Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 1992 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155207/ |
Resumo: | A viabilização do uso da equação universal de perdas de solo no estado de Pernambuco requer a existência de valores do índice de erosividade melhor ajustados as condições locais. Visando estabelecer um índice de erosividade que melhor expresse a sua capacidade potencial de causar erosão é que foram estudadas correlações entre 19 características das chuvas e perdas de solo provocadas por chuvas erosivas. As características da chuva que foram testadas como índice de erosividade são as seguintes: (P)Precipitação total em mm, (ECT) energia cinética total em MJ/ha; (KE > 10 e KE > 25) energia cinética considerados apenas segmentos de chuva de intensidades constantes iguais ou superiores a 10 e 25 mm/h em MJ/ha; (In) intensidades máximas em 5, 10, 15, 30 e 60 minutos em mm/h, (EIn) produto da energia cinética total pelas intensidades máximas em 5,10, 15, 30 e 60 minutos em MJ.mm/ha.h, (PIn) Produto da precipitação total pelas intensidades máximas em 5, 10, 15,30 e 60 min em mm2/h. As correlações obtidas entre características físicas de chuvas erosivas e perdas de solo, indicam que a característica da chuva PI60 é a que melhor se correlaciona com as perdas de solo (r = 0,6289: o maior valor obtido em termos absolutos). Entretanto a aplicação do teste de homogeneidade, indicou não haver diferença estatística entre as características PI60 (r = 0,6289) e energia cinética total (r = 0,4095), por conseguinte não existindo diferença entre as características PI60 (r = 0,6289) e EI30 (r= 0,6161). A constatação deste fato indica que a diferença entre as características PI60 e EI30 é meramente devida ao acaso, e por conseguinte o parâmetro EI30 (r= 0,6161) pode ser indicado como índice de erosividade da mesma forma que o PI60 (r = 0,6289). O valor médio anual do índice de erosividade EI30 obtido para Caruaru-PE no período de 1970 a 1989 foi de 2086 MJ.mm/ha.h.ano, sendo que se pode esperar que ocorra um valor igual ou maior a esse a cada 2,4 anos ou seja a probabilidade desse valor ser igualado ou superado é de 41,6%. Os valores do índice de erosividade anual que podem ser esperados para os períodos de 2, 5, 20 e 100 são os seguintes: 1852, 2777, 4097 e 5703 MJ.mm/ha.h.ano respectivamente. O trimestre de fevereiro, março e abril é o de maior risco de erosão, visto que nele ocorre 65% do valor do índice de erosividade médio anual e 38% de precipitação média anual. Portanto medidas preventivas de controle da erosão devem ser tomadas principalmente neste período no sentido de evitar elevadas perdas de solo. O estudo de correlação entre os dados do índice de erosividade médio anual e os dados pluviométricos resultou na obtenção de um baixo valor para o coeficiente de correlação (r = 0,6121), o que indica que a equação de regressão é insatisfatória para estimar o índice de erosividade médio anual para locais com condições climáticas semelhantes as de Caruaru-PE, mas que sejam desprovidos de pluviógrafos. |
id |
USP_83251d5a1746898687c7530ece70240f |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-20181127-155207 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrêncianot availableCHUVAEROSÃO HÍDRICAEROSIVIDADEPERDAS DE SOLOA viabilização do uso da equação universal de perdas de solo no estado de Pernambuco requer a existência de valores do índice de erosividade melhor ajustados as condições locais. Visando estabelecer um índice de erosividade que melhor expresse a sua capacidade potencial de causar erosão é que foram estudadas correlações entre 19 características das chuvas e perdas de solo provocadas por chuvas erosivas. As características da chuva que foram testadas como índice de erosividade são as seguintes: (P)Precipitação total em mm, (ECT) energia cinética total em MJ/ha; (KE > 10 e KE > 25) energia cinética considerados apenas segmentos de chuva de intensidades constantes iguais ou superiores a 10 e 25 mm/h em MJ/ha; (In) intensidades máximas em 5, 10, 15, 30 e 60 minutos em mm/h, (EIn) produto da energia cinética total pelas intensidades máximas em 5,10, 15, 30 e 60 minutos em MJ.mm/ha.h, (PIn) Produto da precipitação total pelas intensidades máximas em 5, 10, 15,30 e 60 min em mm2/h. As correlações obtidas entre características físicas de chuvas erosivas e perdas de solo, indicam que a característica da chuva PI60 é a que melhor se correlaciona com as perdas de solo (r = 0,6289: o maior valor obtido em termos absolutos). Entretanto a aplicação do teste de homogeneidade, indicou não haver diferença estatística entre as características PI60 (r = 0,6289) e energia cinética total (r = 0,4095), por conseguinte não existindo diferença entre as características PI60 (r = 0,6289) e EI30 (r= 0,6161). A constatação deste fato indica que a diferença entre as características PI60 e EI30 é meramente devida ao acaso, e por conseguinte o parâmetro EI30 (r= 0,6161) pode ser indicado como índice de erosividade da mesma forma que o PI60 (r = 0,6289). O valor médio anual do índice de erosividade EI30 obtido para Caruaru-PE no período de 1970 a 1989 foi de 2086 MJ.mm/ha.h.ano, sendo que se pode esperar que ocorra um valor igual ou maior a esse a cada 2,4 anos ou seja a probabilidade desse valor ser igualado ou superado é de 41,6%. Os valores do índice de erosividade anual que podem ser esperados para os períodos de 2, 5, 20 e 100 são os seguintes: 1852, 2777, 4097 e 5703 