Efeito do tipo de lesão cariosa artificial em esmalte bovino sobre o potencial remineralizante da saliva, do dentifrício e do verniz fluoretado: um estudo in situ
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2013 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-22112013-110525/ |
Resumo: | Este trabalho avaliou o efeito do tipo de lesão cariosa artificial em esmalte produzido por quatros protocolos in vitro em relação ao potencial remineralizante in situ, utilizando como variáveis de resposta a microdureza superficial (SH) e longitudinal (CSH) e a microradiografia transversal (TMR). Para tal, 288 espécimes de esmalte bovino polidos (4x4mm) foram divididos de acordo com os valores de SH inicial em 4 tipos de protocolos desmineralizantes: Gel MC (gel de metilcelulose a 8%, ácido lático 0,1 M, pH 4,6, 14 dias); Gel PA (ácido poliacrílico 20g/L, ácido lático 0,1 M com hidroxiapatita a 500 mg/L, pH 4,8, 16h); Solução MHDP (ácido lático 50 mM, cálcio, fosfato e tetraetil metilenodifosfanato, pH 5,0, 6 dias) e Solução Tampão (ácido acético 50 mM, cálcio, fosfato e fluoreto, pH 5,0, 16h). Os espécimes desmineralizados foram tratados com agentes remineralizantes em um modelo in situ cruzado e duplo cego, com a participação de 12 voluntários que utilizaram aparelhos palatinos contendo 2 amostras de cada tipo de lesão de esmalte em cada fase, durante 3 fases experimentais com duração de 3 dias cada. Na fase da saliva humana, os voluntários realizaram o tratamento dos espécimes com dentifrício placebo (sem fluoreto, solução 1:3) ex vivo, 2x1min/dia. Na fase dentifrício fluoretado, o mesmo procedimento foi repetido em relação ao tratamento dos espécimes, porém utilizando o Dentifrício Crest (1.100 ppm F). Na fase verniz fluoretado, os mesmos procedimentos da fase dentifrício fluoretado foram repetidos, porém os espécimes foram tratados com verniz Duraphat (22.600 ppm F, 6h in vitro) anteriormente à fase in situ. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA ou similar não paramétrico e ANOVA a 2 critérios, p<0,05). Os diferentes protocolos desmineralizantes produziram lesões cariosas com perfis diferentes (resultados similares entre SH, CSH e TMR. Grau de desmineralização: Solução MHDP > Gel MC > solução Tampão = Gel PA) sendo nítida a diferença no grau de remineralização entre as diferentes lesões cariosas artificiais (resultados incoerentes entre SH, CSH e TMR). Na análise de SH, o Gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre os 3 protocolos remineralizantes, enquanto o Gel MC e Solução Tampão mostraram diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle. Para a solução MHDP não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos remineralizantes. Em relação à CSH, o padrão de remineralização foi inversamente relacionado ao grau de desmineralização inicial. Na análise da porcentagem de recuperação de CSH, apenas o gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle até os 30 μm de profundidade. Na análise pela TMR (parâmetro ΔΔZ), houve diferença significativa entre as lesões cariosas artificiais em relação à remineralização (Solução Tampão < Solução MHDP = gel PA < Gel MC), com exceção da fase verniz fluoretado. Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos remineralizantes pela TMR, mostrando uma modesta remineralização, independentemente do tratamento. Pode-se concluir que o tipo de lesão cariosa artificial tem influência sobre o grau de remineralização do esmalte e isto deve ser considerado no delineamento experimental. |
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Efeito do tipo de lesão cariosa artificial em esmalte bovino sobre o potencial remineralizante da saliva, do dentifrício e do verniz fluoretado: um estudo in situEffect of type of artificial bovine enamel caries lesion on the remineralizing potential of Saliva, fluoride dentifrice and varnish: an in situ studyCárie dentáriaDemineralizationDental cariesDesmineralizaçãoEsmalte dentárioFluoretoFluorideRemineralizaçãoRemineralizationTooth enamelEste trabalho avaliou o efeito do tipo de lesão cariosa artificial em esmalte produzido por quatros protocolos in vitro em relação ao potencial remineralizante in situ, utilizando como variáveis de resposta a microdureza superficial (SH) e longitudinal (CSH) e a microradiografia transversal (TMR). Para tal, 288 espécimes de esmalte bovino polidos (4x4mm) foram divididos de acordo com os valores de SH inicial em 4 tipos de protocolos desmineralizantes: Gel MC (gel de metilcelulose a 8%, ácido lático 0,1 M, pH 4,6, 14 dias); Gel PA (ácido poliacrílico 20g/L, ácido lático 0,1 M com hidroxiapatita a 500 mg/L, pH 4,8, 16h); Solução MHDP (ácido lático 50 mM, cálcio, fosfato e tetraetil