Intervenção psicológica por meio da terapia cognitivo-comportamental em mulheres com endometriose e dor pélvica crônica.

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Donatti, Lilian
Data de Publicação: 2023
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08042024-153505/
Resumo: Introdução: A Endometriose é uma doença inflamatória crônica caracterizada pela presença de tecido semelhante ao endométrio fora do útero e acomete aproximadamente 10 a 15% da população feminina durante o período em que menstruam. É uma doença que pode trazer uma série de intercorrências na vida da paciente como dores crônicas, dificuldade na relação sexual e infertilidade, além de alterações emocionais como depressão, ansiedade e estresse, ocasionando considerável queda na qualidade de vida. Diversos artigos sugerem que a endometriose afeta o campo emocional, porém também apontaram que mais estudos precisam ser feitos para encontrar um caminho eficaz de intervenção. Os atuais estudos nos apontam que no campo do tratamento psicológico da endometriose ainda não existe um consenso e estudos suficientes para a validação das técnicas utilizadas. Poucos são os estudos que mostram protocolos de aplicação, sendo assim ainda não há a possibilidade de replicação e comparação entre técnicas e abordagens psicológicas. Objetivo: Esse estudo visa verificar a eficácia da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) na melhora das estratégias de coping, depressão, estresse, percepção de dor e qualidade de vida das mulheres com endometriose. Diante de possíveis resultados positivos, apresentar de modo precursor, um protocolo de atendimento psicológico individual para as mulheres com endometriose baseado nas técnicas da terapia cognitivo-comportamental passível de replicação por outros psicólogos especialistas em TCC. Método: Estudo prospectivo com 52 pacientes divididas em grupo intervenção (n=25) e controle (n=27), ambos formados por mulheres entre 18 e 45 anos, diagnosticadas com endometriose, em tratamento no setor de endometriose da Divisão da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados entre 2019 e 2023. As 52 pacientes preencheram os instrumentos Cope Breve, Depressão de Beck, ISSL, EVA e SF-36 em dois momentos: início e ao final dos 4 meses. As pacientes do grupo controle foram acompanhadas na parte médica clínica em tratamento convencional. As pacientes do grupo intervenção passaram por 16 sessões individuais semanais de 50 minutos de duração onde foram utilizadas as estratégias e técnicas da terapia cognitivo-comportamental. Os dados foram descritos através de frequências absolutas e percentuais, um modelo de regressão logística multinomial ordinal com efeito aleatório foi utilizado para comparar grupos e tempos quanto às variáveis categóricas ordinais, para as variáveis binárias foi utilizado um modelo de regressão logístico com efeitos aleatórios e para os escores do SF36 foi proposto o modelo de regressão linear com efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos). Para uma maior precisão, ao final as comparações entre grupos ainda foram avaliadas quanto aos deltas das variáveis. Resultados: Ao término do programa de intervenção (4 meses), foi possível observar significativa mudança positiva em todas as variáveis estudas no grupo intervenção quando comparado com o grupo controle. Quanto aos estilo de coping, o grupo intervenção apresentou cerca de 16 vezes maior chance de usar uma melhor estratégia de coping assertiva(p<0,01); na depressão, estimou-se que a chance de atingir o nível mínimo/leve de depressão foi 13 vezes a mais após a finalização da intervenção em Terapia-cognitivo comportamental (p<0,01); Ao final do programa, 60% das pacientes que vivenciaram a intervenção psicológica com TCC passaram a ser classificadas sem stress, enquanto 92,59% do grupo controle, ao final dos 4 meses, apresentou stress em algum tempo mensurado; No grupo intervenção, a chance de atingir o nível sem dor pélvica crônica foi 14 vezes a mais após a finalização da intervenção em comparação ao controle (p<0,01). Quanto a qualidade de vida, houve considerável melhora nos escores aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Conclusão: O atual estudo propôs um protocolo de tratamento psicológico que trabalha a adequação da forma de enfrentamento utilizando técnicas da Terapia Cognitivo-comportamental. Diante do desenvolvimento do enfrentamento adaptativo, houve melhora nos escores de depressão, stress, qualidade de vida, percepção de dor e sofrimento emocional, podendo inferir que a Terapia Cognitivo-comportamental é benéfica na melhora do quadro emocional geral da mulher com endometriose
