitetura e magia oculta numa concepção única de amor lida em numerosas visões alegóricas. Investiga as formas poéticas a partir do conceito de dulcior loquela, proposta por Dante Alighieri em seu tratado De Vulgari Eloquentia, até à forma soneto, como traduzida e praticada, por exemplo, por Thomas Wyatt (empregando o tipo petrarqueano ou continental, mas ainda temperado com asperezas aliterativas anglo-saxãs) e Edmund Spenser (que usa a forma inglesa, do soneto e é considerado um dos mais suaves sonetistas da Inglaterra naquele período). A idéia de dulcior loquela será então refletida no elogio de Shakespeare como hony-tongued e mellifluous por Francis Meres. A contraparte, e por vezes o amálgama dessa aparente suave doçura, serão os mistérios (como Edgar Wind os chama) ou a dark philosophie que não apenas Arthur Golding defende na \"Epistle to the Earl of Leicester\", publicada com sua tradução (em fourteeners) das Metamorfoses de Ovídio, em 1567, mas também George Chapman, em poemas como The Shadow of Night (1594) e Ovids Banquet of Sence (1595), assim como nos poemas de Sidney, e como vai retratada na dark lady de Shakespeare.The Italianate Pen: Poetry in Italy and England (XV and XVI centuries) discusses the poetic uses in Tudor England that stemmed mostly from XV century Florence under Lorenzo de Medici, in which the Platonic Academy of villa Careggi put forth new concepts of Platonism and poetic rhetoric through Lorenzo de Medici, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola, Angelo Polizianos texts and translations, and the Venetian output of incunabula coming from Aldus Manutius workshop, especially the Hypnerotomachia Poliphili (1499) that was partially translated in English (and published under the title of The Strife of Love in a Dreame in 1592), possibly by Robert Dallington , an allegorical text that has cyphered the religio amoris or religio Veneris that comes from the French Roman de la Rose, the troubadour and Trecento traditions, and the Florentine Platonism of Ficino and della Mirandola, associating ancient myths, statuary, architecture and occult magic in a single conception of love read through a number of allegorical visions. It investigates the poetic forms, from the concept of dulcior loquela, that Dante Alighieri has proposed in his treatise De Vulgari Eloquentia, to the sonnet form, as translated and practiced, for instance, by Thomas Wyatt (employing Petrarchs or continental pattern, but still seasoned with Anglo-Saxon alliterative asperities) and Edmund Spenser (who uses the English sonnet form, and is considered to be one of the sweetest sonneteers in the England of that period). The idea of dulcior loquela will be thus reflected in Francis Meres high praise of Shakespeare as hony-tongued and mellifluous. The counterpart, and sometimes the amalgam of this apparently soft sweetness, would be the mysteries (as Edgar Wind puts it) or the dark philosophie that not only Arthur Golding defends in the \"Epistle to the Earl of Leicester\", published in his 1567 translation of Ovids Metamorphoses (in fourteeners), but also George Chapman, in poems like The Shadow of Night (1594) and Ovids Banquet of Sence (1595), as well as in Sidneys poems and depicted by Shakespeares dark lady.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMilton, JohnLeite, Dirceu Villa de Siqueira2012-12-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22022013-151147/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:35Zoai:teses.usp.br:tde-22022013-151147Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:35Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.none.fl_str_mv The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
The Italianate Pen: poetry in Italy and England (XV and XVI centuries)
title The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
spellingShingle The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
Leite, Dirceu Villa de Siqueira
England
Inglaterra
Itália
Italy
Poesia
Poetry
title_short The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
title_full The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
title_fullStr The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
title_full_unstemmed The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
title_sort The Italianate Pen: poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI)
author Leite, Dirceu Villa de Siqueira
author_facet Leite, Dirceu Villa de Siqueira
author_role author
dc.contributor.none.fl_str_mv Milton, John
dc.contributor.author.fl_str_mv Leite, Dirceu Villa de Siqueira
dc.subject.por.fl_str_mv England
Inglaterra
Itália
Italy
Poesia
Poetry
topic England
Inglaterra
Itália
Italy
Poesia
Poetry
description The Italianate Pen: Poesia na Itália e na Inglaterra (séculos XV e XVI) discute os usos poéticos na Inglaterra Tudor, partindo sobretudo da Florença do século XV sob Lorenzo de Medici, na qual a Academia Platônica da villa Careggi propôs novos conceitos de platonismo e retórica poética por meio de textos e traduções de Lorenzo de Medici, Marsilio Ficino, Pico della Mirandola, Angelo Poliziano, e mais o importante surgimento de incunabula venezianos, vindos da oficina de Aldus Manutius, em especial o Hypnerotomachia Poliphili (1499) parcialmente traduzido para o inglês (e publicado sob o título de The Strife of Love in a Dreame em 1592), possivelmente por Robert Dallington , um texto alegórico que cifrou a religio amoris ou religio Veneris que vinha do Roman de la Rose, francês, das tradições trovadorescas e da poesia toscana do Trecento, e do platonismo florentino de Ficino e della Mirandola, associando mitos antigos, estatuária, arquitetura e magia oculta numa concepção única de amor lida em numerosas visões alegóricas. Investiga as formas poéticas a partir do conceito de dulcior loquela, proposta por Dante Alighieri em seu tratado De Vulgari Eloquentia, até à forma soneto, como traduzida e praticada, por exemplo, por Thomas Wyatt (empregando o tipo petrarqueano ou continental, mas ainda temperado com asperezas aliterativas anglo-saxãs) e Edmund Spenser (que usa a forma inglesa, do soneto e é considerado um dos mais suaves sonetistas da Inglaterra naquele período). A idéia de dulcior loquela será então refletida no elogio de Shakespeare como hony-tongued e mellifluous por Francis Meres. A contraparte, e por vezes o amálgama dessa aparente suave doçura, serão os mistérios (como Edgar Wind os chama) ou a dark philosophie que não apenas Arthur Golding defende na \"Epistle to the Earl of Leicester\", publicada com sua tradução (em fourteeners) das Metamorfoses de Ovídio, em 1567, mas também George Chapman, em poemas como The Shadow of Night (1594) e Ovids Banquet of Sence (1595), assim como nos poemas de Sidney, e como vai retratada na dark lady de Shakespeare.
publishDate 2012
dc.date.none.fl_str_mv 2012-12-07
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22022013-151147/
url http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8147/tde-22022013-151147/
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.relation.none.fl_str_mv
dc.rights.driver.fl_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
info:eu-repo/semantics/openAccess
rights_invalid_str_mv Liberar o conteúdo para acesso público.
eu_rights_str_mv openAccess
dc.format.none.fl_str_mv application/pdf
dc.coverage.none.fl_str_mv
dc.publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
publisher.none.fl_str_mv Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
dc.source.none.fl_str_mv
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1809090976255311872