metilenodifosfanato, pH 5,0, 6 dias) e Solução Tampão (ácido acético 50 mM, cálcio, fosfato e fluoreto, pH 5,0, 16h). Os espécimes desmineralizados foram tratados com agentes remineralizantes em um modelo in situ cruzado e duplo cego, com a participação de 12 voluntários que utilizaram aparelhos palatinos contendo 2 amostras de cada tipo de lesão de esmalte em cada fase, durante 3 fases experimentais com duração de 3 dias cada. Na fase da saliva humana, os voluntários realizaram o tratamento dos espécimes com dentifrício placebo (sem fluoreto, solução 1:3) ex vivo, 2x1min/dia. Na fase dentifrício fluoretado, o mesmo procedimento foi repetido em relação ao tratamento dos espécimes, porém utilizando o Dentifrício Crest (1.100 ppm F). Na fase verniz fluoretado, os mesmos procedimentos da fase dentifrício fluoretado foram repetidos, porém os espécimes foram tratados com verniz Duraphat (22.600 ppm F, 6h in vitro) anteriormente à fase in situ. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA ou similar não paramétrico e ANOVA a 2 critérios, p<0,05). Os diferentes protocolos desmineralizantes produziram lesões cariosas com perfis diferentes (resultados similares entre SH, CSH e TMR. Grau de desmineralização: Solução MHDP > Gel MC > solução Tampão = Gel PA) sendo nítida a diferença no grau de remineralização entre as diferentes lesões cariosas artificiais (resultados incoerentes entre SH, CSH e TMR). Na análise de SH, o Gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre os 3 protocolos remineralizantes, enquanto o Gel MC e Solução Tampão mostraram diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle. Para a solução MHDP não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos remineralizantes. Em relação à CSH, o padrão de remineralização foi inversamente relacionado ao grau de desmineralização inicial. Na análise da porcentagem de recuperação de CSH, apenas o gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle até os 30 μm de profundidade. Na análise pela TMR (parâmetro ΔΔZ), houve diferença significativa entre as lesões cariosas artificiais em relação à remineralização (Solução Tampão < Solução MHDP = gel PA < Gel MC), com exceção da fase verniz fluoretado. Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos remineralizantes pela TMR, mostrando uma modesta remineralização, independentemente do tratamento. Pode-se concluir que o tipo de lesão cariosa artificial tem influência sobre o grau de remineralização do esmalte e isto deve ser considerado no delineamento experimental.This study evaluated the effect of type of artificial enamel carious lesion produced by four in vitro protocols in respect to the remineralizing potential in situ, using as response variables: surface microhardness (SH), cross-sectional microhardness (CSH) and transverse microradiography (TMR). Thus, 288 polished enamel specimens (4x4mm) were divided according to the baseline SH values in 4 demineralizing protocols: MC gel (8% methylcellulose gel, 0.1 M lactic acid, pH 4.6, 14 days); PA gel (20g/L polyacrylic acid, 0.1 M lactic acid with 500 mg/L hydroxyapatite, pH 4.8, 16h); MHDP solution (50 mM lactic acid, calcium, phosphate and tetraethyl methylene diphosphanate, pH 5.0, 6 days) and Buffer Solution (50 mM acetic acid, calcium, phosphate and fluoride, pH 5.0, 16h). The demineralized specimens were treated with the remineralizing agents in an in situ model, with crossover and double-blind design. Twelve volunteers wore intra-oral appliances containing two specimens of each type of enamel lesion in each phase, during 3 experimental phases with duration of 3 days each. In the phase \"human saliva\", the volunteers performed the treatment of specimens with placebo toothpaste (no fluoride, solution 1:3) ex vivo, 2x1min/day. In phase \"fluoride toothpaste\", the same procedure was repeated, but using the toothpaste Crest (1100 ppm F). In the phase \"fluoride varnish\", the same procedures of the phase \"fluoride toothpaste\" were repeated, but the specimens were treated with Duraphat varnish (22600 ppm F, 6h in vitro) prior to the in situ phase. The data were submitted to statistical analysis (ANOVA or similar nonparametric test and 2-way ANOVA, p<0.05). The different demineralizing protocols produced artificial carious lesions with different profiles (similar results among SH, CSH and TMR. Degree of demineralization: MHDP solution> MC Gel > Buffer solution = PA Gel). There was a clear difference in the degree of remineralization between the different artificial carious lesions (contradictories results among SH, CSH and TMR). In SH analysis, PA Gel was able to show significant differences among the 3 remineralizing protocols, while MC Gel and Buffer Solution showed