Escorpião? Que tal EscorpiNÃO: testando o uso de propriedades luminosas como controle fí­sico para Tityus serrulatus (Arachnida: Buthidae)

• Autor(a) principal: Rodrigues, Marina Costa
• Data de Publicação: 2024
• Tipo de documento: Dissertação
• Idioma: por
• Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
• Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41133/tde-27052024-115537/
• topic: Controle de escorpiões; Light; Luz; Scorpions control; Tityus serrulatus; Tityus serrulatus

O escorpionismo, doença negligenciada, afeta milhares de pessoas por ano em todo o planeta. Em especial no Brasil, nota-se um crescimento de casos nos últimos anos, atribuído principalmente para a espécie de importância médica, Tityus serrulatus. Conhecido como escorpião amarelo, esse é um animal que apresenta veneno composto por diversas substâncias, com manifestações sistêmicas que podem ser leves, moderadas ou graves, podendo levar ao óbito. Diante disso, grande parte dos esforços contra essa doença centram-se em medidas de controle ao animal, e empregam-se geralmente métodos químicos de controle, como o uso de pesticidas, e em locais de infestação, ocorre a coleta manual por órgãos de saúde, com o objetivo da retirada dos animais da região, uma vez que o controle químico não é recomendado pelo Ministério da Saúde. Métodos alternativos, como o controle físico, já são utilizados para insetos em contextos agrícolas, que utilizam diferentes propriedades luminosas combinadas para controle desses animais. Utilizando propriedades luminosas como comprimento de onda, irradiância absoluta e tempo de exposição, registramos as respostas comportamentais de escorpiões amarelo para investigar o potencial de propriedades luminosas como um possível método de controle físico para Tityus serrulatus. Os animais foram testados em arenas com LEDs verde, vermelho ou violeta, para atração ou repulsão, em trials gravados durante trinta minutos. O tempo gasto por cada animal em cada setor da arena foi registrado, e as respostas comportamentais significativas mostraram repulsão tanto para a luz verde, quanto para a luz violeta. Esses resultados, que podem ser atribuídos ao comprimento de onda e a irradiância absoluta dos LEDs coincidem com os picos de resposta primária e secundária, respectivamente, dos fotorreceptores desses animais, o que demonstra a importância e a necessidade de outras investigações das possíveis aplicações do método luminoso para controle de escorpiões.