Cinemática palpebral após correção de ptose congênita utilizando o músculo frontal: comparação entre duas técnicas

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Xavier, Naiara Faria
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-11042024-093246/
Resumo: O presente estudo visou analisar, quantitativamente, a cinemática palpebral durante o piscar espontâneo e os movimentos sacádicos palpebrais de pacientes submetidos à cirurgia de correção de ptose palpebral pela técnica de avançamento do músculo frontal, no Serviço de Oculoplástica do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto-USP (HCFMRP-USP) e comparar com os dados obtidos após cirurgia de suspensão frontal com fáscia autógena. A elevação da pálpebra superior foi determinada por imagem digital utilizando a distância da margem palpebral superior ao reflexo pupilar (MRD1). Com uma câmera de captação infravermelha e refletores de dimensões diminutas presos às margens palpebrais dos pacientes e controles, foram feitos vídeos para análise digital do posicionamento palpebral e mensuradas a amplitude e a velocidade máxima dos movimentos palpebrais do piscar espontâneo, bem como a amplitude dos movimentos sacádicos para três posições de infraducção: 20, 30 e 40 graus. Foram analisados 10 pacientes submetidos à correção de ptose palpebral bilateral e cinco à cirurgia unilateral. Portanto, vinte e cinco pálpebras foram operadas com a técnica de avançamento do músculo frontal. O grupo controle incluiu 15 indivíduos sem patologias palpebrais. Foram utilizados, ainda, dados de pesquisa anterior, realizada em nosso laboratório que envolveu as mesmas medidas em 13 pacientes operados para correção de ptose palpebral utilizando fáscia muscular para suspensão frontal. Os resultados mostraram que a mediana da taxa de piscadelas não foi estatisticamente diferente no grupo de pacientes em relação aos controles, enquanto que a amplitude e a velocidade, em ambos os grupos cirúrgicos, foram significativamente menores em relação aos controles. Os movimentos sacádicos dos pacientes dos dois grupos apresentaram redução substancial na amplitude em relação aos controles. A presença de lagoftalmo e ceratite não diferiu estatisticamente entre as duas técnicas. Também não foram observadas diferenças significativas para todos os parâmetros cinemáticos avaliados nos pacientes submetidos à cirurgia de avançamento frontal e naqueles submetidos à suspensão frontal com uso de fáscia. Nos dois procedimentos, atingiu-se bom resultado estético e funcional em relação à abertura da fenda palpebral, mas a cinemática do movimento palpebral foi alterada de maneira similar em relação aos indivíduos do grupo controle, tanto para as medidas relacionadas ao piscar espontâneo como àquelas relacionadas aos movimentos palpebrais sacádicos.
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A elevação da pálpebra superior foi determinada por imagem digital utilizando a distância da margem palpebral superior ao reflexo pupilar (MRD1). Com uma câmera de captação infravermelha e refletores de dimensões diminutas presos às margens palpebrais dos pacientes e controles, foram feitos vídeos para análise digital do posicionamento palpebral e mensuradas a amplitude e a velocidade máxima dos movimentos palpebrais do piscar espontâneo, bem como a amplitude dos movimentos sacádicos para três posições de infraducção: 20, 30 e 40 graus. Foram analisados 10 pacientes submetidos à correção de ptose palpebral bilateral e cinco à cirurgia unilateral. Portanto, vinte e cinco pálpebras foram operadas com a técnica de avançamento do músculo frontal. O grupo controle incluiu 15 indivíduos sem patologias palpebrais. Foram utilizados, ainda, dados de pesquisa anterior, realizada em nosso laboratório que envolveu as mesmas medidas em 13 pacientes operados para correção de ptose palpebral utilizando fáscia muscular para suspensão frontal. Os resultados mostraram que a mediana da taxa de piscadelas não foi estatisticamente diferente no grupo de pacientes em relação aos controles, enquanto que a amplitude e a velocidade, em ambos os grupos cirúrgicos, foram significativamente menores em relação aos controles. Os movimentos sacádicos dos pacientes dos dois grupos apresentaram redução substancial na amplitude em relação aos controles. A presença de lagoftalmo e ceratite não diferiu estatisticamente entre as duas técnicas. Também não foram observadas diferenças significativas para todos os parâmetros cinemáticos avaliados nos pacientes submetidos à cirurgia de avançamento frontal e naqueles submetidos à suspensão frontal com uso de fáscia. Nos dois procedimentos, atingiu-se bom resultado estético e funcional em relação à abertura da fenda palpebral, mas a cinemática do movimento palpebral foi alterada de maneira similar em relação aos indivíduos do grupo controle, tanto para as medidas relacionadas ao piscar espontâneo como àquelas relacionadas aos movimentos palpebrais sacádicos.The project aimed to quantitatively analyze eyelid kinematics during spontaneous blinking and eyelid saccadic movements in patients undergoing surgery for correction of blepharoptosis using the frontalis muscle flap advancement technique, performed by the Oculoplastic Service of the Hospital das Clínicas of the Faculty of Medicine of Ribeirão Preto-USP (HCFMRP-USP) and compare with the data acquired from patients after frontalis sling using autogenous fascia. The elevation of the upper eyelid was determined through digital imaging using the distance from the upper eyelid margin to the pupillary reflex (MRD1). Using an infrared capturing camera and small-sized reflectors attached to the eyelid margins of the patients and the controls, we recorded videos for digital analysis of the eyelid positioning and movements. The amplitude and maximum velocity of eyelid movements in spontaneous blinking were measured, as well as the amplitude of saccadic movements for three downward gaze positions: 20, 30, and 40 degrees. A total of 10 patients underwent bilateral blepharoptosis correction surgery, and 05 underwent unilateral surgery, totaling 25 eyelids operated using the frontalis muscle flap advancement technique. The control group included 15 individuals without eyelid pathologies. We also used data from a previous study conducted in our laboratory that involved the same measurements in 13 patients operated for blepharoptosis correction using the frontalis sling with autogenous fascia. The results revealed that the median blink rate was not statistically different between the patient groups and the controls. However, the amplitude and speed of blinking movements were significantly lower in both patient groups compared to the controls. The two surgical groups exhibited a substantial decrease in saccadic movement amplitude compared to the controls. The presence of lagophthalmos and keratitis didn\'t have a significant difference between the two techniques. There was also no significant difference for all kinematics parameters evaluated in patients undergoing frontalis flap advancement and those who had frontalis sling with fascia. In both surgical options, good aesthetic and functional results were achieved regarding the opening of the palpebral fissure, but the kinematics of the eyelid movement were altered compared to individuals in the control group, both for measures related to the spontaneous blinking and those related to the saccadic eyelid movements.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPCruz, Antonio Augusto Velasco eXavier, Naiara Faria2024-01-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17150/tde-11042024-093246/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-07-17T19:00:03Zoai:teses.usp.br:tde-11042024-093246Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-07-17T19:00:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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