Efeito adjunto da fotobiomodulação sistêmica transdérmica em cirurgia de enxerto ósseo alveolar

• Autor(a) principal: Freitas, Nicole Rosa de
• Data de Publicação: 2023
• Tipo de documento: Tese
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25146/tde-07112023-181732/
• topic: Blood; Dor; Lasers; Lasers; Pain; Sangue; Termografia; Thermography

O objetivo do estudo foi avaliar o efeito anti-inflamatório da fotobiomodulação sistêmica transdérmica (FBMST) considerando os resultados clínicos por meio da análise de dor e edema bem como mudanças na temperatura facial dos pacientes. A amostra foi composta por 42 pacientes do Hospital de Reabilitação de Anomalias Craniofaciais da Universidade de São Paulo, com fissura labiopalatina bilateral, de ambos os sexos e faixa etária entre 9 e 25 anos, candidatos a enxerto ósseo alveolar (EOA) com área doadora da crista ilíaca. Os indivíduos foram aleatoriamente divididos em três grupos (n=14): 1) Grupo controle (tratamento convencional de EOA); 2) Grupo teste (EOA + FBMST TherapyEC, 660 nm ± 10 nm, potência útil de 100 mW ± 20 %, 10 e 15 minutos); 3) Grupo placebo (EOA + FBMST simulada). Vinte e quatro horas após a cirurgia os pacientes foram avaliados quanto à dor, edema e temperatura facial. No decorrer da semana, após alta hospitalar, os participantes foram acompanhados via contato telefônico, e questionados a respeito da dor, necessidade de medicação de resgate, bem como percepção de diminuição de edema. Os dados foram submetidos aos testes estatísticos apropriados de acordo com a particularidade de cada variável. Foi adotado nível de significância de 5%. Para as variáveis dor na face 24 horas após a cirurgia e coeficiente de edema, não houve diferença estatística significativa entre os grupos; a variável dor no ilíaco demonstrou diferença significativa entre os grupos placebo e controle (p=0,045). No acompanhamento semanal para dor na face, foi possível observar grande influência do tempo de análise nos resultados principalmente às 96 horas, entre os grupos controle (0,72) e teste (0,14). Para a dor no ilíaco durante a semana observou-se que independente do tratamento, esta diminuiu significativamente. A necessidade de medicação de resgate, bem como a autopercepção de diminuição do edema não mostraram resultados significativos. A análise de temperatura facial demonstrou menor variação de temperatura para o grupo teste (2,36º C) com diferença estatística significativa quando comparado aos demais (p=0,007). Diante das limitações deste estudo, foi possível observar que a FBMST não foi capaz de atuar sobre dor e edema no pós-operatório imediato, entretanto, no acompanhamento semanal, pacientes do grupo teste, relataram diminuição da dor no leito receptor. Além disso, a terapia foi capaz de proporcionar menores médias de temperatura facial, o que mostra um possível efeito anti-inflamatório. Estudos futuros devem ser realizados com maior tamanho de amostra e maior período de acompanhamento para que se possam obter conclusões mais assertivas sobre a FBMST.