Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Amilton Cesar dos Santos
Data de Publicação: 2016
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.10.2017.tde-21032017-100603
Resumo: Os Galea spixii são roedores que tem despertado o interesse de pesquisadores devido ao seu peculiar dimorfismo sexual, uma vez que, as fêmeas possuem a genitália externa com características masculinizadas. O objetivo da presente pesquisa foi estabelecer os parâmetros morfológicos do desenvolvimento e diferenciação sexual de machos e fêmeas durante o período intrauterino e as possíveis fontes de produção de hormônios andrógenos e estrógenos durante a gestação. Foram utilizados conceptos provenientes de 30 fêmeas gestantes. Foi descrita a concentração hormonal das gestantes. Em seguida, os órgãos genitais dos conceptos foram analisados macroscopicamente e microscopicamente. E, para detectar possíveis fontes de andrógenos e estrógenos, as placentas, ovários e testículos foram submetidos a técnicas imunológicas de detecção de enzimas esteroidogênicas. Aos 25 dias de gestação (DG) se inicia o processo de diferenciação sexual das gônadas (para formar os ovários ou os testículos) e da genitália externa. O tubérculo genital sofre a canalização da uretra aos 30 DG para formar o pênis nos machos e aos 40 DG para formar o clitóris das fêmeas. Nos machos, a partir dos ductos mesonéfricos, se diferenciam os ductos epididimários e os ductos deferentes. Nas fêmeas, os ductos paramesonéfricos formam as tubas e cornos uterinos, o útero parcialmente duplo e a porção cranial da vagina. A porção caudal se origina do seio urogenital e a membrana de oclusão vaginal, da membrana urogenital. Também ficou demonstrado que, a concentração de testosterona sofre grande aumento, dos 25 DG até o final da gestação e que o mesmo não ocorre com o estradiol. Os resultados para detecção de enzimas esteroidogênicas sugerem que, a placenta pode ser o órgão que atua na produção de hormônios andrógenos e pode não realizar a conversão desses hormônios em estrógenos, devido à ausência da enzima responsável por este processo. Por fim, os testículos e ovários também podem contribuir com a produção dos principais andrógenos e o ovário também possui a enzima necessária para a produção de estrógenos.
id USP_818eff22856d9222990d6e3218ed0dc0
oai_identifier_str oai:teses.usp.br:tde-21032017-100603
network_acronym_str USP
network_name_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository_id_str 2721
spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii Steroidogenic control of intrauterine sexual differentiation in Galea spixii 2016-12-20Antônio Chaves de Assís NetoKarl Rüdiger KlischMoacir Franco de OliveiraRicardo José Garcia PereiraMariana Matera VerasAmilton Cesar dos SantosUniversidade de São PauloAnatomia dos Animais Domésticos e SilvestresUSPBR Enzimas esteroidogênicas Experimental model Genital tubercle Gônadas indiferenciadas Masculinização da genitália externa Masculinization of the external genitalia Modelo experimental Steroidogenic enzymes Tubérculo genital Undifferentiated gonads Os Galea spixii são roedores que tem despertado o interesse de pesquisadores devido ao seu peculiar dimorfismo sexual, uma vez que, as fêmeas possuem a genitália externa com características masculinizadas. O objetivo da presente pesquisa foi estabelecer os parâmetros morfológicos do desenvolvimento e diferenciação sexual de machos e fêmeas durante o período intrauterino e as possíveis fontes de produção de hormônios andrógenos e estrógenos durante a gestação. Foram utilizados conceptos provenientes de 30 fêmeas gestantes. Foi descrita a concentração hormonal das gestantes. Em seguida, os órgãos genitais dos conceptos foram analisados macroscopicamente e microscopicamente. E, para detectar possíveis fontes de andrógenos e estrógenos, as placentas, ovários e testículos foram submetidos a técnicas imunológicas de detecção de enzimas esteroidogênicas. Aos 25 dias de gestação (DG) se inicia o processo de diferenciação sexual das gônadas (para formar os ovários ou os testículos) e da genitália externa. O tubérculo genital sofre a canalização da uretra aos 30 DG para formar o pênis nos machos e aos 40 DG para formar o clitóris das fêmeas. Nos machos, a partir dos ductos mesonéfricos, se diferenciam os ductos epididimários e os ductos deferentes. Nas fêmeas, os ductos paramesonéfricos formam as tubas e cornos uterinos, o útero parcialmente duplo e a porção cranial da vagina. A porção caudal se origina do seio urogenital e a membrana de oclusão vaginal, da membrana urogenital. Também ficou demonstrado que, a concentração de testosterona sofre grande aumento, dos 25 DG até o final da gestação e que o mesmo não ocorre com o estradiol. Os resultados para detecção de enzimas esteroidogênicas sugerem que, a placenta pode ser o órgão que atua na produção de hormônios andrógenos e pode não realizar a conversão desses hormônios em estrógenos, devido à ausência da enzima responsável por este processo. Por fim, os testículos e ovários também podem contribuir com a produção dos principais andrógenos e o ovário também possui a enzima necessária para a produção de estrógenos. Galea spixii are rodents that have aroused the interest of researchers because of their peculiar sexual dimorphism, since females have the external genitalia with masculinized characteristics. The aim of the present research was to establish the morphological parameters of the development and sexual differentiation of males and females during the intrauterine period and the possible sources of androgen and estrogen hormones production during pregnancy. Concepts from 30 pregnant females were used. The hormonal concentrations of pregnant were described. Then, the genital organs of the concepts were analyzed macroscopically and microscopically. And, to detect possible sources of androgens and estrogens, placentas, ovaries and testes were subjected to immunological techniques for the detection of steroidogenic enzymes. At 25 days of gestation (DG) the process of sexual differentiation of the gonads (to form the ovaries or testicles) and the