Violência doméstica entre adolescentes escolares no município de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Ralo, Janaina Maria
Data de Publicação: 2013
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6136/tde-06112013-111715/
Resumo: Objetivo: Identificar a prevalência da violência doméstica, estimar fatores relacionados e descrever a percepção de violência em geral e doméstica de adolescentes escolares. Métodos: Trata-se de estudo transversal realizado com 656 adolescentes com idade entre 11 a 17 anos da rede pública de ensino da região do extremo sul do município de São Paulo no ano de 2012. A análise descritiva foi apresentada por meio de proporções, médias e desvio padrão. Diferenças nas proporções entre os grupos de vitimizados e não vitimizados por violência doméstica foram, primeiramente, comparados em relação a cada fator individualmente por meio de teste de Qui Quadrado de Pearson ou Exato de Fischer. Para análise simultânea dos fatores foi utilizada a regressão de Poisson ajustada pela estimativa robusta de variância considerando-se nível de significância de 5 por cento. A violência doméstica nos seis meses anteriores à pesquisa foi analisada como desfecho. As variáveis independentes consideradas foram: sociodemográficas e consumo de álcool e drogas por familiares. Resultados: Dentre os 656 adolescentes, 38,9 por cento (n= 255) referiram ter sido vítima de violência doméstica. Mulheres foram vitimizadas em maior frequência (44,1 por cento). Fatores significativa e positivamente associados à vitimização por violência doméstica foram: ser do sexo feminino (RP= 1,47; IC 95 por cento: 1,20; 1,80) e morar somente com o pai (RP= 1,52; IC 95 por cento: 1,11; 2,08). Adolescentes apresentam boa percepção acerca da violência de modo geral, no entanto, ao considerar a violência no âmbito doméstico, não se reconhecem como vítimas potenciais dessa violência. Conclusões: estudos epidemiológicos, como este, são necessários para desvelar a realidade da violência doméstica e auxiliar a construção de políticas públicas intersetoriais de promoção de saúde, uso de substâncias psicoativas e cultura de paz, a fim de romper com o ideal de violência como método disciplinador de educação
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