Aquisição de Estreptococos mutans e periodontopatógenos por primogênitos de 7-19 meses de idade: estudo longitudinal em famílias
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2005 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-11102007-150433/ |
Resumo: | A colonização bucal por patógenos, como os estreptococos mutans (EM) e Porphyromonas gingivalis, microrganismos associados respectivamente à cárie e à doença periodontal, é pré-requisito para o desenvolvimento dessas doenças multifatoriais. Este estudo longitudinal investigou o momento de aquisição e a estabilidade de colonização de EM e de periodontopatógenos BANA-positivos (P.gingivalis, T.denticola e T.forsythensis), bem como de fatores facilitadores, em 14 primogênitos que tinham no início do estudo (visita 1), 7-8 meses de idade. A amostra, selecionada com base na positividade das mães para EM, foi composta por 14 famílias, constituídas do pai, mãe, bebê e avó ou tia, quando presente na mesma residência. Na visita 1, nos adultos foram feitos exames clínico e radiográfico para cárie, determinação do índice de sangramento papilar (ISP), teste BANA em amostras subgengivais e língua, colheita de saliva estimulada para avaliar os níveis de EM e, aplicados questionários sobre hábitos de risco de transmissão, alimentação e higiene dos bebês e saúde, condições socioeconômicas e educacionais das famílias; na visita 2, foram repetidos nos adultos o exame clínico de cárie e a colheita de saliva para contagem de EM. O teste BANA foi reaplicado nas visitas 2 e 3 somente nas mães. Nos bebês foram investigadas a presença e porcentagem de EM na saliva não estimulada, a presença de dentes, e o teste BANA lingual nas 3 visitas. Com exceção de um pai, negativo para EM, todos os pais e mães apresentaram EM nas duas visitas. Não houve diferença nos índices CPOS, ISP e IG e total de testes BANA positivos entre mães e pais. Somente na visita 3, três das 14 crianças (21,4%) se tornaram EM-positivas, com contagens > 1.000.000/ml de saliva. Ficou evidenciado que a mãe é o membro da família a ser investigado, para avaliar a possibilidade de aquisição de EM pelo filho. As condições que pareceram mais associadas à positividade das crianças foram atividade de cárie recente e elevados níveis salivares de EM nas mães. Mesmo elas, porém, devem ser acompanhadas pela maior parte das seguintes condições: baixa condição sócio-econômica e educacional, muitos hábitos de risco para a transmissão, higiene bucal deficiente e uso desnecessário ou freqüente do açúcar, para garantir a associação. Nenhum bebê foi colonizado por periodontopatógenos BANA-positivos, visto que os resultados positivos, ocorridos nas 3 visitas, foram transitórios. As investigações sobre aquisição de patógenos bucais por bebês devem ser longitudinais. |
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Aquisição de Estreptococos mutans e periodontopatógenos por primogênitos de 7-19 meses de idade: estudo longitudinal em famíliasAcquisition of mutans streptococci and periodontal pathogens by firstlings aged 7-19 months longitudinal study in familiesCárie dentária (microbiologia)Doenças periodontais (microbiologia)Estreptococos mutansA colonização bucal por patógenos, como os estreptococos mutans (EM) e Porphyromonas gingivalis, microrganismos associados respectivamente à cárie e à doença periodontal, é pré-requisito para o desenvolvimento dessas doenças multifatoriais. Este estudo longitudinal investigou o momento de aquisição e a estabilidade de colonização de EM e de periodontopatógenos BANA-positivos (P.gingivalis, T.denticola e T.forsythensis), bem como de fatores facilitadores, em 14 primogênitos que tinham no início do estudo (visita 1), 7-8 meses de idade. A amostra, selecionada com base na positividade das mães para EM, foi composta por 14 famílias, constituídas do pai, mãe, bebê e avó ou tia, quando presente na mesma residência. Na visita 1, nos adultos foram feitos exames clínico e radiográfico para cárie, determinação do índice de sangramento papilar (ISP), teste BANA em amostras subgengivais e língua, colheita de saliva estimulada para avaliar os níveis de EM e, aplicados questionários sobre hábitos de risco de transmissão, alimentação e higiene dos bebês e saúde, condições socioeconômicas e educacionais das famílias; na visita 