Luz, câmera, inclusão: design de serviço como abordagem para a inclusão de pessoas com deficiência no serviço de cinema
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-06062023-153422/ |
Resumo: | Considera-se o cinema um importante instrumento de aprendizado, enriquecimento cultural, entretenimento e lazer. No Brasil, existem, segundo dados de 2019 da Agência Nacional de Cinema Ancine, cerca de 3.507 salas de exibição. No entanto, boa parte da população brasileira pessoas com deficiência sensorial ainda se encontra excluída dos benefícios que a experiência do cinema e do audiovisual podem oferecer. O que os exclui é tanto a pouca oferta de serviços de entretenimento com acessibilidade adequada quanto de filmes com recursos acessíveis. Nos últimos anos, entretanto, a Agência tem mobilizado esforços visando promover o acesso daquele grupo às salas de exibição no Brasil, e consequentemente às outras formas de fruição audiovisual que preenchem o cotidiano, seja por meio de transmissões televisivas, conteúdos hospedados na internet, entre outros. Contudo, se percebe que as ações realizadas no que diz respeito aos espaços de projeção de cinemas têm se concentrado apenas no provimento de tecnologias acessíveis capazes de permitir acesso informacional aos conteúdos fílmicos, bem como os necessários esforços de Tradução Audiovisual Acessível dos filmes em exibição (seja Audiodescrição para pessoas cegas, e LIBRAS e legendagem para pessoas surdas e ensurdecidas), sem preocupar-se com as etapas que compõem o serviço como um todo. Dessa forma, se propõe explorar desafios e oportunidades que a perspectiva do Design Inclusivo ou Desenho Universal podem oferecer no intuito de promover o acesso de pessoas com deficiência sensorial ou motora em salas de cinema entendido nos três ciclos que se sugere compreender o serviço: realização, distribuição e exibição. Também se traz à tona uma forma de tratar questões que envolvem acessibilidade e inclusão, apontando a primeira como uma perspectiva ferramental, e a outra como um resultado que se dá em consequência de um emaranhado sistêmico. Metodologicamente, se apoia na abordagem do Design de Serviço ao qual também se trata como Design para Serviço no sentido de investigar o papel dos métodos consolidados pelo Design na identificação e transposição de barreiras e restrições de acesso que o atual modelo de serviço de cinema brasileiro oferece ao público com deficiência. Por meio da participação cocriativa de pessoas com deficiência, e da utilização de método desenvolvido nesta Tese nomeado Design para Equiparação Inclusiva em Serviços, se expõe conjunto de parâmetros, procedimentos, ferramentas e práticas de acessibilidade orientados a contemplar as necessidades de atuais e novos usuários em cinemas (pessoas com deficiência sobretudo sensoriais), buscando transpor barreiras e restrições existentes. Como consequência, se acredita que tanto os parâmetros e as ferramentas apontadas como o método desenvolvido possam inspirar soluções acessíveis em modelos análogos de entretenimento, tais como: teatro, espetáculos musicais, esportivos e expositivos, bem como em outros contextos de serviço, como restaurantes, escolas, shoppings etc. |
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Nos últimos anos, entretanto, a Agência tem mobilizado esforços visando promover o acesso daquele grupo às salas de exibição no Brasil, e consequentemente às outras formas de fruição audiovisual que preenchem o cotidiano, seja por meio de transmissões televisivas, conteúdos hospedados na internet, entre outros. Contudo, se percebe que as ações realizadas no que diz respeito aos espaços de projeção de cinemas têm se concentrado apenas no provimento de tecnologias acessíveis capazes de permitir acesso informacional aos conteúdos fílmicos, bem como os necessários esforços de Tradução Audiovisual Acessível dos filmes em exibição (seja Audiodescrição para pessoas cegas, e LIBRAS e legendagem para pessoas surdas e ensurdecidas), sem preocupar-se com as etapas que compõem o serviço como um todo. Dessa forma, se propõe explorar desafios e oportunidades que a perspectiva do Design Inclusivo ou Desenho Universal podem oferecer no intuito de promover o acesso de pessoas com deficiência sensorial ou motora em salas de cinema entendido nos três ciclos que se sugere compreender o serviço: realização, distribuição e exibição. Também se traz à tona uma forma de tratar questões que envolvem acessibilidade e inclusão, apontando a primeira como uma perspectiva ferramental, e a outra