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Diversos artigos sugerem que a endometriose afeta o campo emocional, porém também apontaram que mais estudos precisam ser feitos para encontrar um caminho eficaz de intervenção. Os atuais estudos nos apontam que no campo do tratamento psicológico da endometriose ainda não existe um consenso e estudos suficientes para a validação das técnicas utilizadas. Poucos são os estudos que mostram protocolos de aplicação, sendo assim ainda não há a possibilidade de replicação e comparação entre técnicas e abordagens psicológicas. Objetivo: Esse estudo visa verificar a eficácia da Terapia Cognitivo-comportamental (TCC) na melhora das estratégias de coping, depressão, estresse, percepção de dor e qualidade de vida das mulheres com endometriose. Diante de possíveis resultados positivos, apresentar de modo precursor, um protocolo de atendimento psicológico individual para as mulheres com endometriose baseado nas técnicas da terapia cognitivo-comportamental passível de replicação por outros psicólogos especialistas em TCC. Método: Estudo prospectivo com 52 pacientes divididas em grupo intervenção (n=25) e controle (n=27), ambos formados por mulheres entre 18 e 45 anos, diagnosticadas com endometriose, em tratamento no setor de endometriose da Divisão da Clínica Ginecológica do Hospital das Clínicas de São Paulo da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo. Os dados foram coletados entre 2019 e 2023. As 52 pacientes preencheram os instrumentos Cope Breve, Depressão de Beck, ISSL, EVA e SF-36 em dois momentos: início e ao final dos 4 meses. As pacientes do grupo controle foram acompanhadas na parte médica clínica em tratamento convencional. As pacientes do grupo intervenção passaram por 16 sessões individuais semanais de 50 minutos de duração onde foram utilizadas as estratégias e técnicas da terapia cognitivo-comportamental. Os dados foram descritos através de frequências absolutas e percentuais, um modelo de regressão logística multinomial ordinal com efeito aleatório foi utilizado para comparar grupos e tempos quanto às variáveis categóricas ordinais, para as variáveis binárias foi utilizado um modelo de regressão logístico com efeitos aleatórios e para os escores do SF36 foi proposto o modelo de regressão linear com efeitos mistos (efeitos aleatórios e fixos). Para uma maior precisão, ao final as comparações entre grupos ainda foram avaliadas quanto aos deltas das variáveis. Resultados: Ao término do programa de intervenção (4 meses), foi possível observar significativa mudança positiva em todas as variáveis estudas no grupo intervenção quando comparado com o grupo controle. Quanto aos estilo de coping, o grupo intervenção apresentou cerca de 16 vezes maior chance de usar uma melhor estratégia de coping assertiva(p<0,01); na depressão, estimou-se que a chance de atingir o nível mínimo/leve de depressão foi 13 vezes a mais após a finalização da intervenção em Terapia-cognitivo comportamental (p<0,01); Ao final do programa, 60% das pacientes que vivenciaram a intervenção psicológica com TCC passaram a ser classificadas sem stress, enquanto 92,59% do grupo controle, ao final dos 4 meses, apresentou stress em algum tempo mensurado; No grupo intervenção, a chance de atingir o nível sem dor pélvica crônica foi 14 vezes a mais após a finalização da intervenção em comparação ao controle (p<0,01). Quanto a qualidade de vida, houve considerável melhora nos escores aspectos físicos, dor, estado geral da saúde, vitalidade, aspectos sociais, aspectos emocionais e saúde mental. Conclusão: O atual estudo propôs um protocolo de tratamento psicológico que trabalha a adequação da forma de enfrentamento utilizando técnicas da Terapia Cognitivo-comportamental. Diante do desenvolvimento do enfrentamento adaptativo, houve melhora nos escores de depressão, stress, qualidade de vida, percepção de dor e sofrimento emocional, podendo inferir que a Terapia Cognitivo-comportamental é benéfica na melhora do quadro emocional geral da mulher com endometrioseIntroduction: Endometriosis is a chronic inflammatory disease characterized by the presence of tissue similar to the endometrium outside the uterus and affects approximately 10 to 15% of the female population during the period in which they menstruate. It is a disease that can bring a series of intercurrences in the patient\'s life, such as chronic