Ceratoplastia lamelar em cães usando membrana amniótica eqüina. Estudo clínico e morfológico
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2006 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-03092007-091203/ |
Resumo: | A membrana amniótica tem se consolidado no tratamento das afecções da superfície ocular. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e a eficácia do implante de MA eqüina, preservada em glicerina a 98%, na reparação de ceratoplastias lamelares em cães, por meio do estudo da avaliação clínica pós-operatória dos animais, do tempo de cicatrização, da reconstrução da arquitetura da córnea, da resposta inflamatória, e da composição colágena do estroma corneal no local do implante. Foram selecionados 12 cães, sem raça definida, machos ou fêmeas, divididos em quatro grupos de três, que tiveram tempos de observação distintos: 2, 7, 21 e 40 dias. Foi realizada ceratoplastia lamelar de 5 mm de diâmetro em um dos olhos de cada animal, seguida da aplicação do implante de membrana amniótica eqüina de 6 mm. Durante o período de observação, exame clínico oftalmológico foi realizado nos cães, com intervalos de 48 horas e ao final deste período, foram submetidos á eutanásia. Os olhos em estudo foram enucleados e fixados para posterior análise. Foram utilizados três métodos de coloração para o estudo histológico do tecido implantado: hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e picrossirius. Além disso, procedeu-se a imunomarcação para colágenos tipo I, III, e V, com uso de pepsina para digestão das fibras colágenas heterotípicas exposição dos epítopos. Clinicamente os implantes foram completamente epitelizados em aproximadamente 10 dias, os neovasos apresentaram involução progressiva a partir dos 20 dias de pós-operatório, estando ausentes ao final dos 40 dias de observação, restando apenas uma nébula no local da lesão. À microscopia óptica, observou-se resposta inflamatória moderada, presença de epitélio pavimentoso estratificado aos sete dias e epitelização completa aos 21 dias. Aos 40 dias a membrana basal do epitélio apresentou-se reconstituída. O colágeno tipo I teve sua expressão no estroma intensificada aos 21 dias de pós- operatório. O colágeno tipo III está presente na membrana amniótica, sua a ausência no local do implante, aos 21 dias, mostrou remodelamento do tecido implantado. O colágeno tipo V, presente no estroma da córnea, teve sua expressão aumentada aos 7 e 21 dias, retornando à distribuição normal aos 40 dias de pós-operatório. Assim concluí-se que: a membrana amniótica eqüina é viável como implante em córnea de cão, sendo incorporada ao estroma, resultando em restabelecimento parcial da transparência no local de implante; o colágeno do tecido implantado é remodelado e substituído já aos 21 dias de pós-operatório; a pepsina foi eficiente na digestão das fibras e exposição dos epítopos dos colágenos nas fibras heterotípicas |
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Ceratoplastia lamelar em cães usando membrana amniótica eqüina. Estudo clínico e morfológicoLamelar keratoplasty of dogs using equine amniotic membrane. Clinical and morphological studyAmniotic membraneCãesCorneaCórneaDogsMembrana amnióticaOftalmologiaOphthalmologyA membrana amniótica tem se consolidado no tratamento das afecções da superfície ocular. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e a eficácia do implante de MA eqüina, preservada em glicerina a 98%, na reparação de ceratoplastias lamelares em cães, por meio do estudo da avaliação clínica pós-operatória dos animais, do tempo de cicatrização, da reconstrução da arquitetura da córnea, da resposta inflamatória, e da composição colágena do estroma corneal no local do implante. Foram selecionados 12 cães, sem raça definida, machos ou fêmeas, divididos em quatro grupos de três, que tiveram tempos de observação distintos: 2, 7, 21 e 40 dias. Foi realizada ceratoplastia lamelar de 5 mm de diâmetro em um dos olhos de cada animal, seguida da aplicação do implante de membrana amniótica eqüina de 6 mm. Durante o período de observação, exame clínico oftalmológico foi realizado nos cães, com intervalos de 48 horas e ao final deste período, foram submetidos á eutanásia. Os olhos em estudo foram enucleados e fixados para posterior análise. Foram utilizados três métodos de coloração para o estudo histológico do tecido implantado: hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e picrossirius. Além disso, procedeu-se a imunomarcação para colágenos tipo I, III, e V, com uso de pepsina para digestão das fibras colágenas heterotípicas exposição dos epítopos. Clinicamente os implantes foram completamente epitelizados em aproximadamente 10 dias, os neovasos apresentaram involução progressiva a partir dos 20 dias de pós-operatório, estando ausentes ao final dos 40 dias de observação, restando apenas uma nébula no local da lesão. À microscopia óptica, observou-se resposta inflamatória moderada, presença de epitélio pavimentoso estratificado aos sete dias e epitelização completa aos 21 dias. Aos 40 dias a membrana basal do epitélio apresentou-se reconstituída. O colágeno tipo I teve sua expressão no estroma intensificada aos 21 dias de pós- operatório. O colágeno tipo III está presente na membrana amniótica, sua a ausência no local do implante, aos 21 dias, mostrou remodelamento do tecido implantado. O colágeno tipo V, presente no estroma da córnea, teve sua expressão aumentada aos 7 e 21 dias, retornando à distribuição normal aos 40 dias de pós-operatório. Assim concluí-se que: a membrana amniótica eqüina é viável como implante em córnea de cão, sendo incorporada ao estroma, resultando em restabelecimento parcial da transparência no local de implante; o colágeno do tecido implantado é remodelado e substituído já aos 21 dias de pós-operatório; a pepsina foi