como um resultado que se dá em consequência de um emaranhado sistêmico. Metodologicamente, se apoia na abordagem do Design de Serviço ao qual também se trata como Design para Serviço no sentido de investigar o papel dos métodos consolidados pelo Design na identificação e transposição de barreiras e restrições de acesso que o atual modelo de serviço de cinema brasileiro oferece ao público com deficiência. Por meio da participação cocriativa de pessoas com deficiência, e da utilização de método desenvolvido nesta Tese nomeado Design para Equiparação Inclusiva em Serviços, se expõe conjunto de parâmetros, procedimentos, ferramentas e práticas de acessibilidade orientados a contemplar as necessidades de atuais e novos usuários em cinemas (pessoas com deficiência sobretudo sensoriais), buscando transpor barreiras e restrições existentes. Como consequência, se acredita que tanto os parâmetros e as ferramentas apontadas como o método desenvolvido possam inspirar soluções acessíveis em modelos análogos de entretenimento, tais como: teatro, espetáculos musicais, esportivos e expositivos, bem como em outros contextos de serviço, como restaurantes, escolas, shoppings etc.Cinema is considered an important instrument for learning, cultural enrichment, entertainment and leisure. In Brazil, according to 2019 data from the National Cinema Agency Ancine, there are about 3,507 movie theaters. However, a good part of the Brazilian population people with sensory disabilities is still excluded from the benefits that the cinema and audiovisual experience can offer. What excludes them is the limited supply of entertainment services with adequate accessibility, as well as the restrictec offers of movies with accessible resources. In recent years, however, the Agency has mobilized efforts to promote that groups access to movie theaters in Brazil, and consequently to other forms of audiovisual enjoyment that fill daily life, through television broadcasts, content hosted on the internet, among others. However, it is clear that the actions taken with regard to cinema projection spaces have focused only on providing accessible technologies capable of allowing informational access to film content, as well as the necessary efforts of Accessible Audiovisual Translation of the films on display (either Audio description for blind people, and LIBRAS Brazilian Sign Language, and Subtitling for the Deaf and the Hard- of-hearing SDH), without worrying about the steps that make up the service as a whole. In this way, it is proposed to explore challenges and opportunities that the Inclusive Design or Universal Design perspective can offer in order to promote the access of people with sensory or motor disabilities in movie theaters - grouped in the three cycles that it is suggested to understand the service: realization, distribution and display. It also brings up a way of dealing with issues that involve accessibility and inclusion, pointing out the first as a tool perspective, and the other as a result of a systemic arranged. Methodologically, it is based on the Service Design approach - which is also referred to as Design for Service - in the sense of investigating the role of methods consolidated by Design in the identification and transposition of barriers and access restrictions that the current Brazilian cinema service model offers to people with disabilities. Through the co-creative participation of people with disabilities, and the use of a method developed in this Thesis - named Design for Inclusive Equalite in Services, a set of parameters, procedures, tools and accessibility practices oriented to contemplate the needs of current and new users in cinemas (people with disabilities especially sensory), seeking to overcome existing barriers and restrictions. As a result, it is believed that both the parameters and tools mentioned and the method developed can inspire accessible solutions in analogous models of entertainment, such as: theater, sports and exhibitions, as well as in other service contexts, such as restaurants, schools, malls etc.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPTaralli, Cibele HaddadDutra, Diego Normandi Maciel2022-08-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/16/16140/tde-06062023-153422/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-06-06T19:20:39Zoai:teses.usp.br:tde-06062023-153422Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-06-06T19:20:39Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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