Efeitos da abertura comercial e das mudanças estruturais sobre o emprego na economia brasileira: uma análise para a década de 1990

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Hilgemberg, Cleise Maria de Almeida Tupich
Data de Publicação: 2003
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-08112007-092743/
Resumo: Este trabalho tem como objetivo geral investigar, sob a ótica de um modelo insumo-produto, os impactos no mercado setorial de trabalho no Brasil na década de 1990, evidenciando as transformações ocorridas no lado da oferta de postos de trabalho. Primeiramente, são analisados os efeitos do plano de estabilização do nível de preços e do processo de abertura econômica nos setores produtivos. Os resultados obtidos indicaram que o processo de abertura provocou efeitos positivos e negativos na estrutura produtiva. Setores como Agropecuária modernizaram seu processo de produção e aumentaram sua produtividade, diminuindo, porém, sua capacidade de geração de postos de trabalho. O setor Indústria apresentou-se dependente de insumos importados e também diminuiu sua capacidade de gerar empregos, entretanto o setor Serviços consolidou-se como grande gerador ou absorvedor de mão-de-obra neste período. Em geral, os multiplicadores de produção demonstraram que todos os setores passaram a ser mais dependentes de insumos importados. Neste período, a economia brasileira foi muito mais exportadora de produtos intensivos em trabalho e grande importadora de produtos intensivos em capital, implicando em mudanças na estrutura da oferta de postos de trabalho. Em geral, os multiplicadores de emprego mostraram uma queda na capacidade de geração de novos postos de trabalho (empregos diretos, indiretos e induzidos) em toda a economia. Em seguida, analisou-se a estrutura da oferta de postos de trabalho no Brasil na década de 1990. A análise do perfil da mão-de-obra ocupada mostrou que somente algo em torno de ⅓ dos postos de trabalho foram ocupados pela mão-de-obra feminina, a qual estava concentrada no setor Serviços. Para o conjunto da economia, a idade do trabalhador ocupado concentrou-se na faixa dos 20 a 39 anos, tendo diminuído a participação da mão-de-obra jovem e aumentado, ainda que timidamente, a ocupação de trabalhadores com idade superior a 50 anos. O setor Agropecuária foi o que mais empregou mão-de-obra na faixa dos 10 a 14 anos. Em contrapartida, no setor Extração de petróleo, gás natural, carvão e outros combustíveis, os postos de trabalho ocupados nesta categoria são desprezíveis. Este setor é o que ocupa com mais intensidade a mão-de-obra madura (acima dos 40 anos). A maioria da mão-deobra ocupada na década começou a trabalhar com 10 a 14 anos, porém os trabalhadores que estão ingressando atualmente no primeiro emprego, o fazem mais tarde. A análise da situação na ocupação dos trabalhadores mostrou que, notadamente a partir da segunda metade da década, houve um crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, indicando uma possível piora nas relações de trabalho. Constatou-se ainda uma redução abrupta no número de pessoas trabalhando por conta própria e um aumento no número de postos de trabalho na administração pública. Não obstante, os trabalhadores ocupados no setor Extração de petróleo, gás natural, carvão e outros combustíveis e no setor Serviços industriais de utilidade pública eram, em sua grande maioria, contratados com carteira de trabalho assinada. O tempo de serviço da mão-de-obra ocupada na década de 1990 parece também indicar a precarização das relações de trabalho. Ao longo da década, algo em torno de 40% das pessoas estavam no atual emprego entre menos de 1 ano a 2 anos. A rotatividade é maior no setor Construção civil, onde, em média, 53% dos trabalhadores estavam no atual emprego a menos de 2 anos. Na década de 1990, o número de horas de trabalho semanais era maior que 45 horas para cerca de 40% da mão-de-obra ocupada, embora mais de 20%, em média, dos trabalhadores ocupados trabalhava em tempo parcial. No setor Serviços esta jornada de trabalho era mais comum. Em que pese ter-se observado, a partir da segunda metade da década de 1990, um ligeiro crescimento para a escolaridade da mão-de-obra ocupada entre 8 a 14 anos, a maioria dos trabalhadores ocupados durante todo período analisado possui de 4 a 7 anos de estudo. Não obstante, a construção de um índice de qualificação relativa permitiu verificar a intensidade do emprego de trabalhadores nos vários níveis de qualificação. Os resultados também mostraram que, na década de 1990, o consumo intermediário foi responsável, em média, por mais da metade da oferta de postos de trabalho. Dos trinta e um setores analisados, dezoito dependem mais fortemente do consumo intermediário. A demanda final foi significativa em onze setores e apenas em um [Extrativa mineral (exceto combustíveis)] a exportação teve a maior participação na oferta de postos de trabalho.
