Uns epigramas, certas mulheres: a misoginia nos \"Epigrammata\" de Marcial (40 d.C - 104 d.C)
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2007 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-10012008-112116/ |
Resumo: | O presente trabalho tem por objetivos: em primeiro lugar, arrolar, traduzir e analisar epigramas de Marcial em que a mulher é objeto de invectiva; em segundo lugar, visa a rastrear, na tradição anterior ao poeta, o tema da misoginia, desde Hesíodo, no célebre episódio de Pandora (Teogonia, vv. 570- 612), passando pelos poetas iâmbicos arcaicos (Arquíloco, Hipônax e Semônides), até o uso que poetas latinos, como Catulo, Horácio e Juvenal, fizeram do tema, entendido agora como tópos. Em terceiro lugar, o presente trabalho pretende observar de que maneira o epigrama, ou melhor, sua possibilidade invectiva, se apropriou da misoginia, adequando-a às características principais do gênero, a saber, brevidade e agudeza, e, finalmente, tentar demonstrar que o vitupério a mulheres em Marcial é regulado e percebido mediante práticas retóricas (como os progymnásmata) e alguns trópoi (como a écfrase), que à época do poeta participavam da formação educacional do cidadão. Nesse sentido, pretendemos estudar particularmente as relações que a invectiva mantém, nos epigramas de Marcial, com a construção de imagens viciosas de mulher e suas relações com o gênero epidítico. |
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Uns epigramas, certas mulheres: a misoginia nos \"Epigrammata\" de Marcial (40 d.C - 104 d.C)Some epigrams, some women: the misogyny in the \"Epigrammata\" of Martial (40 d.C - 104 d.C)Epigrama latinoInvectivaInvectiveLatin epigramMarcialMartialMisoginiaMisogynyRetóricaRhetoricTraduçãoTranslationO presente trabalho tem por objetivos: em primeiro lugar, arrolar, traduzir e analisar epigramas de Marcial em que a mulher é objeto de invectiva; em segundo lugar, visa a rastrear, na tradição anterior ao poeta, o tema da misoginia, desde Hesíodo, no célebre episódio de Pandora (Teogonia, vv. 570- 612), passando pelos poetas iâmbicos arcaicos (Arquíloco, Hipônax e Semônides), até o uso que poetas latinos, como Catulo, Horácio e Juvenal, fizeram do tema, entendido agora como tópos. Em terceiro lugar, o presente trabalho pretende observar de que maneira o epigrama, ou melhor, sua possibilidade invectiva, se apropriou da misoginia, adequando-a às características principais do gênero, a saber, brevidade e agudeza, e, finalmente, tentar demonstrar que o vitupério a mulheres em Marcial é regulado e percebido mediante práticas retóricas (como os progymnásmata) e alguns trópoi (como a écfrase), que à época do poeta participavam da formação educacional do cidadão. Nesse sentido, pretendemos estudar particularmente as relações que a invectiva mantém, nos epigramas de Marcial, com a construção de imagens viciosas de mulher e suas relações com o gênero epidítico.The aims of the present work are first, to list, translate and analyse Martial\'s epigrams in which women are the object of invective; second, to try to investigate, in the former tradition, the theme of misogyny, both in Greece (from Hesiod, in the celebrated episode of Pandora (Teogony, vv. 570-612), to the archaic iambic poets, Archilochus, Hipponax and Semonides), and in Rome (how misogyny, as a tópos, is treatead by Catullus, Horace and Juvenal). In the third place, the present research intends to study in what manner epigram, or more precisely, its vituperative possibility, appropriated the theme of misogyny, adapting it to the main characteristics of the genre, such as conciseness and acuteness. Finally, we attempt to demonstrate that the vituperation against women, in Martial, is regulated and perceived through various rhetorical practices (such as the progymnásmata) and trópoi (such as ekphrasis) that at the poet\'s time were an important part of the citizen\'s education. Therein, we intend to study, in particular, the analogies that the invective maintain, in Martial\'s epigrams, non only with the construction of images in which women are corrupted, but also with the relationship between these images and the epidictic genre.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPOliva Neto, João AngeloAgnolon, Alexandre2007-10-16info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8143/tde-10012008-112116/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:55Zoai:teses.usp.br:tde-10012008-112116Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:55Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho tem por objetivos: em primeiro lugar, arrolar, traduzir e analisar epigramas de Marcial em que a mulher é objeto de invectiva; em segundo lugar, visa a rastrear, na tradição anterior ao poeta, o tema da misoginia, desde Hesíodo, no célebre episódio de Pandora (Teogonia, vv. 570- 612), passando pelos poetas iâmbicos arcaicos (Arquíloco, Hipônax e Semônides), até o uso que poetas latinos, como Catulo, Horácio e Juvenal, fizeram do tema, entendido agora como tópos. Em terceiro lugar, o presente trabalho pretende observar de que maneira o epigrama, ou melhor, sua possibilidade invectiva, se apropriou da misoginia, adequando-a às características principais do gênero, a saber, brevidade e agudeza, e, finalmente, tentar demonstrar que o vitupério a mulheres em Marcial é regulado e percebido mediante práticas retóricas (como os progymnásmata) e alguns trópoi (como a écfrase), que à época do poeta participavam da formação educacional do cidadão. Nesse sentido, pretendemos estudar particularmente as relações que a invectiva mantém, nos epigramas de Marcial, com a construção de imagens viciosas de mulher e suas relações com o gênero epidítico. |
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