Conservação de Goiabas \'Kumagai\' em Diferentes Temperaturas e Materiais de Embalagem
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 1999 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20200111-145933/ |
Resumo: | O presente trabalho teve como objetivos verificar os efeitos de diferentes temperaturas de armazenamento e materiais de embalagem na conservação de goiabas \'Kumagai\', caracterizar os materiais de embalagem utilizados e avaliar a composição gasosa no interior das embalagens. No primeiro experimento as goiabas foram submetidas a quatro temperaturas de armazenamento ( 2, 8, 10 e 12°C) e 85-90% UR por períodos de 7, 14 e 21 dias(+ 3 dias de comercialização simulada a 25°C e 70-80% UR). No segundo experimento as goiabas foram acondicionadas em diversos materiais de embalagem e armazenadas a 10°C e 85-90% de UR, durante 7, 14, 21 e 28 dias (+ 3 dias de comercialização simulada). Os materiais de embalagem utilizados foram: filme poliolefínico com permeabilidade seletiva (PPS), filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), filme de PEBD com incorporação de mineral (PBM) e filme poliolefínico termo-encolhível (ENC). Goiabas sem embalagem foram utilizadas como Controle. No primeiro experimento foram determinadas as características físico-químicas das goiabas ao final de cada período de armazenamento. No segundo determinou-se também as características sensoriais das frutas, as taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 em cada um dos filmes e as composições gasosas no interior das embalagens. As frutas armazenadas a 2°C apresentaram danos severos ocasionados pelo frio a partir dos 14 dias de estocagem. Aquelas armazenadas a 10 ou 12ºC, embora não tenham apresentado danos pelo chilling, não apresentaram condições de comercialização após 21 dias de estocagem, devido à alta incidência de podridões. O armazenamento refrigerado a 8°C apresentou os melhores resultados para esta variedade, ao final de 21 dias de conservação. O filme PEBD com 69μm de espessura apresentou baixa taxa de permeabilidade aos gases (TPO2=2.115 e TPCO2 =4.434 cm3.m-2.dia-1), promoveu anaerobiose e elevada concentração de CO2 no interior das embalagens, além de alterações no odor e no sabor dos frutos. O filme ENC mostrou-se muito permeável aos gases (TPO2 =6.366 e TPCO2=34.864 cm3m-2..dia-1), promoveu pouca modificação da atmosfera no interior das embalagens e antecipou a senescência dos frutos em relação ao Controle. O filme PBM apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.366 e 34.864 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 3% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 14 dias. O filme PPS apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.827 21.969 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 0,5% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 28 dias. |
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Conservação de Goiabas \'Kumagai\' em Diferentes Temperaturas e Materiais de EmbalagemDifferent temperatures and packaging materials for conservation of \'Kumagai\' guavasCONSERVAÇÃOEMBALAGENSGOIABA KUMAGAIGOIABA KUMAGAITEMPERATURAO presente trabalho teve como objetivos verificar os efeitos de diferentes temperaturas de armazenamento e materiais de embalagem na conservação de goiabas \'Kumagai\', caracterizar os materiais de embalagem utilizados e avaliar a composição gasosa no interior das embalagens. No primeiro experimento as goiabas foram submetidas a quatro temperaturas de armazenamento ( 2, 8, 10 e 12°C) e 85-90% UR por períodos de 7, 14 e 21 dias(+ 3 dias de comercialização simulada a 25°C e 70-80% UR). No segundo experimento as goiabas foram acondicionadas em diversos materiais de embalagem e armazenadas a 10°C e 85-90% de UR, durante 7, 14, 21 e 28 dias (+ 3 dias de comercialização simulada). Os materiais de embalagem utilizados foram: filme poliolefínico com permeabilidade seletiva (PPS), filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), filme de PEBD com incorporação de mineral (PBM) e filme poliolefínico termo-encolhível (ENC). Goiabas sem embalagem foram utilizadas como Controle. No primeiro experimento foram determinadas as características físico-químicas das goiabas ao final de cada período de armazenamento. No segundo determinou-se também as características sensoriais das frutas, as taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 em cada um dos filmes e as composições gasosas no interior das embalagens. As frutas armazenadas a 2°C apresentaram danos severos ocasionados pelo frio a partir dos 14 dias de estocagem. Aquelas armazenadas a 10 ou 12ºC, embora não tenham apresentado danos pelo chilling, não apresentaram condições de comercialização após 21 dias de estocagem, devido à alta incidência de podridões. O armazenamento refrigerado a 8°C apresentou os melhores resultados para esta variedade, ao final de 21 dias de conservação. O filme PEBD com 69μm de espessura apresentou baixa taxa de permeabilidade aos gases (TPO2=2.115 e TPCO2 =4.434 cm3.m-2.dia-1), promoveu anaerobiose e elevada concentração de CO2 no interior das embalagens, além de alterações no odor e no sabor dos frutos. O filme ENC mostrou-se muito permeável aos gases (TPO2 =6.366 e TPCO2=34.864 cm3m-2..dia-1), promoveu pouca modificação da atmosfera no interior das embalagens e antecipou a senescência dos frutos em relação ao Controle. O filme PBM apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.366 e 34.864 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 3% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 14 dias. O filme PPS apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.827 21.969 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 