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Setores como Agropecuária modernizaram seu processo de produção e aumentaram sua produtividade, diminuindo, porém, sua capacidade de geração de postos de trabalho. O setor Indústria apresentou-se dependente de insumos importados e também diminuiu sua capacidade de gerar empregos, entretanto o setor Serviços consolidou-se como grande gerador ou absorvedor de mão-de-obra neste período. Em geral, os multiplicadores de produção demonstraram que todos os setores passaram a ser mais dependentes de insumos importados. Neste período, a economia brasileira foi muito mais exportadora de produtos intensivos em trabalho e grande importadora de produtos intensivos em capital, implicando em mudanças na estrutura da oferta de postos de trabalho. Em geral, os multiplicadores de emprego mostraram uma queda na capacidade de geração de novos postos de trabalho (empregos diretos, indiretos e induzidos) em toda a economia. Em seguida, analisou-se a estrutura da oferta de postos de trabalho no Brasil na década de 1990. A análise do perfil da mão-de-obra ocupada mostrou que somente algo em torno de ⅓ dos postos de trabalho foram ocupados pela mão-de-obra feminina, a qual estava concentrada no setor Serviços. Para o conjunto da economia, a idade do trabalhador ocupado concentrou-se na faixa dos 20 a 39 anos, tendo diminuído a participação da mão-de-obra jovem e aumentado, ainda que timidamente, a ocupação de trabalhadores com idade superior a 50 anos. O setor Agropecuária foi o que mais empregou mão-de-obra na faixa dos 10 a 14 anos. Em contrapartida, no setor Extração de petróleo, gás natural, carvão e outros combustíveis, os postos de trabalho ocupados nesta categoria são desprezíveis. Este setor é o que ocupa com mais intensidade a mão-de-obra madura (acima dos 40 anos). A maioria da mão-deobra ocupada na década começou a trabalhar com 10 a 14 anos, porém os trabalhadores que estão ingressando atualmente no primeiro emprego, o fazem mais tarde. A análise da situação na ocupação dos trabalhadores mostrou que, notadamente a partir da segunda metade da década, houve um crescimento do número de trabalhadores sem carteira assinada, indicando uma possível piora nas relações de trabalho. Constatou-se ainda uma redução abrupta no número de pessoas trabalhando por conta própria e um aumento no número de postos de trabalho na administração pública. Não obstante, os trabalhadores ocupados no setor Extração de petróleo, gás natural, carvão e outros combustíveis e no setor Serviços industriais de utilidade pública eram, em sua grande maioria, contratados com carteira de trabalho assinada. O tempo de serviço da mão-de-obra ocupada na década de 1990 parece também indicar a precarização das relações de trabalho. Ao longo da década, algo em torno de 40% das pessoas estavam no atual emprego entre menos de 1 ano a 2 anos. A rotatividade é maior no setor Construção civil, onde, em média, 53% dos trabalhadores estavam no atual emprego a menos de 2 anos. Na década de 1990, o número de horas de trabalho semanais era maior que 45 horas para cerca de 40% da mão-de-obra ocupada, embora mais de 20%, em média, dos trabalhadores ocupados trabalhava em tempo parcial. No setor Serviços esta jornada de trabalho era mais comum. Em que pese ter-se observado, a partir da segunda metade da década de 1990, um ligeiro crescimento para a escolaridade da mão-de-obra ocupada entre 8 a 14 anos, a maioria dos trabalhadores ocupados durante todo período analisado possui de 4 a 7 anos de estudo. Não obstante, a construção de um índice de qualificação relativa permitiu verificar a intensidade do emprego de trabalhadores nos vários níveis de qualificação. Os resultados também mostraram que, na década de 1990, o consumo intermediário foi responsável, em média, por mais da metade da oferta de postos de trabalho. Dos trinta e um setores analisados, dezoito dependem mais fortemente do consumo intermediário. A demanda final foi significativa em onze setores e apenas em um [Extrativa mineral (exceto combustíveis)] a exportação teve a maior participação na oferta de postos de trabalho.This work has as general objective to investigate, through an input-output model, the impacts in the sectorial labor market in Brazil in the decade of 1990, evidencing the transformations happened on the side of the supply of work positions. Firstly, the