Capacidade de elongação e dessaturação de ácidos graxos polinsaturados com 18 carbonos e sua relação com a resposta imune não-específica de Psalidodon fasciatus

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Oliveira, Jennifer Lima de
Data de Publicação: 2024
Tipo de documento: Dissertação
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/41/41135/tde-07052024-115736/
Resumo: Algumas espécies de teleósteos apresentam a capacidade de bioconverter ácidos graxos polinsaturados com 18 carbonos (PUFAs C18), como o C18:2n6 e C18:3n3, ingerido através da dieta, em PUFAs de cadeia longa (LC-PUFAs), como o ácido eicosapentaenoico (EPA), ácido docosahexaenoico (DHA) e o ácido araquidônico (ARA), através da ação de enzimas elongases e dessaturases, mantendo o requerimento desses ácidos graxos (FAs) tão importantes fisiologicamente como constituinte de membranas celulares, além de serem recursores de mediadores inflamatórios. Considerando que o Psalidodon fasciatus é um teleósteo amplamente encontrado na América do Sul, habitando locais com diferentes disponibilidades de PUFA C18, este estudo teve como objetivo avaliar a capacidade de P. fasciatus em elongar e dessaturar PUFAs C18 em LC-PUFA, além de compreender qual a possível influência desses FAs na resposta imune não-específica, através da análise do perfil de ácido graxo do músculo, rim, fosfolipídeos do fígado, análise da expressão de enzimas envolvidas no processo de bioconversão (elovl 2, 5 e 6 fad), bem como a concentração da prostaglandina (PG), atividade da superóxido dismutase (SOD) e expressão de genes do sistema imune como o c3 e il10, contribuindo para esta área tão pouco explorada. Desta forma, observamos que o P. fasciatus foi capaz de bioconverter PUFA C18 dietéticos em LC-PUFA preferencialmente pela via n3 (DHA) e que as diferentes razões de PUFA C18 n3/n6 da dieta, neste período experimental, não foram suficientes para influenciar o sistema imunológico destes animais, indicando que o P. fasciatus apresenta uma alta capacidade em se ajustar, necessitando de cenários nutricionais mais extremos para alterar seu sistema imunológico.
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