0,5% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 28 dias.The objective of this work was to verify the effects of different storage temperatures and packaging materials on the shelf life of \'Kumagai\' guavas. ln the first experiment the guavas were submitted to four storage temperatures (2, 8, 10 and 12°C) and 85-90% RH, during 7, 14 and 21 days, plus 3 days at 25°C and 70-80% RH to simulate commercial handling conditions. ln the second experiment the guavas were wrapped in several packaging materials and stored at 10°C and 85-90% RH, during 7,14, 21 and 28 days, plus 3 days at 25°C and 70-80% RH. The packaging materials used were: polyolephinic film with selective permeability (PSP), low density polyethylene film (LDP), LDP film with mineral incorporation (LDPM) and shrink polyolephinic film (SHR). Guavas without packaging were used as Control. The gas permeability of each film, the concentrations of O2 and CO2 inside the packaging and the physical-chemical characteristics of the guavas (skin color, firmness, total soluble solids, total titatrable acidity, ascorbic acid, chilling injury, decay and weight loss) were evaluated. The fruits stored at 2°C presented severe chilling injury after 14 days. Those stored at 10 or 12°C did not show chilling injury until 21 days, but presented unmarketable because showed high incidence of decay. The cold storage at 8°C presented the best conservation for this variety until 21 days. The LDP film with 69m of thickness presented low permeability for the gases (TPO2 = 2.115 and TPCO2 =4.434 cm3.m-2.dia-1). It promoted anaerobic atmosphere and high CO2 concentration. Furthermore, it induced both off-flavor and physiological disorders in the fruits which caused abnormal ripening. The SHR film with 15μm of thickness presented high permeability for the gases (TPO2 =6.366 and TPCO2 =34.864 cm3.m-2.dia-1). and promoted little modification of the atmosphere inside the packaging. The fruits wrapped in this film presented fast senescence and smaller conservation than fruits controls. The LDPM film with 24μm of thickness presented TPO2 of 4,918 cm3.m-2.dia-1 and TPCO2 of 32,937 cm3.m-2.dia-1. This film provided atmosphere composition of 3% of O2 and 4.5% of CO2 and the fruits could be conserved until 14 days. The film PSP with 35μm of thickness presented TPO2 of 6,827 cm3.m-2.dia-1 and TPCO2 of 21,969 cm3.m-2.dia-1. This film provided atmosphere composition of 0.5% of O2 and 4.5% of CO2 and conservation of the guavas for 28 days.Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPMinami, KeigoJacomino, Angelo Pedro1999-07-01info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/11/11136/tde-20200111-145933/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2021-09-27T20:37:02Zoai:teses.usp.br:tde-20200111-145933Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212021-09-27T20:37:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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O presente trabalho teve como objetivos verificar os efeitos de diferentes temperaturas de armazenamento e materiais de embalagem na conservação de goiabas \'Kumagai\', caracterizar os materiais de embalagem utilizados e avaliar a composição gasosa no interior das embalagens. No primeiro experimento as goiabas foram submetidas a quatro temperaturas de armazenamento ( 2, 8, 10 e 12°C) e 85-90% UR por períodos de 7, 14 e 21 dias(+ 3 dias de comercialização simulada a 25°C e 70-80% UR). No segundo experimento as goiabas foram acondicionadas em diversos materiais de embalagem e armazenadas a 10°C e 85-90% de UR, durante 7, 14, 21 e 28 dias (+ 3 dias de comercialização simulada). Os materiais de embalagem utilizados foram: filme poliolefínico com permeabilidade seletiva (PPS), filme de polietileno de baixa densidade (PEBD), filme de PEBD com incorporação de mineral (PBM) e filme poliolefínico termo-encolhível (ENC). Goiabas sem embalagem foram utilizadas como Controle. No primeiro experimento foram determinadas as características físico-químicas das goiabas ao final de cada período de armazenamento. No segundo determinou-se também as características sensoriais das frutas, as taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 em cada um dos filmes e as composições gasosas no interior das embalagens. As frutas armazenadas a 2°C apresentaram danos severos ocasionados pelo frio a partir dos 14 dias de estocagem. Aquelas armazenadas a 10 ou 12ºC, embora não tenham apresentado danos pelo chilling, não apresentaram condições de comercialização após 21 dias de estocagem, devido à alta incidência de podridões. O armazenamento refrigerado a 8°C apresentou os melhores resultados para esta variedade, ao final de 21 dias de conservação. O filme PEBD com 69μm de espessura apresentou baixa taxa de permeabilidade aos gases (TPO2=2.115 e TPCO2 =4.434 cm3.m-2.dia-1), promoveu anaerobiose e elevada concentração de CO2 no interior das embalagens, além de alterações no odor e no sabor dos frutos. O filme ENC mostrou-se muito permeável aos gases (TPO2 =6.366 e TPCO2=34.864 cm3m-2..dia-1), promoveu pouca modificação da atmosfera no interior das embalagens e antecipou a senescência dos frutos em relação ao Controle. O filme PBM apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.366 e 34.864 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 3% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 14 dias. O filme PPS apresentou taxas de permeabilidade ao O2 e ao CO2 iguais a 6.827 21.969 cm3m-2..dia-1, respectivamente. Proporcionou atmosfera no interior das embalagens com 0,5% de O2 e 4,5% de CO2 e possibilitou a conservação das goiabas por 28 dias. |
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