effects of the price level stabilization plan and of the process of economical opening on the productive sectors are analyzed. The results indicated that the opening process has caused positive and negative effects in the productive structure. Sectors as the agricultural modernized its production process and increased his productivity, decreasing, however, its capacity of work positions generation. The Industry sector came dependent of imported inputs and it also reduced its capacity to generate jobs, however the Services sector consolidated as great generator and/or absorbing of labor in this period. In general, the production multipliers demonstrated that all of the sectors became more dependents of imported inputs. In this period, the Brazilian economy was very more a work intensive products exporter and a great capital-intensive products importing, leading to changes in the structure of the work positions supply. In general, the employment multipliers showed a decrease in the ability to generate new work positions (direct, indirect and induced) in all the economy. Afterwards, the structure of the Brazilian work positions supply in the last nineties was analyzed. The occupied worker profile analysis showed that only about ⅓ of the work positions was filled for women, which was concentrated in the Services sector. For all the economy, the occupied worker\'s age concentrated on the 20 - 39 range. The participation of the young labor was reduced and the occupation of workers with 50 years old or more has a little increase. The agricultural sector used the major proportion of 10 to 14 years old workers. Otherwise, in the Petroleum and gas mining sector, the use of this category of workers is despicable. This sector is the major user of the mature labor force (above the 40 years). In the decade, most of the occupied workers began to work with 10 to 14 years, however the workers that are entering now in their first job, are doing it later. The analysis of the situation in the occupation showed that, especially starting from the second half of the decade, there was a growth of the number of workers in the informal sector, indicating a possible worsening in the work relationships. It was still verified an abrupt reduction in the number of people working independently and an increase in the number of work positions in the Public administration. In spite of, the occupied workers in the Petroleum and gas mining sector and in the Public utilities sector have a formal work relationship. The time in the current job seems also to indicate some worsening of the work relationship. Along the decade, something around 40% of the people was in the current job among less than 1 year to 2 years. The rotation is larger in the Construction sector, where, on average, 53% of the workers were less than 2 years in the current job. In the decade of 1990, the number of weekly working hours was larger than 45 hours for about 40% of the occupied workers, although more than 20%, on average, was working in partial time. In the Services sector the partial timework was more common. Starting from the second half of the decade of 1990, a quick growth in the category of occupied labor between 8 to 14 education years was observed. However, most of the occupied workers during analyzed period have from 4 to 7 years of study. In this sense, the construction of an index of relative qualification allowed to verify the intensity of the work occupation in the several qualification levels. The results also showed that, in the decade of 1990, the intermediate consumption was responsible, on average, for more of the half of the work positions supply. Of the 31 analyzed sectors, eighteen depend more strongly on the intermediate consumption. The final demand was significant in eleven sections and just in a sector (Metal mining) the export had the largest participation in the work positions supply.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGuilhoto, Joaquim Jose MartinsHilgemberg, Cleise Maria de Almeida Tupich2003-04-07info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11132/tde-08112007-092743/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:09:54Zoai:teses.usp.br:tde-08112007-092743Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:09:54Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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