Distribuição de meningite pneumocócica no Brasil e distribuição e análise espacial de meningite pneumocócica no Estado de São Paulo, no período pré (2005 a 2009) e pós-vacinação infantil (2011 a 2013)
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Data de Publicação: | 2017 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-07082017-102921/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) foi introduzida no calendário de imunização infantil do Programa Nacional de Imunizações em 2010. Este estudo analisou as taxas de incidência de Meningite Pneumocócica (MP) no Brasil, por faixa etária e unidade da federação (UF); a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos no Brasil, por UF, no período pré (2005-2009) e pós-vacinação (2011-2013); e associações com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. Foram analisadas a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por município do estado de São Paulo (SP), no período pré e pós-vacinação, e a existência de aglomerados espaciais e espaço-temporais. Através de estatística espacial, foram analisadas associações das taxas de incidência de MP, por microrregiões do estado, com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. MÉTODOS: Estudo ecológico de base populacional, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Cobertura vacinal e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foram utilizados na análise do Brasil. Na análise de SP, as unidades ecológicas foram municípios e microrregiões, e a variável socioeconômica foi o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Foram construídos mapas temáticos para as taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, nos períodos pré e pós vacinação, cobertura vacinal e IDH, por UF. Também foram construídos mapas temáticos das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por microrregião de SP, nos períodos pré e pós-vacinação, cobertura vacinal e IPRS, utilizando o software QGis 2.6.1. Para SP, foi utilizada a técnica de varredura (software SatScan 9.2) para analisar aglomerados. O modelo Gaussiano latente Bayesiano com modelos inflados de zeros de Poisson, através da aproximação de Laplace aninhada e integrada (INLA), foi utilizado na análise espacial para avaliar associações entre taxa de incidência de MP, cobertura vacinal e variáveis socioeconômicas. RESULTADOS: De 2005 a 2013, foram notificados 10.769 casos de MP. Crianças menores de cinco anos foram as mais acometidas. No período pós-vacinação (2011-2013), a taxa de incidência de MP diminuiu nos menores de cinco anos, especialmente nos menores de um ano (de 10,42/100.000, em 2005, para 4,13/100.000, em 2013). No Brasil, maiores taxas de incidência de MP ocorreram nos estados com maior IDH. Em SP ocorreu o mesmo, sendo encontrados, no período pré-vacinação, dois aglomerados de municípios - um de baixo risco para MP, no noroeste do estado (RR, 0,45, p=0,00025), e outro de alto risco no sudeste, englobando a capital do estado, (RR, 1,62, p=0,0000051). No período pós-vacinação, apenas um aglomerado de maior risco se manteve na mesma região (RR, 1,97, p=0,057). Na análise Bayesiana, riqueza foi identificada como fator de risco para MP (RR, 1,026, IC: 1,002-1,052) no período pré-vacinação. Cobertura vacinal, longevidade e escolaridade não foram significativas. CONCLUSÕES: Maior IDH e maior riqueza foram fatores de risco para MP, sugerindo necessidade de maior investimento na capacidade diagnóstica de MP nas áreas estudadas, avanços na qualificação da vigilância e notificação da doença |
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Distribuição de meningite pneumocócica no Brasil e distribuição e análise espacial de meningite pneumocócica no Estado de São Paulo, no período pré (2005 a 2009) e pós-vacinação infantil (2011 a 2013) Pneumococcal meningitis distribution in Brazil and Pneumococcal meningitis distribution and spatial analysis in the state of São Paulo, pre (2005-2009) and post- (2011-2013) childhood vaccinationAnálise espacialAvaliação do impacto na saúdeBrasilBrazilHealth impact assessmentMeningite pneumocócicaMeningitis pneumococcalPneumococcal vaccinesSão PauloSão PauloSpatial analysisStreptococcus pneumoniaeStreptococcus pneumoniaeVacinas pneumocócicasINTRODUÇÃO: A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) foi introduzida no calendário de imunização infantil do Programa Nacional de Imunizações em 2010. Este estudo analisou as taxas de incidência de Meningite Pneumocócica (MP) no Brasil, por faixa etária e unidade da federação (UF); a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos no Brasil, por UF, no período pré (2005-2009) e pós-vacinação (2011-2013); e associações com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. Foram analisadas a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por