Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul
Autor(a) principal: | |
---|---|
Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-21092022-094820/ |
Resumo: | A geomorfologia marinha está em constante interação com a hidrodinâmica. Quando se trata de montes submarinos, observa-se uma interferência mútua, onde correntes são localmente intensificadas e capazes de alterar a batimetria local ao mesmo tempo em que tem a sua trajetória alterada por essas barreiras topográficas. A fim de entender o papel da Cadeia Vitória-Trindade como barreira hidrodinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul, foram observadas suas características geomorfológicas indicadoras de correntes de fundo a partir de dados batimétricos e sísmica de reflexão. Os dados batimétricos de multifeixe revelaram maior quantidade e extensão de canais de transporte de massa ao sul, especialmente a oeste dos montes submarinos da Cadeia Vitória-Trindade. Além disso, pequenas estruturas vulcânicas circulares foram identificadas em maior quantidade ao leste da cadeia, sua porção mais jovem. Já os perfis sísmicos apresentaram depósitos contorníticos extensos e transporte de massa ao sul da Cadeia Vitória-Trindade, enquanto na sua porção norte predominam os pelagitos. A distribuição dos depósitos encontrados indica que a porção sul sofre grande influência de correntes de fundo, que provavelmente transporta a Água de Fundo Antártica, enquanto o norte da cadeia tem a geomorfologia afetada mais pontualmente pela Água Profunda do Atlântico Norte. Essas diferenças geomorfológicas sugerem que a Cadeia Vitória-Trindade age como barreira para a Água de Fundo Antártica, que se restringe ao sul da Cadeia até encontrar passagem para o Norte entre os montes Dogaressa e Columbia. |
id |
USP_8562f63c8b79216338d75928bba33313 |
---|---|
oai_identifier_str |
oai:teses.usp.br:tde-21092022-094820 |
network_acronym_str |
USP |
network_name_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository_id_str |
2721 |
spelling |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico SulGeomorphological indicators of the bottom circulation in the Vitoria-Trindade Chain and its role as a dynamic barrier in the western South Atlantic OceanContornitoContouriteMassas d\'águaMontes submarinosSeamountsTurbiditeTurbiditoWater MassA geomorfologia marinha está em constante interação com a hidrodinâmica. Quando se trata de montes submarinos, observa-se uma interferência mútua, onde correntes são localmente intensificadas e capazes de alterar a batimetria local ao mesmo tempo em que tem a sua trajetória alterada por essas barreiras topográficas. A fim de entender o papel da Cadeia Vitória-Trindade como barreira hidrodinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul, foram observadas suas características geomorfológicas indicadoras de correntes de fundo a partir de dados batimétricos e sísmica de reflexão. Os dados batimétricos de multifeixe revelaram maior quantidade e extensão de canais de transporte de massa ao sul, especialmente a oeste dos montes submarinos da Cadeia Vitória-Trindade. Além disso, pequenas estruturas vulcânicas circulares foram identificadas em maior quantidade ao leste da cadeia, sua porção mais jovem. Já os perfis sísmicos apresentaram depósitos contorníticos extensos e transporte de massa ao sul da Cadeia Vitória-Trindade, enquanto na sua porção norte predominam os pelagitos. A distribuição dos depósitos encontrados indica que a porção sul sofre grande influência de correntes de fundo, que provavelmente transporta a Água de Fundo Antártica, enquanto o norte da cadeia tem a geomorfologia afetada mais pontualmente pela Água Profunda do Atlântico Norte. Essas diferenças geomorfológicas sugerem que a Cadeia Vitória-Trindade age como barreira para a Água de Fundo Antártica, que se restringe ao sul da Cadeia até encontrar passagem para o Norte entre os montes Dogaressa e Columbia.Marine geomorphology is in constant interaction with hydrodynamics. When it comes to seamounts, there is a mutual interference, where currents are locally intensified and able to change the local bathymetry at the same time that their path is altered by these topographic barriers. To understand the role of the Vitoria-Trindade Chain as a hydrodynamic barrier in the Western South Atlantic Ocean, its geomorphological characteristics indicative of bottom-currents were observed from bathymetric and seismic reflection data. Multibeam bathymetric data revealed a greater number and length of mass transport channels to the south, especially in the western seamounts of the Vitoria-Trindade Chain. In addition, small circular volcanic structures have been identified in greater numbers at the east of the chain, its younger part. On the other hand, the seismic profiles showed extensive contouritic deposits and mass transport to the south of the Vitoria-Trindade Chain, while the pelagites predominate in its northern portion. The distribution of deposits found indicates that the southern portion is greatly influenced by bottom-currents, probably carrying the Antarctic Bottom Water, while the north of the chain has geomorphology more punctually affected by the North Atlantic Deep Water. These geomorphological differences suggest that Vitoria-Trindade Chain acts as a barrier to the Antarctic Bottom Water, which is restricted to the south of the chain until it finds a passage north between Dogaressa and Columbia seamounts.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPJovane, LuigiSilva, Raylla Souza2022-03-22info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-21092022-094820/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-10-05T18:39:43Zoai:teses.usp.br:tde-21092022-094820Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-10-05T18:39:43Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
