Estudo da colonização de diferentes estirpes de Xanthomonas albilineans em Saccharum hybrid spp
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2023 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-26072023-154340/ |
Resumo: | O Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e, atualmente, uma das doenças que mais causa preocupação entre os produtores é a escaldadura de folhas. Tendo como agente etiológico a bactéria Xanthomonas albilineans, a doença é caracterizada pelo aparecimento de linhas cloróticas nas folhas, que podem expandir para todo o órgão, dando-lhe um aspecto esbranquiçado. Isso se dá pela atuação da toxina albicidina, secretada pela bactéria. Apesar de ser capaz de colonizar tecidos ao redor, o início da colonização por X. albilineans se dá pela coluna do protoxilema. Diferentes estirpes coletadas em localizações variadas no Estado de São Paulo apresentam diferentes graus de severidade dos sintomas quando inoculadas em um cultivar suscetível à escaldadura de folhas. O mecanismo por trás dessa diferença ainda não é totalmente compreendido. Fatores como a capacidade de produção de albicidina e secreção de enzimas extracelulares não puderam ser diretamente correlacionados ao grau de severidade observado. O objetivo do presente estudo foi o de comparar estirpes que apresentam graus de severidade diferentes quanto à colonização nas folhas, por meio de microscopia de fluorescência. A investigação valeu-se tanto de estudos in planta quanto de estudos in vitro. Para os estudos in planta, as estirpes Xa11 (maior grau de severidade) e Xa21 (menor grau de severidade), transformadas para produzirem proteínas fluorescentes, foram inoculadas em plantas de um cultivar de cana-de-açúcar tolerante à escaldadura de folhas (SP80-3280). Cortes realizados ao longo de 3 meses foram analisados em microscópio de fluorescência e mostraram a colonização da coluna do protoxilema e tecidos vizinhos, como visto na literatura. Para os estudos in vitro, foi realizado experimento de co-crescimento da Xa11 com a Xa21 e os resultados não mostraram interação física entre as células das duas estirpes, apenas a predominância visual da Xa21. A maior presença de células de Xa21 é corroborado por ensaio prévio de curva de crescimento, em que Xa21 apresentou menor tempo de duplicação. Além disso, foi realizado o crescimento de cinco estirpes de X. albilineans em diferentes condições de iluminação, cujos resultados indicaram um crescimento mais lento de todas as estirpes no escuro. |
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Estudo da colonização de diferentes estirpes de Xanthomonas albilineans em Saccharum hybrid sppStudy of the colonization of different strains of Xanthomonas albilineans in Saccharum hybrid sppCana-de-açúcarEscaldadura de folhasLeaf scaldSugarcaneXanthomonas albilineansXanthomonas albilineansO Brasil é o maior produtor de cana-de-açúcar do mundo e, atualmente, uma das doenças que mais causa preocupação entre os produtores é a escaldadura de folhas. Tendo como agente etiológico a bactéria Xanthomonas albilineans, a doença é caracterizada pelo aparecimento de linhas cloróticas nas folhas, que podem expandir para todo o órgão, dando-lhe um aspecto esbranquiçado. Isso se dá pela atuação da toxina albicidina, secretada pela bactéria. Apesar de ser capaz de colonizar tecidos ao redor, o início da colonização por X. albilineans se dá pela coluna do protoxilema. Diferentes estirpes coletadas em localizações variadas no Estado de São Paulo apresentam diferentes graus de severidade dos sintomas quando inoculadas em um cultivar suscetível à escaldadura de folhas. O mecanismo por trás dessa diferença ainda não é totalmente compreendido. Fatores como a capacidade de produção de albicidina e secreção de enzimas extracelulares não puderam ser diretamente correlacionados ao grau de severidade observado. O objetivo do presente estudo foi o de comparar estirpes que apresentam graus de severidade diferentes quanto à colonização nas folhas, por meio de microscopia de fluorescência. A investigação valeu-se tanto de estudos in planta quanto de estudos in vitro. Para os estudos in planta, as estirpes Xa11 (maior grau de severidade) e Xa21 (menor grau de severidade), transformadas para produzirem proteínas fluorescentes, foram inoculadas em plantas de um cultivar de cana-de-açúcar tolerante à escaldadura de folhas (SP80-3280). Cortes realizados ao longo de 3 meses foram analisados em microscópio de fluorescência e mostraram a colonização da coluna do protoxilema e tecidos vizinhos, como visto na literatura. Para os estudos in vitro, foi realizado experimento de co-crescimento da Xa11 com a Xa21 e os resultados não mostraram interação física entre as células das duas estirpes, apenas a predominância visual da Xa21. A maior presença de células de Xa21 é corroborado por ensaio prévio de curva de crescimento, em que Xa21 apresentou menor tempo de duplicação. Além disso, foi realizado o crescimento de cinco estirpes de X. albilineans em diferentes condições de iluminação, cujos resultados indicaram um crescimento mais lento de todas as estirpes no escuro.Brazil is the worlds biggest sugarcane producer and one of the main diseases that affect plantations is the leaf scald. Its etiologic agent is the bacteria Xanthomonas albilineans and the main symptom is the appearance of white stripes in the leaf, that may progress to a full bleaching of the leaf, giving it a scalded appearance, hence the diseases name. The main cause for this is albicidin, a toxin secreted by the bacteria. Although it is capable of colonizing neighboring tissues, X. albilineans infection begins by colonizing the column left after the protoxylems death. Different strains, collected in various locations in the state of São Paulo, show different degrees of severity of symptoms when inoculated in a sugarcane crop that is susceptible to leaf scald. The exact mechanism behind this variation is not yet fully understood. Main suspected factors like the albicidins production and extracellular enzymes secretion were found not to directly correlate to the observed degree of severity. The present studys objective was to compare different strains, known to cause different degrees of severity of symptoms, in terms of leaf colonization, by the means of fluorescence microscopy. The investigation encompassed different types of study, like in planta and in vitro experiments, to answer this question. Concerning the in planta studies, two X. albilineans strains, Xa11 (higher degree of severity) and Xa21 (lower degree of severity), transformed in order to produce fluorescent proteins, were inoculated in a sugarcane crop (SP80-3280) which exhibits tolerance to leaf scald. Leaf sections were taken throughout three months and analyzed under fluorescence microscopy showing the colonization of the protoxylem column and neighboring tissues, in accordance with the literature. One of the in vitro studies involved the joint culture of Xa11 e Xa21 and the results did not show physical interaction between the bacterial cells. The main observation was a predominance of Xa21 cells compared to Xa11 cells. This predominance of Xa21 cells is in accordance with a previous growth curve essay, in which was shown that the duplication rate of Xa21 was higher than that of Xa11. Furthermore, a test was run to compare the growth of five different X. albilineans strains under different light conditions and the results yielded indicate an overall slower duplication rate under dark conditions.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPSluys, Marie Anne vanBerselli, Arthur Peixoto2023-05-23info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41132/tde-26072023-154340/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-07-27T14:27:04Zoai:teses.usp.br:tde-26072023-154340Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-07-27T14:27:04Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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