município do estado de São Paulo (SP), no período pré e pós-vacinação, e a existência de aglomerados espaciais e espaço-temporais. Através de estatística espacial, foram analisadas associações das taxas de incidência de MP, por microrregiões do estado, com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. MÉTODOS: Estudo ecológico de base populacional, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Cobertura vacinal e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foram utilizados na análise do Brasil. Na análise de SP, as unidades ecológicas foram municípios e microrregiões, e a variável socioeconômica foi o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Foram construídos mapas temáticos para as taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, nos períodos pré e pós vacinação, cobertura vacinal e IDH, por UF. Também foram construídos mapas temáticos das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por microrregião de SP, nos períodos pré e pós-vacinação, cobertura vacinal e IPRS, utilizando o software QGis 2.6.1. Para SP, foi utilizada a técnica de varredura (software SatScan 9.2) para analisar aglomerados. O modelo Gaussiano latente Bayesiano com modelos inflados de zeros de Poisson, através da aproximação de Laplace aninhada e integrada (INLA), foi utilizado na análise espacial para avaliar associações entre taxa de incidência de MP, cobertura vacinal e variáveis socioeconômicas. RESULTADOS: De 2005 a 2013, foram notificados 10.769 casos de MP. Crianças menores de cinco anos foram as mais acometidas. No período pós-vacinação (2011-2013), a taxa de incidência de MP diminuiu nos menores de cinco anos, especialmente nos menores de um ano (de 10,42/100.000, em 2005, para 4,13/100.000, em 2013). No Brasil, maiores taxas de incidência de MP ocorreram nos estados com maior IDH. Em SP ocorreu o mesmo, sendo encontrados, no período pré-vacinação, dois aglomerados de municípios - um de baixo risco para MP, no noroeste do estado (RR, 0,45, p=0,00025), e outro de alto risco no sudeste, englobando a capital do estado, (RR, 1,62, p=0,0000051). No período pós-vacinação, apenas um aglomerado de maior risco se manteve na mesma região (RR, 1,97, p=0,057). Na análise Bayesiana, riqueza foi identificada como fator de risco para MP (RR, 1,026, IC: 1,002-1,052) no período pré-vacinação. Cobertura vacinal, longevidade e escolaridade não foram significativas. CONCLUSÕES: Maior IDH e maior riqueza foram fatores de risco para MP, sugerindo necessidade de maior investimento na capacidade diagnóstica de MP nas áreas estudadas, avanços na qualificação da vigilância e notificação da doençaINTRODUCTION: The 10-Valent pneumococcal conjugate vaccine (PCV10) was introduced into the childhood immunization schedule of the Brazilian National Immunization Program in 2010. This study analyzed Pneumococcal Meningitis (PM) incidence rates in Brazil, by age group and federation unit (FU), the spatial distribution of PM incidence rates in under-5 children in Brazil, by FU, in the pre (2005-2009) and post-vaccination (2011-2013) periods, and associations with socioeconomic variables and vaccination coverage. We conducted spatial analysis of PM incidence rates in under-5 children, by municipality in SP, in pre and post-vaccination periods, and evaluated the existence of spatial and spatial-temporal clusters. Spatial statistics was used to test associations of PM incidence rates with socioeconomic variables and vaccine coverage, by state micro regions. METHODS: This is a population-based ecological study using data from the Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Vaccine coverage and the Human Development Index (HDI) were used in the Brazilian analysis. In SP analysis, the ecological units were municipalities and micro regions, and the socio-economic variable was the Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) of the Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Thematic maps were built for PM incidence rates in under-5 children, in the pre- and post-vaccination periods, vaccine coverage and HDI, by FU. Thematic maps were also built for PM incidence rates in under-5 children by SP micro regions, in the pre- and post-vaccination periods, vaccination coverage and IPRS using QGis 2.6.1 software. The scanning technique (SatScan 9.2 software) was used to analyze spatial and spatiotemporal clusters in SP. A Bayesian latent Gaussian model with zero-inflated Poisson model through the integrated nested Laplace approximation (INLA) was used in the spatial analysis to evaluate associations of PM incidence rates with vaccine coverage and socioeconomic variables. RESULTS: From 2005 to 2013, 10,769 PM cases were reported. Under-5 children were the most affected in the whole period. In the post-vaccination period (2011-2013), PM incidence rates decreased among under-5 children, especially among infants (from 10.42/100,000, in 2005, to 4.13/100,000, in 2013). Higher PM incidence rates occurred in states with higher HDI. The same occurred in SP, where two municipalities clusters were found in the pre-vaccination period - one of low risk for PM in the northwest of the state (OR, 0.45, p=0.00025), and another of high risk in the southeast, including the state capital (OR, 1.62, p=0.0000051). In the post-vaccination period, only one cluster of higher risk remained in the same area (RR, 1.97, p=0.057). In Bayesian analysis, wealth was identified as a risk factor for PM (RR, 1.026, CI: 1.002-1.052). Vaccination coverage, longevity and education were not important. CONCLUSIONS: A higher HDI as well as greater wealth were risk factors for PM. This result highlights the need to improve the diagnostic capacity of PM in studied areas, advancing in the surveillance quality and disease notificationBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPChiaravalloti Neto, FranciscoSartori, Ana Marli ChristovamOliveira, Danise Senna2017-05-30info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5134/tde-07082017-102921/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2018-07-17T16:38:18Zoai:teses.usp.br:tde-07082017-102921Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212018-07-17T16:38:18Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: A vacina pneumocócica conjugada 10-valente (VPC10) foi introduzida no calendário de imunização infantil do Programa Nacional de Imunizações em 2010. Este estudo analisou as taxas de incidência de Meningite Pneumocócica (MP) no Brasil, por faixa etária e unidade da federação (UF); a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos no Brasil, por UF, no período pré (2005-2009) e pós-vacinação (2011-2013); e associações com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. Foram analisadas a distribuição espacial das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por município do estado de São Paulo (SP), no período pré e pós-vacinação, e a existência de aglomerados espaciais e espaço-temporais. Através de estatística espacial, foram analisadas associações das taxas de incidência de MP, por microrregiões do estado, com variáveis socioeconômicas e cobertura vacinal. MÉTODOS: Estudo ecológico de base populacional, que utilizou dados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação. Cobertura vacinal e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) foram utilizados na análise do Brasil. Na análise de SP, as unidades ecológicas foram municípios e microrregiões, e a variável socioeconômica foi o Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS) da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados. Foram construídos mapas temáticos para as taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, nos períodos pré e pós vacinação, cobertura vacinal e IDH, por UF. Também foram construídos mapas temáticos das taxas de incidência de MP em menores de cinco anos, por microrregião de SP, nos períodos pré e pós-vacinação, cobertura vacinal e IPRS, utilizando o software QGis 2.6.1. Para SP, foi utilizada a técnica de varredura (software SatScan 9.2) para analisar aglomerados. O modelo Gaussiano latente Bayesiano com modelos inflados de zeros de Poisson, através da aproximação de Laplace aninhada e integrada (INLA), foi utilizado na análise espacial para avaliar associações entre taxa de incidência de MP, cobertura vacinal e variáveis socioeconômicas. RESULTADOS: De 2005 a 2013, foram notificados 10.769 casos de MP. Crianças menores de cinco anos foram as mais acometidas. No período pós-vacinação (2011-2013), a taxa de incidência de MP diminuiu nos menores de cinco anos, especialmente nos menores de um ano (de 10,42/100.000, em 2005, para 4,13/100.000, em 2013). No Brasil, maiores taxas de incidência de MP ocorreram nos estados com maior IDH. Em SP ocorreu o mesmo, sendo encontrados, no período pré-vacinação, dois aglomerados de municípios - um de baixo risco para MP, no noroeste do estado (RR, 0,45, p=0,00025), e outro de alto risco no sudeste, englobando a capital do estado, (RR, 1,62, p=0,0000051). No período pós-vacinação, apenas um aglomerado de maior risco se manteve na mesma região (RR, 1,97, p=0,057). Na análise Bayesiana, riqueza foi identificada como fator de risco para MP (RR, 1,026, IC: 1,002-1,052) no período pré-vacinação. Cobertura vacinal, longevidade e escolaridade não foram significativas. CONCLUSÕES: Maior IDH e maior riqueza foram fatores de risco para MP, sugerindo necessidade de maior investimento na capacidade diagnóstica de MP nas áreas estudadas, avanços na qualificação da vigilância e notificação da doença |
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