2, foram repetidos nos adultos o exame clínico de cárie e a colheita de saliva para contagem de EM. O teste BANA foi reaplicado nas visitas 2 e 3 somente nas mães. Nos bebês foram investigadas a presença e porcentagem de EM na saliva não estimulada, a presença de dentes, e o teste BANA lingual nas 3 visitas. Com exceção de um pai, negativo para EM, todos os pais e mães apresentaram EM nas duas visitas. Não houve diferença nos índices CPOS, ISP e IG e total de testes BANA positivos entre mães e pais. Somente na visita 3, três das 14 crianças (21,4%) se tornaram EM-positivas, com contagens > 1.000.000/ml de saliva. Ficou evidenciado que a mãe é o membro da família a ser investigado, para avaliar a possibilidade de aquisição de EM pelo filho. As condições que pareceram mais associadas à positividade das crianças foram atividade de cárie recente e elevados níveis salivares de EM nas mães. Mesmo elas, porém, devem ser acompanhadas pela maior parte das seguintes condições: baixa condição sócio-econômica e educacional, muitos hábitos de risco para a transmissão, higiene bucal deficiente e uso desnecessário ou freqüente do açúcar, para garantir a associação. Nenhum bebê foi colonizado por periodontopatógenos BANA-positivos, visto que os resultados positivos, ocorridos nas 3 visitas, foram transitórios. As investigações sobre aquisição de patógenos bucais por bebês devem ser longitudinais.Oral colonization by pathogens as mutans streptococci (MS) and Porphyromonas gingivalis, microorganisms associated with caries and periodontal disease, respectively, is a pre-requirement for development of these multifactorial diseases. This longitudinal study investigated the period of acquisition and stability of colonization of MS and BANA-positive periodontal pathogens (P. gingivalis, T. denticola and T. forsythensis), as well as facilitating factors, in 14 firstlings aged 7-8 months at onset of the study (visit 1). The sample, selected based on the positivity of mothers to MS, consisted of 14 families comprising father, mother, infant and grandmother or aunt, living at the same home. At visit 1, the adults were submitted to clinical and radiographic examination for dental caries, establishment of the papillary bleeding index (PBS), BANA test in subgingival samples and tongue, collection of stimulated saliva for evaluation of the MS levels, and application of a questionnaire on health, transmission risk habits, feeding, hygiene and socioeconomic and educational conditions; at visit 2, the adults were once again submitted to clinical examination for dental caries and saliva collection for MS counting. The BANA test was reapplied at visits 2 and 3 only in mothers. The infants were assessed as to the presence and percentage of MS in non-stimulated saliva, presence of teeth, and lingual BANA test at the 3 visits. Except for one father, negative for MS, all fathers and mothers presented MS at the two visits. There was no difference in the DMFS, PBS and GI indexes and total of positive BANA tests between mothers and fathers. Only at visit 3, three out of the 14 children (21.4%) were MS-positive, with counting > 1,000,000/ml of saliva. It was demonstrated that the mother is the family member that should be investigated, for evaluation of the possibility of acquisition of MS by the child. The conditions that seemed to be most associated with positivity of children were recent caries activity and high MS salivary levels in the mothers. However, even they should also present most of the following conditions: low socioeconomic and educational level, many transmission risk habits, poor oral hygiene and unnecessary or frequent utilization of sugar, to assure the association. No infant was colonized by BANA-positive periodontal pathogens, since the positive outcomes, observed in the 3 visits, were transitory. Investigations on the acquisition of oral pathogens by infants should be longitudinal.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPRosa, Odila Pereira da SilvaNoce, Érica2005-06-27info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25133/tde-11102007-150433/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:54Zoai:teses.usp.br:tde-11102007-150433Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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