Ocorrência de Arcobacter spp. em carne de frango

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Padovani, Nicolle Ferraz de Arruda
Data de Publicação: 2018
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11141/tde-27032019-154616/
Resumo: Arcobacter spp., anteriormente conhecido como Campylobacter aerotolerante, é considerado um gênero bacteriano que inclui espécies consideradas patógenos emergentes que podem ser veiculados por alimentos. O gênero Arcobacter tem sido associado a gastroenterites, diarreia persistente e bacteremia em humanos. É uma bactéria Gram negativa, termosensível, embora possa sobreviver à 4°C. No Brasil, há poucos estudos de ocorrência de Arcobacter em alimentos, inclusive os de origem animal, especialmente os mais consumidos, como as carnes de frango e suína. Existem estudos pontuais de sua ocorrência em produtos resfriados, como cortes e em carcaças de frango resfriadas do varejo. O objetivo deste estudo foi avaliar a ocorrência de Arcobacter spp. em cortes e carcaças de frango refrigeradas e congeladas do varejo e em coxas de frango livres de antibiótico e orgânico refrigeradas provenientes de abatedouro, por técnica de isolamento convencional com posterior confirmação do gênero por reação de polimerase em cadeia (PCR). Foram analisadas 153 amostras de carne de frango, das quais 39,21% (59/153) resultaram positivas para o gênero Arcobacter. Foi obtido o total de sessenta e quatro isolados positivos para Arcobacter spp., que corresponderam a 89,06% (57/64) de A. lacus, 4,7% (3/64) de A. thereius, 3,12% (2/64) de A. butzleri, e 3,12% (2/64) de Arcobacter spp. espécie não identficada até o momento. Foram realizadas análises fenotípicas de resistência a 12 antibióticos com 34 isolados, previamente selecionados, de quatro diferentes fontes de carnes de frango obtidos nesse trabalho, e de três linhagens utilizadas como controle positivo de Arcobacter. A resistência fenotípica frente aos antimicrobianos foi de 100% para ácido nalidíxico e clindamicina, 29,73% para eritromicina, 24,32% para canamicina, 21,62% para tetraciclina, 18,42% para cloranfenicol, 13,51% para gentamicina, 8,11% para estreptomicina, 5,41% para azitromicina e ciprofloxacina, 2,10% para vancomicina e 0,00% para ampicilina.
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