Análise do equilíbrio, da preocupação em cair, da cinesiofobia e dos efeitos incapacitantes gerados pela tontura em pacientes com migrânea e grupo controle após um ano
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2022 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-03012023-104204/ |
Resumo: | A migrânea está entre as doenças neurológicas mais incapacitantes do mundo, sendo frequentemente associada às alterações musculoesqueléticas, vestibulares e de equilíbrio. Apesar das evidências de alta incidência de quedas e da hipótese de que os sistemas responsáveis pela manutenção do controle postural se deterioram em pacientes com migrânea, ainda não está estabelecido se a progressão acontece e se é influenciada pela presença de aura ou pela frequência de crises. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a progressão dos déficits de equilíbrio por meio do Equitest-Neurocom® (equipamento de posturografia computadorizada dinâmica), da incapacidade da tontura, da preocupação em cair e da cinesiofobia, em pacientes com migrânea sem aura, migrânea com aura e migrânea crônica após um ano. Foram avaliadas 105 mulheres com idade entre 18 e 55 anos, sendo 26 voluntárias do grupo controle (31,9±9.9 anos), 27 do grupo migrânea sem aura (31,7±8,2 anos), 25 do grupo migrânea com aura (32,6±8,8 anos) e 27 do grupo migrânea crônica (33,7±9,5 anos). Neste estudo longitudinal, as participantes repetiram após um ano o Teste de Organização Sensorial (TOS), o Teste de Controle Motor (TCM) e o Teste de Adaptação (TA) no equipamento Equitest-Neurocom®, e responderam aos questionários Dizziness Handicap Inventory (DHI), Falls Efficacy Scale International (FES-I), e Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK). Para as variáveis índice de massa corporal (IMC), frequência de dias da migrânea, intensidade de dor da migrânea, número de quedas no último ano, Dizziness Handicap Inventory (DHI), Falls Efficacy Scale (FES-I) e Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK), a comparação entre a avaliação 1 e 2 foi realizada em cada grupo por meio do teste de variância ANOVA com medidas repetidas, sendo o tempo a variável de repetição. A análise pos-hoc foi realizada com o teste de Bonferroni. Para comparar proporções de indivíduos com sintomas vestibulares ictais, sintomas vestibulares interictais e uso de medicação profilática na avaliação 1 e 2, utilizou-se o Teste Qui-quadrado ou Teste Exato de Fisher. Para as variáveis de equilíbrio resultantes do Teste de Organização Sensorial (TOS), Teste de controle Motor (TCM) e Teste de Adaptação (TA), foram realizadas análises multivariadas com medidas repetidas em cada grupo, com o tempo como fator de repetição. A análise pos-hoc foi realizada com o teste de Bonferroni, ajustado para comparações múltiplas. As análises foram realizadas considerando apenas os indivíduos que participaram das duas avaliações. Para todas as comparações adotou-se um nível de significância de 5%. Os resultados revelaram de forma geral que após um ano os grupos de migrânea apresentaram melhora nos escores dos questionários que avaliam a autopercepção dos efeitos incapacitantes da tontura, a preocupação em cair e a cinesiofobia (p<0,05) enquanto o grupo controle não apresentou diferença estatística (p>0,05). Em relação ao equilíbrio os valores do TCM e do TA não apresentaram diferenças. significativas entre as avaliações para todas as condições em todos os grupos (p>0,05). Portanto, todos os grupos migranosos não sofreram deterioração no controle postural após um ano. Além disso, também não foi observada piora na incapacidade da tontura, na preocupação em cair e na cinesiofobia em todos os grupos avaliados. |
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Análise do equilíbrio, da preocupação em cair, da cinesiofobia e dos efeitos incapacitantes gerados pela tontura em pacientes com migrânea e grupo controle após um anoBalance analysis, of worry about falling, of kinesiophobia, of the disabling effects generated by dizziness in migraine patients and control group after one yearBalanceDynamic computerized posturographyEquilíbrioMigraineMigrâneaPosturografia computadorizada dinâmicaA migrânea está entre as doenças neurológicas mais incapacitantes do mundo, sendo frequentemente associada às alterações musculoesqueléticas, vestibulares e de equilíbrio. Apesar das evidências de alta incidência de quedas e da hipótese de que os sistemas responsáveis pela manutenção do controle postural se deterioram em pacientes com migrânea, ainda não está estabelecido se a progressão acontece e se é influenciada pela presença de aura ou pela frequência de crises. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar a progressão dos déficits de equilíbrio por meio do Equitest-Neurocom® (equipamento de posturografia computadorizada dinâmica), da incapacidade da tontura, da preocupação em cair e da cinesiofobia, em pacientes com migrânea sem aura, migrânea com aura e migrânea crônica após um ano. Foram avaliadas 105 mulheres com idade entre 18 e 55 anos, sendo 26 voluntárias do grupo controle (31,9±9.9 anos), 27 do grupo migrânea sem aura (31,7±8,2 anos), 25 do grupo migrânea com aura (32,6±8,8 anos) e 27 do grupo migrânea crônica (33,7±9,5 anos). Neste estudo longitudinal, as participantes repetiram após um ano o Teste de Organização Sensorial (TOS), o Teste de Controle Motor (TCM) e o Teste de Adaptação (TA) no equipamento Equitest-Neurocom®, e responderam aos questionários Dizziness Handicap Inventory (DHI), Falls Efficacy Scale International (FES-I), e Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK). Para as variáveis índice de massa corporal (IMC), frequência de dias da migrânea, intensidade de dor da migrânea, número de quedas no último