Movimentos dos olhos e topografias de controle de estímulos em treino de discriminação condicional e testes de equivalência

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Perez, William Ferreira
Data de Publicação: 2008
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-04012009-141137/
Resumo: A análise operante dos movimentos dos olhos tem-se mostrado uma medida auxiliar no estudo de controle de estímulos, posto que diferentes topografias de controle de estímulo (TCE) correlacionam-se a diferentes padrões de movimento dos olhos, segundo dados recentes da literatura. O presente estudo buscou analisar experimentalmente os efeitos de diferentes TCE (seleção/rejeição) sobre o padrão dos movimentos dos olhos de quatro participantes submetidos a treinos de discriminação condicional e testes de equivalência. Figuras sem sentido, letras do alfabeto ocidental, números e letras do alfabeto grego foram utilizadas como estímulos visuais. Inicialmente, durante a fase de Linha de Base (LB), todos os participantes foram submetidos a um treino AB/BC e aos testes de transitividade (AC), simetria (CB e BA), equivalência (CA) e reflexividade (AA, BB e CC), nessa ordem. Em seguida, em seqüências distintas para cada participante, foram conduzidas diferentes fases de treino em que o controle por rejeição ou por seleção passaram a ser favorecidos por meio da manipulação das proporções de S+ e de S-. Na fase de Controle por Rejeição (RJ), os participantes foram submetidos a um treino DE/EF no qual o estabelecimento da TCE por rejeição fora favorecido; em seguida, foram realizados os testes (DF, FE, ED, FD, DD, EE e FF). Na fase de Controle por Seleção (SL), os participantes foram submetidos a um treino GH/HI no qual a TCE por seleção fora favorecida; em seguida, foram realizados os testes (GH, IH, GH, IG, GG, HH e II). Dois dos participantes foram submetidos às fases experimentais na ordem LB RJ SL; para os outros dois, a ordem das duas últimas fases foi invertida (LB SL RJ). Todos os participantes apresentaram alta porcentagem de acerto nos testes seguintes às fases LB e SL. Na fase RJ, somente um participante apresentou desempenho indicativo de controle por rejeição, ou seja, falhas sistemáticas nos testes de transitividade, equivalência e reflexividade. Para esse participante, na fase RJ, a topografia de olhar somente o S- antes de escolher um dos comparações foi ocorreu em alta freqüência comparada a olhar somente o S+. Nessa mesma fase, a freqüência e a duração do olhar para o S- também foram maiores quando comparadas ao S+. O inverso se deu na fase SL, ou seja, houve uma alta freqüência da topografia de olhar somente o S+, bem como houve maiores freqüências e durações de olhar ao S+ comparadas ao S-. De modo geral, para os demais participantes, os quais foram bem-sucedidos nos testes seguintes à fase RJ, a topografia de olhar antes de escolher um dos comparações, bem como a freqüência e a duração da fixação do olhar foram maiores para o S+ do que ao S- ao longo de todas as fases. O presente estudo mostra que diferenças nas TCE estabelecidas foram acompanhadas de diferenças na topografia, na freqüência e na duração do olhar para o S+ e o S-. Além disso, os resultados sugerem que é necessário investigar procedimentos capazes de garantir o estabelecimento do controle exclusivo por seleção ou rejeição.