MJ.mm/ha.h.ano respectivamente. O trimestre de fevereiro, março e abril é o de maior risco de erosão, visto que nele ocorre 65% do valor do índice de erosividade médio anual e 38% de precipitação média anual. Portanto medidas preventivas de controle da erosão devem ser tomadas principalmente neste período no sentido de evitar elevadas perdas de solo. O estudo de correlação entre os dados do índice de erosividade médio anual e os dados pluviométricos resultou na obtenção de um baixo valor para o coeficiente de correlação (r = 0,6121), o que indica que a equação de regressão é insatisfatória para estimar o índice de erosividade médio anual para locais com condições climáticas semelhantes as de Caruaru-PE, mas que sejam desprovidos de pluviógrafos.not availableBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPFilho, Julio VasquesAlbuquerque, Abel Washington de1992-02-03info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155207/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2019-04-10T00:06:19Zoai:teses.usp.br:tde-20181127-155207Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212019-04-10T00:06:19Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência not available |
title |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
spellingShingle |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência Albuquerque, Abel Washington de CHUVA EROSÃO HÍDRICA EROSIVIDADE PERDAS DE SOLO |
title_short |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
title_full |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
title_fullStr |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
title_full_unstemmed |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
title_sort |
Determinação da erosividade das chuvas de Caruaru-PE: 1. Correlação com perdas de solo 2. Distribuição e probabilidade de ocorrência |
author |
Albuquerque, Abel Washington de |
author_facet |
Albuquerque, Abel Washington de |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Filho, Julio Vasques |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Albuquerque, Abel Washington de |
dc.subject.por.fl_str_mv |
CHUVA EROSÃO HÍDRICA EROSIVIDADE PERDAS DE SOLO |
topic |
CHUVA EROSÃO HÍDRICA EROSIVIDADE PERDAS DE SOLO |
description |
A viabilização do uso da equação universal de perdas de solo no estado de Pernambuco requer a existência de valores do índice de erosividade melhor ajustados as condições locais. Visando estabelecer um índice de erosividade que melhor expresse a sua capacidade potencial de causar erosão é que foram estudadas correlações entre 19 características das chuvas e perdas de solo provocadas por chuvas erosivas. As características da chuva que foram testadas como índice de erosividade são as seguintes: (P)Precipitação total em mm, (ECT) energia cinética total em MJ/ha; (KE > 10 e KE > 25) energia cinética considerados apenas segmentos de chuva de intensidades constantes iguais ou superiores a 10 e 25 mm/h em MJ/ha; (In) intensidades máximas em 5, 10, 15, 30 e 60 minutos em mm/h, (EIn) produto da energia cinética total pelas intensidades máximas em 5,10, 15, 30 e 60 minutos em MJ.mm/ha.h, (PIn) Produto da precipitação total pelas intensidades máximas em 5, 10, 15,30 e 60 min em mm2/h. As correlações obtidas entre características físicas de chuvas erosivas e perdas de solo, indicam que a característica da chuva PI60 é a que melhor se correlaciona com as perdas de solo (r = 0,6289: o maior valor obtido em termos absolutos). Entretanto a aplicação do teste de homogeneidade, indicou não haver diferença estatística entre as características PI60 (r = 0,6289) e energia cinética total (r = 0,4095), por conseguinte não existindo diferença entre as características PI60 (r = 0,6289) e EI30 (r= 0,6161). A constatação deste fato indica que a diferença entre as características PI60 e EI30 é meramente devida ao acaso, e por conseguinte o parâmetro EI30 (r= 0,6161) pode ser indicado como índice de erosividade da mesma forma que o PI60 (r = 0,6289). O valor médio anual do índice de erosividade EI30 obtido para Caruaru-PE no período de 1970 a 1989 foi de 2086 MJ.mm/ha.h.ano, sendo que se pode esperar que ocorra um valor igual ou maior a esse a cada 2,4 anos ou seja a probabilidade desse valor ser igualado ou superado é de 41,6%. Os valores do índice de erosividade anual que podem ser esperados para os períodos de 2, 5, 20 e 100 são os seguintes: 1852, 2777, 4097 e 5703 MJ.mm/ha.h.ano respectivamente. O trimestre de fevereiro, março e abril é o de maior risco de erosão, visto que nele ocorre 65% do valor do índice de erosividade médio anual e 38% de precipitação média anual. Portanto medidas preventivas de controle da erosão devem ser tomadas principalmente neste período no sentido de evitar elevadas perdas de solo. O estudo de correlação entre os dados do índice de erosividade médio anual e os dados pluviométricos resultou na obtenção de um baixo valor para o coeficiente de correlação (r = 0,6121), o que indica que a equação de regressão é insatisfatória para estimar o índice de erosividade médio anual para locais com condições climáticas semelhantes as de Caruaru-PE, mas que sejam desprovidos de pluviógrafos. |
publishDate |
1992 |
dc.date.none.fl_str_mv |
1992-02-03 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155207/ |
url |
http://teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11140/tde-20181127-155207/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1815257189273567232 |