Efeito da intensidade da luz nas respostas autonômicas cardiovasculares após uma sessão de exercício aeróbico moderado

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Marin, Thais Coelho
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-30122022-200655/
Resumo: Introdução; Após a realização de uma sessão de exercício aeróbico espera-se que a frequência cardíaca (FC) permaneça elevada. Essa resposta ocorre devido à maior modulação simpática e menor modulação parassimpática para o coração acompanhadas pela diminuição da sensibilidade barorreflexa nesse período. Estudos prévios demonstraram que o estímulo provocado pela exposição à luz intensa (LI) provoca o aumento da FC devido ao aumento do balanço simpatovagal cardíaco, além de aumentar a pressão arterial (PA) sistólica e a atividade nervosa simpática periférica. Entretanto, não se sabe se a exposição à intensidades de luz diferentes pode interferir na resposta cardiovascular após uma sessão de exercício aeróbico. Objetivo: Comparar o efeito da intensidade da luz sobre as respostas autonômicas cardiovasculares em repouso e após uma sessão de exercício aeróbico. Métodos: Vinte homens adultos normotensos (27±5 anos) participaram do estudo. Os indivíduos foram submetidos à três sessões experimentais, em ordem aleatória, nas quais foram realizados exercícios em ciclo ergômetro (30 min à 50-60-% FCreserva) conduzidas sob LI (5000 lux), luz controle (LC 500 lux) e penumbra (PN8 lux). Foram avaliados antes e após o exercício, FC, PA, a modulação autonômica cardíaca por meio da variabilidade da FC, a modulação simpática vasomotora por meio da variabilidade da PA sistólica, a recuperação da FC aos 60s e aos 300s, e por fim a sensibilidade barorreflexa cardíaca através do método sequencial. O efeito da intensidade da luz em repouso e nas repostas pós-exercício foi analisado através de ANOVAs de dois fatores para medidas repetidas. Para comparar o efeito da luz em repouso os fatores principais forma a sessão (LI, LC e PN) e o tempo (Basal e Pré-ex). Para a comparação do efeito da luz nas respostas pós-exercício, os fatores principais forma a sessão (LI, LC e PN) e o tempo (pré-exercício, e pós-exercício aos 10 e 40 minutos). Quando necessário, foi empregado o teste post-hoc de Newman Keuls e valores de P0,05 como significante. Os dados foram apresentados em média±desvio padrão. Resultados: A FC apresentou efeito principal de tempo aumentando em relação aos valores pré-exercício de maneira similar nas três sessões experimentais, tanto aos 10 minutos (+10±5 bpm) quanto aos 40 minutos (+3±3 bpm) pós-exercício, (Pt<0,00), isso ocorreu principalmente devido a diminuição da modulação parassimpática cardíaca (20±12 u.n) que perdurou até os 40 minutos (7±6 u.n) pós-exercício (Pt<0,00). A PAS diminuiu após o exercício, porém somente na sessão PN essa redução permaneceu significantemente diferente dos valores pré-exercício até os 40 minutos pós-exercício com valores inferiores na ordem de -4±3 e -5±3 mmHg comparados à LI e LC, respectivamente (P = 0,01). Conclusão: Em homens adultos jovens e recreacionalmente ativos, a intensidade da luz não influenciou o controle autonômico cardiovascular avaliada em repouso nem sobre a resposta pós-exercício
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Entretanto, não se sabe se a exposição à intensidades de luz diferentes pode interferir na resposta cardiovascular após uma sessão de exercício aeróbico. Objetivo: Comparar o efeito da intensidade da luz sobre as respostas autonômicas cardiovasculares em repouso e após uma sessão de exercício aeróbico. Métodos: Vinte homens adultos normotensos (27±5 anos) participaram do estudo. Os indivíduos foram submetidos à três sessões experimentais, em ordem aleatória, nas quais foram realizados exercícios em ciclo ergômetro (30 min à 50-60-% FCreserva) conduzidas sob LI (5000 lux), luz controle (LC 500 lux) e penumbra (PN8 lux). Foram avaliados antes e após o exercício, FC, PA, a modulação autonômica cardíaca por meio da variabilidade da FC, a modulação simpática vasomotora por meio da variabilidade da PA sistólica, a recuperação da FC aos 60s e aos 300s, e por fim a sensibilidade barorreflexa cardíaca através do método sequencial. O efeito da intensidade da luz em repouso e nas repostas pós-exercício foi analisado através de ANOVAs de dois fatores para medidas repetidas. Para