pain, difficulty in sexual intercourse and infertility, in addition to emotional changes such as depression, anxiety and stress, causing a considerable drop in quality of life. Several articles suggest that endometriosis affects the emotional field, but also point out that more studies need to be done to find an effective path of intervention. Current studies indicate that in the field of psychological treatment of endometriosis there is still no consensus and sufficient studies to validate the techniques used. There are few studies that show application protocols, so there is still no possibility of replicating and comparing psychological techniques and approaches. Objective: This study aims to verify the effectiveness of Cognitive-Behavioral Therapy (CBT) in improving coping strategies, depression, stress, pain perception and quality of life of women with endometriosis. Faced with possible positive results, present, in a precursory way, an individual psychological care protocol for women with endometriosis based on cognitive-behavioral therapy techniques that can be replicated by other psychologists specializing in CBT. Method: Prospective study with 52 patients divided into intervention (n=25) and control (n=27) groups, both formed by women between 18 and 45 years old, diagnosed with endometriosis, undergoing treatment in the endometriosis sector of the Division of the Gynecological Clinic of the Hospital das Clínicas de São Paulo, Faculty of Medicine, University of São Paulo. Data were collected between 2019 and 2023. The 52 patients completed the Cope Breve, Beck Depression, ISSL, VAS and SF-36 instruments at two moments: beginning and at the end of the 4 months. The patients in the control group were followed up in the medical clinic under conventional treatment. The patients in the intervention group underwent 16 individual weekly sessions of 50 minutes each, where cognitive-behavioral therapy strategies and techniques were used. Data were described using absolute and percentage frequencies, an ordinal multinomial logistic regression model with random effect was used to compare groups and times regarding ordinal categorical variables, a logistic regression model with random effects was used for binary variables, and for the SF36 scores a linear regression model with mixed effects was proposed (random and fixed effects). For greater precision, at the end the comparisons between groups were still evaluated regarding the deltas of the variables. Results: At the end of the intervention program (4 months), it was possible to observe a significant positive change in all variables studied in the intervention group when compared to the control group. As for coping styles, the intervention group was about 16 times more likely to use a better assertive coping strategy (p<0.01); in depression, it was estimated that the chance of reaching the minimum/mild level of depression was 13 times more after the completion of the Cognitive-Behavioral Therapy intervention (p<0.01); At the end of the program, 60% of the patients who underwent the psychological intervention with CBT were classified without stress, while 92.59% of the control group, at the end of the 4 months, presented stress at some measured time; In the intervention group, the chance of reaching the level without chronic pelvic pain was 14 times more after the end of the intervention compared to the control (p<0.01). As for quality of life, there was a considerable improvement in scores for physical aspects, pain, general health, vitality, social aspects, emotional aspects and mental health. Conclusion: The current study proposed a psychological treatment protocol that works on adapting the way of coping using Cognitive-Behavioral Therapy techniques. In view of the development of adaptive coping, there was an improvement in the scores of depression, stress, quality of life, perception of pain and emotional suffering, which may infer that Cognitive-Behavioral Therapy is beneficial in improving the general emotional condition of women with endometriosisBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPPodgaec, SérgioDonatti, Lilian2023-12-05info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5139/tde-08042024-153505/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2024-04-23T16:47:03Zoai:teses.usp.br:tde-08042024-153505Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212024-04-23T16:47:03Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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