external genitalia begins. The genital tubercle undergoes channeling of the urethra at 30 DG to form the penis in males and at 40 DG to form the clitoris of females. In males, the epididymal ducts and the vas deferens differentiate from the mesonephric ducts. In females, the paramesonephric ducts form the uterine tubes and horns, the partially double uterus and the cranial portion of the vagina. The caudal portion originates from the urogenital sinus and the vaginal closure membrane originates from the urogenital membrane. It has also been shown that the testosterone concentration is greatly increased from 25 DG until the end of gestation and that the same does not occur with estradiol. The results for the detection of steroidogenic enzymes suggest that the placenta may be the organ that acts in the production of androgen hormones and may not perform the conversion of these hormones into estrogens due to the absence of the enzyme responsible for this process. Finally, the testicles and ovaries can also contribute to the production of the main androgens and the ovary also has the enzyme necessary for the production of estrogens. https://doi.org/10.11606/T.10.2017.tde-21032017-100603info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T19:45:59Zoai:teses.usp.br:tde-21032017-100603Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T13:04:39.990418Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
dc.title.pt.fl_str_mv Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
dc.title.alternative.en.fl_str_mv Steroidogenic control of intrauterine sexual differentiation in Galea spixii
title Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
spellingShingle Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
Amilton Cesar dos Santos
title_short Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
title_full Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
title_fullStr Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
title_full_unstemmed Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
title_sort Controle esteroidogênico da diferenciação sexual intrauterina em Galea spixii
author Amilton Cesar dos Santos
author_facet Amilton Cesar dos Santos
author_role author
dc.contributor.advisor1.fl_str_mv Antônio Chaves de Assís Neto
dc.contributor.referee1.fl_str_mv Karl Rüdiger Klisch
dc.contributor.referee2.fl_str_mv Moacir Franco de Oliveira
dc.contributor.referee3.fl_str_mv Ricardo José Garcia Pereira
dc.contributor.referee4.fl_str_mv Mariana Matera Veras
dc.contributor.author.fl_str_mv Amilton Cesar dos Santos
contributor_str_mv Antônio Chaves de Assís Neto
Karl Rüdiger Klisch
Moacir Franco de Oliveira
Ricardo José Garcia Pereira
Mariana Matera Veras
description Os Galea spixii são roedores que tem despertado o interesse de pesquisadores devido ao seu peculiar dimorfismo sexual, uma vez que, as fêmeas possuem a genitália externa com características masculinizadas. O objetivo da presente pesquisa foi estabelecer os parâmetros morfológicos do desenvolvimento e diferenciação sexual de machos e fêmeas durante o período intrauterino e as possíveis fontes de produção de hormônios andrógenos e estrógenos durante a gestação. Foram utilizados conceptos provenientes de 30 fêmeas gestantes. Foi descrita a concentração hormonal das gestantes. Em seguida, os órgãos genitais dos conceptos foram analisados macroscopicamente e microscopicamente. E, para detectar possíveis fontes de andrógenos e estrógenos, as placentas, ovários e testículos foram submetidos a técnicas imunológicas de detecção de enzimas esteroidogênicas. Aos 25 dias de gestação (DG) se inicia o processo de diferenciação sexual das gônadas (para formar os ovários ou os testículos) e da genitália externa. O tubérculo genital sofre a canalização da uretra aos 30 DG para formar o pênis nos machos e aos 40 DG para formar o clitóris das fêmeas. Nos machos, a partir dos ductos mesonéfricos, se diferenciam os ductos epididimários e os ductos deferentes. Nas fêmeas, os ductos paramesonéfricos formam as tubas e cornos uterinos, o útero parcialmente duplo e a porção cranial da vagina. A porção caudal se origina do seio urogenital e a membrana de oclusão vaginal, da membrana urogenital. Também ficou demonstrado que, a concentração de testosterona sofre grande aumento, dos 25 DG até o final da gestação e que o mesmo não ocorre com o estradiol. Os resultados para detecção de enzimas esteroidogênicas sugerem que, a placenta pode ser o órgão que atua na produção de hormônios andrógenos e pode não realizar a conversão desses hormônios em estrógenos, devido à ausência da enzima responsável por este processo. Por fim, os testículos e ovários também podem contribuir com a produção dos principais andrógenos e o ovário também possui a enzima necessária para a produção de estrógenos.
publishDate 2016
dc.date.issued.fl_str_mv 2016-12-20
dc.type.status.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/publishedVersion
dc.type.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/doctoralThesis
format doctoralThesis
status_str publishedVersion
dc.identifier.uri.fl_str_mv https://doi.org/10.11606/T.10.2017.tde-21032017-100603
url https://doi.org/10.11606/T.10.2017.tde-21032017-100603
dc.language.iso.fl_str_mv por
language por
dc.rights.driver.fl_str_mv info:eu-repo/semantics/openAccess
eu_rights_str_mv openAccess
dc.publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.publisher.program.fl_str_mv Anatomia dos Animais Domésticos e Silvestres
dc.publisher.initials.fl_str_mv USP
dc.publisher.country.fl_str_mv BR
publisher.none.fl_str_mv Universidade de São Paulo
dc.source.none.fl_str_mv reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
instname:Universidade de São Paulo (USP)
instacron:USP
instname_str Universidade de São Paulo (USP)
instacron_str USP
institution USP
reponame_str Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
collection Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
repository.name.fl_str_mv Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)
repository.mail.fl_str_mv virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br
_version_ 1794502940242739200