comparar o efeito da luz em repouso os fatores principais forma a sessão (LI, LC e PN) e o tempo (Basal e Pré-ex). Para a comparação do efeito da luz nas respostas pós-exercício, os fatores principais forma a sessão (LI, LC e PN) e o tempo (pré-exercício, e pós-exercício aos 10 e 40 minutos). Quando necessário, foi empregado o teste post-hoc de Newman Keuls e valores de P0,05 como significante. Os dados foram apresentados em média±desvio padrão. Resultados: A FC apresentou efeito principal de tempo aumentando em relação aos valores pré-exercício de maneira similar nas três sessões experimentais, tanto aos 10 minutos (+10±5 bpm) quanto aos 40 minutos (+3±3 bpm) pós-exercício, (Pt<0,00), isso ocorreu principalmente devido a diminuição da modulação parassimpática cardíaca (20±12 u.n) que perdurou até os 40 minutos (7±6 u.n) pós-exercício (Pt<0,00). A PAS diminuiu após o exercício, porém somente na sessão PN essa redução permaneceu significantemente diferente dos valores pré-exercício até os 40 minutos pós-exercício com valores inferiores na ordem de -4±3 e -5±3 mmHg comparados à LI e LC, respectivamente (P = 0,01). Conclusão: Em homens adultos jovens e recreacionalmente ativos, a intensidade da luz não influenciou o controle autonômico cardiovascular avaliada em repouso nem sobre a resposta pós-exercícioIntroduction: After performing an aerobic exercise session, heart rate (HR) is expected to remain high. This response occurs due to greater sympathetic modulation and less parasympathetic modulation for the heart accompanied by a decrease in baroreflex sensitivity during this period. Previous studies have shown that the stimulus caused by exposure to intense light (LI) causes an increase in HR due to an increase in cardiac sympathovagal balance, in addition to increasing systolic blood pressure (BP) and peripheral sympathetic nerve activity. However, it is not known whether exposure to different light intensities can interfere with the cardiovascular response after an aerobic exercise session. Objective: To compare the effect of light intensity on cardiovascular autonomic responses at rest and after an aerobic exercise session. Methods: Twenty normotensive adult men (27±5 years) participated in the study. Subjects underwent three experimental sessions, in random order, in which exercises were performed on a cycle ergometer (30 min at 50-60-% HR reserve) conducted under LI (5000 lux), control light (LC 500 lux) and penumbra (PN8 lux). Before and after exercise, HR, BP, cardiac autonomic modulation through HR variability, sympathetic vasomotor modulation through systolic BP variability, HR recovery at 60s and 300s, and finally sensitivity cardiac baroreflex through the sequential method. The effect of light intensity alone and on post-exercise responses was analyzed using two-way ANOVAs for repeated measures. To compare the effect of light at rest the main factors from the session (LI, LC, and PN) and time (Basal and Pre-ex). To compare the effect of light on post-exercise responses, the main factors from the session (LI, LC, and PN) and time (pre-exercise, and post-exercise at 10 and 40 minutes). When necessary, the Newman Keuls post-hoc test was used and P0.05 values were used as significant. Data were presented as mean ± standard deviation. Results: HR increased at 10 minutes (+10±5 bpm) and 40 minutes (+3±3 bpm) post-exercise compared to pre-exercise values (Pt<0.00), which mostly occurred due to the decrease in parasympathetic cardiac modulation observed at 10 (20±12 u.n) and 40 minutes post-exercise (7±6 u.n) (Pt<0.00). SBP decreased post-exercise, but only in PN it remains for 40 minutes with a magnitude of -4±3 and -5±3 mmHg difference from LI and LC, respectively (P = 0.01). Conclusion: In recreationally active young adult men, light intensity did not influence cardiovascular autonomic control neither evaluated at rest nor post-exerciseBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBrito, Leandro Campos deMarin, Thais Coelho2022-11-21info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/100/100139/tde-30122022-200655/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-01T18:38:02Zoai:teses.usp.br:tde-30122022-200655Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-01T18:38:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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