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Figuras sem sentido, letras do alfabeto ocidental, números e letras do alfabeto grego foram utilizadas como estímulos visuais. Inicialmente, durante a fase de Linha de Base (LB), todos os participantes foram submetidos a um treino AB/BC e aos testes de transitividade (AC), simetria (CB e BA), equivalência (CA) e reflexividade (AA, BB e CC), nessa ordem. Em seguida, em seqüências distintas para cada participante, foram conduzidas diferentes fases de treino em que o controle por rejeição ou por seleção passaram a ser favorecidos por meio da manipulação das proporções de S+ e de S-. Na fase de Controle por Rejeição (RJ), os participantes foram submetidos a um treino DE/EF no qual o estabelecimento da TCE por rejeição fora favorecido; em seguida, foram realizados os testes (DF, FE, ED, FD, DD, EE e FF). Na fase de Controle por Seleção (SL), os participantes foram submetidos a um treino GH/HI no qual a TCE por seleção fora favorecida; em seguida, foram realizados os testes (GH, IH, GH, IG, GG, HH e II). Dois dos participantes foram submetidos às fases experimentais na ordem LB RJ SL; para os outros dois, a ordem das duas últimas fases foi invertida (LB SL RJ). Todos os participantes apresentaram alta porcentagem de acerto nos testes seguintes às fases LB e SL. Na fase RJ, somente um participante apresentou desempenho indicativo de controle por rejeição, ou seja, falhas sistemáticas nos testes de transitividade, equivalência e reflexividade. Para esse participante, na fase RJ, a topografia de olhar somente o S- antes de escolher um dos comparações foi ocorreu em alta freqüência comparada a olhar somente o S+. Nessa mesma fase, a freqüência e a duração do olhar para o S- também foram maiores quando comparadas ao S+. O inverso se deu na fase SL, ou seja, houve uma alta freqüência da topografia de olhar somente o S+, bem como houve maiores freqüências e durações de olhar ao S+ comparadas ao S-. De modo geral, para os demais participantes, os quais foram bem-sucedidos nos testes seguintes à fase RJ, a topografia de olhar antes de escolher um dos comparações, bem como a freqüência e a duração da fixação do olhar foram maiores para o S+ do que ao S- ao longo de todas as fases. O presente estudo mostra que diferenças nas TCE estabelecidas foram acompanhadas de diferenças na topografia, na freqüência e na duração do olhar para o S+ e o S-. Além disso, os resultados sugerem que é necessário investigar procedimentos capazes de garantir o estabelecimento do controle exclusivo por seleção ou rejeição.The operant analysis of eye movements has been taken as an auxiliary measure in the study of stimulus control. Other researches have already shown that different stimulus control topographies (SCT) are correlated with different patterns of eye movements. The present study used an equipment to track the eye movements of four participants during conditional discrimination training and equivalence tests. It aimed to verify, for different sets of stimuli, the effect of different SCT (selection/rejection) over the eye movements patterns. Nonsense figures, letters, numbers and greek letters were used as visual stimuli. Initially, during the Base Line (BL) phase, all participants were submitted to AB/BC relations training and to the tests of transitivity (AC), symmetry (BA and CB), equivalence (CA) and reflexivity (AA, BB and CC), in this sequence, without biasing the establishment of any SCT. In the Rejection Control (RJ) phase, participants were submitted to DE/EF relations training in which the SCT reject was biased. After that, they went through the tests (DF, FE, ED, FD, DD, EE e FF). In the Selection Control (SL) phase, participants were submitted to GH/HI relations training in which the SCT select was biased. After that, they were submitted to the testes (GH, IH, GH, IG, GG, HH e II). Two participants were exposed to experimental phases in the sequence BL RJ SL. For the other ones the order of the last two phases were inverted (BL SL RJ). Following the suggestions of previews studies, in order to bias reject and select control, depending on the experimental phase, the proportions of S+ and S- during the training were manipulated. All participants showed high scores during the tests of BL and SL phases. In RJ phase, only one participant showed systematic failures in transitivity, equivalence and reflexivity tests a typical rejection performance. For this participant, in RJ phase, it was verified a high frequency of the topography of looking only at the S- before choosing one of the comparisons. In this phase, the frequency and the duration of looking at the S- were also higher then looking at the S+. The opposite was observed in the SL phase - a high frequency of the topography of looking only at the S+ before choosing and also a high frequency and duration of looking at the S+. In general, for those participants who did not failed in the testes of RJ phase, the topography, the frequency and the duration of looking at the S+ were higher when compared to the S- along all the experimental phases. The present study shows that for different SCT it was also observed differences in the topography, frequency and duration of looking at the S+ or S-. The results also suggest that it is necessary to investigate what kind of procedures are able to increase the chances of select and reject control to be exclusively establish during the training.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTomanari, Gerson Aparecido YukioPerez, William Ferreira2008-12-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/47/47132/tde-04012009-141137/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:57Zoai:teses.usp.br:tde-04012009-141137Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:57Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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