eficiente na digestão das fibras e exposição dos epítopos dos colágenos nas fibras heterotípicasThe amniotic membrane has consecrated itself in the treatment of ocular surface diseases. The objective of this study was to evaluate the efficiency and viability of the equine amniotic membrane graft, preserved in glycerin at 98%, in the lamellar keroplasty recovery in dogs. Evaluation was based on clinical post-surgical exam, healing time, corneal architectural reconstruction, inflammatory response and collagen composition of the corneal stroma at the graft site. Twelve mixed-breed, male and female dogs were divided into four groups of three dogs. Each group was submitted to different observation periods of 2, 7, 21 and 40 days. Each dog was submitted to a 5 mm lamellar keratoplasty in one eye, followed by a 6 mm equine amniotic membrane graft. Each animal was submitted to clinical ophthalmologic exam every 48 hours. At the end of the evaluation period, the animal was euthanized and the grafted eye was removed and fixated for posterior analysis. For the histological study of the tissue graft, three methods of coloration were used: hematoxylin eosin (HE), periodic acid of Schiff (PAS) and picrosirius. Immunolocalization for the collagen types I, III and V using pepsin for fiber digestion of heterotypic fibrils and epitope exposure, was made. Clinically, the grafts were completely epithelized in approximately 10 days and neovascularization regressed progressively 20 days after surgery, being completely absent after 40 days, when only a nebula remained at the graft site. Optic microscopy revealed mild inflammatory response and presence of stratified pavement epithelium after 7 days and complete epithelization 21 days after surgery. At the end of 40 days the basal membrane was reconstituted. Type I collagen had its expression in the stroma intensified 21 days after the surgery. By day 21 the absence of collagen III in the corneal stroma showed graft remodeling, since this was formerly present in the amniotic membrane. The expression of type V fiber in the corneal stroma showed a mildly intensified expression at 7 and 21 days of observation, but returned to its normal distribution 40 days after surgery. Conclusion was that the equine amniotic membrane is a viable graft for the dog\'s cornea as it is incorporated to the stroma, resulting in partial transparency at the site of the graft. Twenty-one days after surgery, collagen from the graft is already remodeled and substituted. Pepsin is efficient for fiber digestion and collagen epitope exposure in heterotypical fibers.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPBarros, Paulo Sergio de MoraesAzevedo, Andréa Barbosa de2006-06-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/10/10137/tde-03092007-091203/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-07-04T13:07:56Zoai:teses.usp.br:tde-03092007-091203Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-07-04T13:07:56Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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A membrana amniótica tem se consolidado no tratamento das afecções da superfície ocular. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade e a eficácia do implante de MA eqüina, preservada em glicerina a 98%, na reparação de ceratoplastias lamelares em cães, por meio do estudo da avaliação clínica pós-operatória dos animais, do tempo de cicatrização, da reconstrução da arquitetura da córnea, da resposta inflamatória, e da composição colágena do estroma corneal no local do implante. Foram selecionados 12 cães, sem raça definida, machos ou fêmeas, divididos em quatro grupos de três, que tiveram tempos de observação distintos: 2, 7, 21 e 40 dias. Foi realizada ceratoplastia lamelar de 5 mm de diâmetro em um dos olhos de cada animal, seguida da aplicação do implante de membrana amniótica eqüina de 6 mm. Durante o período de observação, exame clínico oftalmológico foi realizado nos cães, com intervalos de 48 horas e ao final deste período, foram submetidos á eutanásia. Os olhos em estudo foram enucleados e fixados para posterior análise. Foram utilizados três métodos de coloração para o estudo histológico do tecido implantado: hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e picrossirius. Além disso, procedeu-se a imunomarcação para colágenos tipo I, III, e V, com uso de pepsina para digestão das fibras colágenas heterotípicas exposição dos epítopos. Clinicamente os implantes foram completamente epitelizados em aproximadamente 10 dias, os neovasos apresentaram involução progressiva a partir dos 20 dias de pós-operatório, estando ausentes ao final dos 40 dias de observação, restando apenas uma nébula no local da lesão. À microscopia óptica, observou-se resposta inflamatória moderada, presença de epitélio pavimentoso estratificado aos sete dias e epitelização completa aos 21 dias. Aos 40 dias a membrana basal do epitélio apresentou-se reconstituída. O colágeno tipo I teve sua expressão no estroma intensificada aos 21 dias de pós- operatório. O colágeno tipo III está presente na membrana amniótica, sua a ausência no local do implante, aos 21 dias, mostrou remodelamento do tecido implantado. O colágeno tipo V, presente no estroma da córnea, teve sua expressão aumentada aos 7 e 21 dias, retornando à distribuição normal aos 40 dias de pós-operatório. Assim concluí-se que: a membrana amniótica eqüina é viável como implante em córnea de cão, sendo incorporada ao estroma, resultando em restabelecimento parcial da transparência no local de implante; o colágeno do tecido implantado é remodelado e substituído já aos 21 dias de pós-operatório; a pepsina foi eficiente na digestão das fibras e exposição dos epítopos dos colágenos nas fibras heterotípicas |
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