Relações econômicas entre Brasil e China: o capital chinês no setor elétrico brasileiro

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Silva, Lucas Coutinho Marcelino da
Data de Publicação: 2022
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-20092022-154243/
Resumo: O Brasil se tornou na última década em um dos principais destinos dos capitais chineses. A partir de uma estratégia definida pelo estado, a China, por meio de seus bancos de desenvolvimento, tem direcionado em média 38% de seus Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) para setores energéticos. As relações diplomáticas entre Brasil e China são retomadas na década de setenta e rapidamente foi estabelecido uma parceria estratégica de ambos países nos fóruns internacionais que procurava barganhar frentes às nações ricas. As relações comerciais foram baixas até o final da década de noventa, contudo, no intervalo de dez anos, se torna no principal parceiro econômico. Em 2005 iniciam os aportes de capitais chineses no Brasil, mas são alavancados a partir de 2010, principalmente no setor elétrico. Este, sendo uma atividade econômica que atinge toda a população e empresas brasileiras estar em processo de privatização/transestatização, principalmente para empresas estatais de outros países, concomitante ao encarecimento dos serviços elétrico, torna esta pesquisa de interesse público. Este trabalho investigou o fenômeno da entrada, em grande volume, dos capitais chineses no setor elétrico brasileiro no período de 2010-2021, a partir do contexto de ascensão econômica da China e do setor em foco. No intervalo de cinco anos as empresas chinesas tornam-se os principais proprietários não estatais a operarem os serviços elétricos e, sem uma política de conteúdo local, passam a demandar serviços e produtos especializados da área apenas da China. Este fenômeno mostra o resultado das políticas liberais empreendidas no país há três décadas: estado mínimo na propriedade da infraestrutura elétrica, aumento do preço dos serviços elétricos, socialização dos prejuízos, privatização dos lucros e redução dos meios para o estado fazer política pública em momentos de crise.
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