significant differences between the fluoride phases and control. MHDP solution did not show any significant difference among the remineralizing treatments. In respect to the CSH, remineralization was inversely related to the degree of initial demineralization. In the analysis of the percentage of CSH recovery, only PA gel was able to show significant differences between the fluoride and control phases up to 30 μm depth. For TMR (ΔΔZ parameter), there was significant difference between the artificial carious lesions in respect to the remineralization (buffer solution < MHDP Solution = PA gel < MC Gel), except during fluoride varnish phase. No significant differences were found among the remineralizing treatments by TMR, showing a modest remineralization, regardless of the treatment. It can be concluded that the type of artificial carious lesion has influence on the degree of enamel remineralization and this should be considered in experimental design.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMagalhães, Ana CarolinaSalomão, Priscila Maria Aranda2013-08-28info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/25/25149/tde-22112013-110525/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-08-16T19:43:03Zoai:teses.usp.br:tde-22112013-110525Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-08-16T19:43:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Este trabalho avaliou o efeito do tipo de lesão cariosa artificial em esmalte produzido por quatros protocolos in vitro em relação ao potencial remineralizante in situ, utilizando como variáveis de resposta a microdureza superficial (SH) e longitudinal (CSH) e a microradiografia transversal (TMR). Para tal, 288 espécimes de esmalte bovino polidos (4x4mm) foram divididos de acordo com os valores de SH inicial em 4 tipos de protocolos desmineralizantes: Gel MC (gel de metilcelulose a 8%, ácido lático 0,1 M, pH 4,6, 14 dias); Gel PA (ácido poliacrílico 20g/L, ácido lático 0,1 M com hidroxiapatita a 500 mg/L, pH 4,8, 16h); Solução MHDP (ácido lático 50 mM, cálcio, fosfato e tetraetil metilenodifosfanato, pH 5,0, 6 dias) e Solução Tampão (ácido acético 50 mM, cálcio, fosfato e fluoreto, pH 5,0, 16h). Os espécimes desmineralizados foram tratados com agentes remineralizantes em um modelo in situ cruzado e duplo cego, com a participação de 12 voluntários que utilizaram aparelhos palatinos contendo 2 amostras de cada tipo de lesão de esmalte em cada fase, durante 3 fases experimentais com duração de 3 dias cada. Na fase da saliva humana, os voluntários realizaram o tratamento dos espécimes com dentifrício placebo (sem fluoreto, solução 1:3) ex vivo, 2x1min/dia. Na fase dentifrício fluoretado, o mesmo procedimento foi repetido em relação ao tratamento dos espécimes, porém utilizando o Dentifrício Crest (1.100 ppm F). Na fase verniz fluoretado, os mesmos procedimentos da fase dentifrício fluoretado foram repetidos, porém os espécimes foram tratados com verniz Duraphat (22.600 ppm F, 6h in vitro) anteriormente à fase in situ. Os dados foram submetidos à análise estatística (ANOVA ou similar não paramétrico e ANOVA a 2 critérios, p<0,05). Os diferentes protocolos desmineralizantes produziram lesões cariosas com perfis diferentes (resultados similares entre SH, CSH e TMR. Grau de desmineralização: Solução MHDP > Gel MC > solução Tampão = Gel PA) sendo nítida a diferença no grau de remineralização entre as diferentes lesões cariosas artificiais (resultados incoerentes entre SH, CSH e TMR). Na análise de SH, o Gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre os 3 protocolos remineralizantes, enquanto o Gel MC e Solução Tampão mostraram diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle. Para a solução MHDP não foi encontrada diferença significativa entre os tratamentos remineralizantes. Em relação à CSH, o padrão de remineralização foi inversamente relacionado ao grau de desmineralização inicial. Na análise da porcentagem de recuperação de CSH, apenas o gel PA foi capaz de mostrar diferenças significativas entre as fases com fluoreto e controle até os 30 μm de profundidade. Na análise pela TMR (parâmetro ΔΔZ), houve diferença significativa entre as lesões cariosas artificiais em relação à remineralização (Solução Tampão < Solução MHDP = gel PA < Gel MC), com exceção da fase verniz fluoretado. Não foram encontradas diferenças significativas entre os tratamentos remineralizantes pela TMR, mostrando uma modesta remineralização, independentemente do tratamento. Pode-se concluir que o tipo de lesão cariosa artificial tem influência sobre o grau de remineralização do esmalte e isto deve ser considerado no delineamento experimental. |
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