A falta de internacionalização dos bancos brasileiros

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Jabra, Diana Hanna Stiphan
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-13112018-125520/
Resumo: Esta pesquisa apresenta as vantagens competitivas de propriedade e de localização e as motivações na internacionalização bancária de países desenvolvidos e em desenvolvimento, abordando a internacionalização dos bancos americanos, alemães, ingleses, espanhóis, asiáticos em geral e chineses, além dos bancos brasileiros. O objetivo é compreender porque apenas quatro bancos brasileiros se internacionalizaram. Para tanto, foram pesquisados os conceitos de internacionalização, o papel dos centros de serviços financeiros, as características de internacionalização das empresas manufatureiras e do setor de serviços, além do paradigma eclético e do modelo de Uppsala. Dentre as muitas motivações e determinantes para a internacionalização bancária, constatou-se que, no Brasil, a quantidade total de bancos é pequena e os bancos nacionais compõem pouco mais da metade deste total. O número de bancos grandes é diminuto e são estes que normalmente se internacionalizam nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ou ainda, em menor grau, os bancos pequenos e médios com nichos de especialização e competências para a internacionalização, o que não há no Brasil. O apoio governamental sob a forma de políticas, financiamentos, seguros e outros incentivos não existe para a internacionalização bancária e nem para a das empresas, de um modo geral. Faltaram os fatores propulsores do lado real da economia, como a exposição internacional do país através de exportações, participação em cadeias de valor globais e os investimentos diretos externos da indústria manufatureira. Aliada a todos estes fatores, a economia brasileira é voltada para o mercado doméstico. As elevadas taxas de juros e elevados spreads aumentam o custo de capital para bancos e empresas, o que, para os bancos, não incentiva a exportação de capital para países com taxas de juros menores porque o lucro é uma finalidade por si mesmo e o que importa é o retorno ajustado ao risco do capital. No mercado interno, a competição entre os bancos é acirrada, independentemente da origem do capital dos mesmos. No passado recente novos concorrentes surgiram, as fintechs, que operam com menos regulação do que os bancos, e cujos negócios tem crescido rapidamente. Esta é uma pesquisa qualitativa baseada em fontes secundárias.
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Dentre as muitas motivações e determinantes para a internacionalização bancária, constatou-se que, no Brasil, a quantidade total de bancos é pequena e os bancos nacionais compõem pouco mais da metade deste total. O número de bancos grandes é diminuto e são estes que normalmente se internacionalizam nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Ou ainda, em menor grau, os bancos pequenos e médios com nichos de especialização e competências para a internacionalização, o que não há no Brasil. O apoio governamental sob a forma de políticas, financiamentos, seguros e outros incentivos não existe para a internacionalização bancária e nem para a das empresas, de um modo geral. Faltaram os fatores propulsores do lado real da economia, como a exposição internacional do país através de exportações, participação em cadeias de valor globais e os investimentos diretos externos da indústria manufatureira. Aliada a todos estes fatores, a economia brasileira é voltada para o mercado doméstico. As elevadas taxas de juros e elevados spreads aumentam o custo de capital para bancos e empresas, o que, para os bancos, não incentiva a exportação de capital para países com taxas de juros menores porque o lucro é uma finalidade por si mesmo e o que importa é o retorno ajustado ao risco do capital. No mercado interno, a competição entre os bancos é acirrada, independentemente da origem do capital dos mesmos. No passado recente novos concorrentes surgiram, as fintechs, que operam com menos regulação do que os bancos, e cujos negócios tem crescido rapidamente. Esta é uma pesquisa qualitativa baseada em fontes secundárias.This research presents the competitive advantages of ownership and location and motivations in the banking internationalization of developed and developing countries, addressing the internationalization of American, German, English, Spanish, Asian and Chinese banks, as well as Brazilian banks. The purpose is to understand why only four Brazilian banks have internationalized. In order to do so, the concepts of internationalization, the role of financial services centers, the internationalization characteristics of manufacturing companies and the services sector, as well as the ecletic paradigm and the Uppsala model were researched. Among the many motivations and determinants for banking internationalization it has been verified that in Brazil the total number of banks is small and national banks make up slightly more than half of this total. The number of large banks is tiny and these are usually the banks that internationalize in developed and developing countries. Or, to a lesser degree, small and medium-sized banks with niches of specialization and skills for internationalization, which do not exist in Brazil. Government support in the form of policies, financings, insurance and other incentives does not exist for the internationalization of banks or for companies in general. There was a lack of drivers on the real side of the economy, such as the country\'s international exposure through exports, participation in global value chains and foreign direct investments of the manufacturing industry. Allied to these factors, the Brazilian economy is geared towards the domestic market. High interest rates and high spreads raise the cost of capital for banks and companies which, for banks, does not encourage the export of capital to countries with lower interest rates because profit is a purpose in itself and what counts is the risk ajusted return on capital. Locally, the competition amongst banks is fierce, regardless of their origin. In the recent past new competitors have emerged, fintechs, which operate with less regulation than banks and whose business has grown rapidly. This is a qualitative research based on secondary sources.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFeldmann, Paulo RobertoJabra, Diana Hanna Stiphan2018-10-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/12/12139/tde-13112018-125520/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-10T00:06:19Zoai:teses.usp.br:tde-13112018-125520Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-10T00:06:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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