Valor do investimento para entrada em cooperativas de crédito como aquisição de direitos de propriedade

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Maia, Letícia Luanda
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-01022017-150600/
Resumo: As cooperativas são organizações de propriedade coletiva sem finalidade de lucro. Na ótica do cooperado podem ser vistas como um investimento que possui um custo imediato, o valor da quota, e a expectativa de retorno futuro. Os valores das quotas podem apresentar significativas divergências quanto ao seu montante, que podem estar associados a forma que se dá relação entre cooperados e cooperativa com base no direito de propriedade oriundo desta relação e à perspectiva do cooperado frente sua participação nesta organização. Como as demais entidades, o investimento em capital próprio garante aos associados os direitos de propriedades advindos dessa aquisição. Segundo Costa (2010), a aquisição de determinado bem ou direito configura-se como aquisição de propriedade quando apresentar simultaneamente os dois direitos que esta lhe confere: o direito de controle e o direito ao resíduo. Entretanto, nas sociedades cooperativa tais direitos de propriedades são vagamente definidos, podendo assim haver um desestímulo do cooperado de investir nessa sociedade. Neste panorama, se estabelece a seguinte pergunta relevante: o valor a ser aportado na cooperativa reflete a aquisição dos direitos de propriedade? O estudo objetiva analisar a participação em organizações econômicas de propriedade coletiva sem finalidade de lucro com o objetivo de aquisição da propriedade tradicional, conforme os direitos elencados. Para se alcançar o objetivo proposto foi aplicado o modelo de Fluxo de Caixa Livre da Empresa (FCLE) para as cooperativas de crédito do Estado de São Paulo referente as informações financeiras de 2006 a 2014. O valor resultante do valuation foi divido pelo número de cooperados obtendo-se o valor de investimento realizado por cada indivíduo. Este resultado foi comparado estatisticamente com o valor mínimo de investimento exigido pelas sociedades cooperativas pelo Teste t de comparação de média. Os resultados indicam que o valor do investimento realizado nas cooperativas é estatisticamente menor que o valor da propriedade adquirida, resultante do valuation. Tal resultado aponta que a aquisição pode corresponder não a todos os direitos de propriedades que as quotas conferem.
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Segundo Costa (2010), a aquisição de determinado bem ou direito configura-se como aquisição de propriedade quando apresentar simultaneamente os dois direitos que esta lhe confere: o direito de controle e o direito ao resíduo. Entretanto, nas sociedades cooperativa tais direitos de propriedades são vagamente definidos, podendo assim haver um desestímulo do cooperado de investir nessa sociedade. Neste panorama, se estabelece a seguinte pergunta relevante: o valor a ser aportado na cooperativa reflete a aquisição dos direitos de propriedade? O estudo objetiva analisar a participação em organizações econômicas de propriedade coletiva sem finalidade de lucro com o objetivo de aquisição da propriedade tradicional, conforme os direitos elencados. Para se alcançar o objetivo proposto foi aplicado o modelo de Fluxo de Caixa Livre da Empresa (FCLE) para as cooperativas de crédito do Estado de São Paulo referente as informações financeiras de 2006 a 2014. O valor resultante do valuation foi divido pelo número de cooperados obtendo-se o valor de investimento realizado por cada indivíduo. Este resultado foi comparado estatisticamente com o valor mínimo de investimento exigido pelas sociedades cooperativas pelo Teste t de comparação de média. Os resultados indicam que o valor do investimento realizado nas cooperativas é estatisticamente menor que o valor da propriedade adquirida, resultante do valuation. Tal resultado aponta que a aquisição pode corresponder não a todos os direitos de propriedades que as quotas conferem.Credit unions are nonprofit societies and its ownership is collective, thus its members have only one party of the property rights. They become owners if acquire a share of equity capital. In terms of the financial theory, it represents an investment with an immediate cost. For instance, the value paid by share. However, there are benefits also represented as expected future return. The share value might diverge significantly among different co-ops, because it can be related with total of members in the society, organizational structure and characteristics of the property rights. Additionally, member\'s perspective of his participation can affect the share value indeed. Like other companies, the share of equity acquisition originates two ownership rights: the control of organization and its free cash flow. According to the theory, in co-ops the property rights are vaguely defined. Then, it may affect the availability of the member to invest on the society. In this paper, we investigate the value paid by members to become owners and the rights they acquired with this investment. Our goal was check out if the equity price was related with the traditional rights of ownership or includes the value of using the company. To reach the goal, we employed the Free Cash Flow Equity Method estimation in order to estimate the value of credit union for owners, if the co-op were sold. We calculate the value per member by the ratio of the valuation value by the membership. This value was compared with price of the share for new members become owners. The sample includes Brazilian credit union using financial information of 2006 to 2014. The results showed that the value of the investment done on the cooperatives is statistically smaller than the acquired properties value resultant of valuation. Our findings show that the equity investment can correspond not to all properties rights referred by the equity shares. Apparently, the control right in these organizations is not the main purpose to become an owner, thus these individuals can become members aiming to use the cooperatives when this negotiation is beneficial, in other words, the use option application.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCosta, Davi Rogério de MouraMaia, Letícia Luanda2016-11-24info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/96/96133/tde-01022017-150600/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-03-22T16:19:44Zoai:teses.usp.br:tde-01022017-150600Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-03-22T16:19:44Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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