ano, Dizziness Handicap Inventory (DHI), Falls Efficacy Scale (FES-I) e Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK), a comparação entre a avaliação 1 e 2 foi realizada em cada grupo por meio do teste de variância ANOVA com medidas repetidas, sendo o tempo a variável de repetição. A análise pos-hoc foi realizada com o teste de Bonferroni. Para comparar proporções de indivíduos com sintomas vestibulares ictais, sintomas vestibulares interictais e uso de medicação profilática na avaliação 1 e 2, utilizou-se o Teste Qui-quadrado ou Teste Exato de Fisher. Para as variáveis de equilíbrio resultantes do Teste de Organização Sensorial (TOS), Teste de controle Motor (TCM) e Teste de Adaptação (TA), foram realizadas análises multivariadas com medidas repetidas em cada grupo, com o tempo como fator de repetição. A análise pos-hoc foi realizada com o teste de Bonferroni, ajustado para comparações múltiplas. As análises foram realizadas considerando apenas os indivíduos que participaram das duas avaliações. Para todas as comparações adotou-se um nível de significância de 5%. Os resultados revelaram de forma geral que após um ano os grupos de migrânea apresentaram melhora nos escores dos questionários que avaliam a autopercepção dos efeitos incapacitantes da tontura, a preocupação em cair e a cinesiofobia (p<0,05) enquanto o grupo controle não apresentou diferença estatística (p>0,05). Em relação ao equilíbrio os valores do TCM e do TA não apresentaram diferenças. significativas entre as avaliações para todas as condições em todos os grupos (p>0,05). Portanto, todos os grupos migranosos não sofreram deterioração no controle postural após um ano. Além disso, também não foi observada piora na incapacidade da tontura, na preocupação em cair e na cinesiofobia em todos os grupos avaliados.Migraine is among the most disabling neurological diseases in the world, being frequently associated with musculoskeletal, vestibular and balance disorders. Despite evidence of a high incidence of falls and the hypothesis that the systems responsible for maintaining postural control deteriorate in patients with migraine, it is not yet established whether progression occurs and whether it is influenced by the presence of aura or the frequency of attacks. Thus, the aim of this study was to analyze the progression of balance deficits using Equitest-Neurocom® (dynamic computerized posturography equipment), of the incapacity of dizziness, the concern of falling and kinesiophobia, in patients with migraine without aura, migraine with aura and chronic migraine after one year. A total of 105 women aged between 18 and 55 years were evaluated, being 26 volunteers from the control group (31.9±9.9 years), 27 from the migraine group without aura (31.7±8.2 years), 25 from the migraine group with aura (32.6±8.8 years), and 27 in the chronic migraine group (33.7±9.5 years). In this longitudinal study, participants repeated after one year the Sensory Organization Test (SOT), the Motor Control Test (MCT) and the Adaptation Test (AT) in the Equitest-Neurocom® equipment and answered the Dizziness Handicap Inventory questionnaires (DHI), Falls Efficacy Scale International (FES-I), and Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK). Data were described as absolute frequencies and percentages for qualitative variables and as mean and standard deviation for quantitative variables. For the variables Body Mass Index (BMI), frequency of migraine days, migraine pain intensity, number of falls in the last year, Dizziness Handicap Inventory (DHI), Falls Efficacy Scale International (FES I) and Tampa Scale for Kinesiophobia (TSK), the comparison between assessment 1 and 2 was performed in each group using the ANOVA test of variance with repeated measures, with time being the repetition variable. Post-hoc analysis was performed using the Bonferroni test. To compare proportions of individuals with ictal vestibular symptoms, interictal vestibular symptoms and use of prophylactic medication in assessments 1 and 2, the chi-square test or Fisher\'s exact test was used. For the balance variables resulting from the Sensory Organization Test (SOT), Motor Control Test (MCT) and Adaptation Test (AT), multivariate analyzes were performed with repeated measures in each group, with time as a repetition factor. Post-hoc analysis was performed using the Bonferroni test, adjusted for multiple comparisons. The analyzes were performed considering only the individuals who participated in the two assessments. For all comparisons, a significance level of 5% was adopted. The results generally revealed that after one year the migraine groups showed improvement in the scores of the questionnaires that assess the self-perception of the disabling effects of dizziness, preoccupation with falling and kinesiophobia (p<0.05) while the control group did not statistical difference (p>0.05). In relation to balance, the MCT and AT values showed no significant differences between evaluations for all conditions in all groups (p>0.05). Therefore, none of the migraine groups experienced deterioration in postural control after one year. Furthermore, was also not observed worsening of disability caused by dizziness, in the worry of falling and kinesiophobia in all groups evaluated.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPGrossi, Debora BevilaquaRocha, Michely Rodrigues da2022-10-20info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/17/17152/tde-03012023-104204/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2023-01-12T13:29:30Zoai:teses.usp.br:tde-03012023-104204Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-01-12T13:29:30Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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