dc.title.none.fl_str_mv |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul Geomorphological indicators of the bottom circulation in the Vitoria-Trindade Chain and its role as a dynamic barrier in the western South Atlantic Ocean |
title |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
spellingShingle |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul Silva, Raylla Souza Contornito Contourite Massas d\'água Montes submarinos Seamounts Turbidite Turbidito Water Mass |
title_short |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
title_full |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
title_fullStr |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
title_full_unstemmed |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
title_sort |
Indicadores geomorfológicos da circulação de fundo na Cadeia Vitória-Trindade e seu papel como barreira dinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul |
author |
Silva, Raylla Souza |
author_facet |
Silva, Raylla Souza |
author_role |
author |
dc.contributor.none.fl_str_mv |
Jovane, Luigi |
dc.contributor.author.fl_str_mv |
Silva, Raylla Souza |
dc.subject.por.fl_str_mv |
Contornito Contourite Massas d\'água Montes submarinos Seamounts Turbidite Turbidito Water Mass |
topic |
Contornito Contourite Massas d\'água Montes submarinos Seamounts Turbidite Turbidito Water Mass |
description |
A geomorfologia marinha está em constante interação com a hidrodinâmica. Quando se trata de montes submarinos, observa-se uma interferência mútua, onde correntes são localmente intensificadas e capazes de alterar a batimetria local ao mesmo tempo em que tem a sua trajetória alterada por essas barreiras topográficas. A fim de entender o papel da Cadeia Vitória-Trindade como barreira hidrodinâmica no oeste do Oceano Atlântico Sul, foram observadas suas características geomorfológicas indicadoras de correntes de fundo a partir de dados batimétricos e sísmica de reflexão. Os dados batimétricos de multifeixe revelaram maior quantidade e extensão de canais de transporte de massa ao sul, especialmente a oeste dos montes submarinos da Cadeia Vitória-Trindade. Além disso, pequenas estruturas vulcânicas circulares foram identificadas em maior quantidade ao leste da cadeia, sua porção mais jovem. Já os perfis sísmicos apresentaram depósitos contorníticos extensos e transporte de massa ao sul da Cadeia Vitória-Trindade, enquanto na sua porção norte predominam os pelagitos. A distribuição dos depósitos encontrados indica que a porção sul sofre grande influência de correntes de fundo, que provavelmente transporta a Água de Fundo Antártica, enquanto o norte da cadeia tem a geomorfologia afetada mais pontualmente pela Água Profunda do Atlântico Norte. Essas diferenças geomorfológicas sugerem que a Cadeia Vitória-Trindade age como barreira para a Água de Fundo Antártica, que se restringe ao sul da Cadeia até encontrar passagem para o Norte entre os montes Dogaressa e Columbia. |
publishDate |
2022 |
dc.date.none.fl_str_mv |
2022-03-22 |
dc.type.status.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/publishedVersion |
dc.type.driver.fl_str_mv |
info:eu-repo/semantics/masterThesis |
format |
masterThesis |
status_str |
publishedVersion |
dc.identifier.uri.fl_str_mv |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-21092022-094820/ |
url |
https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/21/21136/tde-21092022-094820/ |
dc.language.iso.fl_str_mv |
por |
language |
por |
dc.relation.none.fl_str_mv |
|
dc.rights.driver.fl_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. info:eu-repo/semantics/openAccess |
rights_invalid_str_mv |
Liberar o conteúdo para acesso público. |
eu_rights_str_mv |
openAccess |
dc.format.none.fl_str_mv |
application/pdf |
dc.coverage.none.fl_str_mv |
|
dc.publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
publisher.none.fl_str_mv |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP |
dc.source.none.fl_str_mv |
reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP instname:Universidade de São Paulo (USP) instacron:USP |
instname_str |
Universidade de São Paulo (USP) |
instacron_str |
USP |
institution |
USP |
reponame_str |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
collection |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
repository.name.fl_str_mv |
Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP) |
repository.mail.fl_str_mv |
virginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.br |
_version_ |
1826318927427272704 |