Avaliação de marcadores histológicos e imuno-histoquímicos em amostras hepáticas de pacientes soropositivos para hepatite C com ênfase aos padrões de vasos sanguíneos e linfáticos
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2021 |
Tipo de documento: | Dissertação |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-10032022-095437/ |
Resumo: | INTRODUÇÃO: A Hepatite C crônica é problema relevante de Saúde Pública, mesmo diante da eficácia do tratamento com antivirais de ação direta, sendo ainda preciso conhecer melhor a evolução das alterações histológicas e das manifestações clínicas. OBJETIVOS: analisar os principais aspectos histológicos de lesão hepática na Hepatite C crônica e, quando coexistentes, os relacionados à doença gordurosa; comparar a histopatologia nos pacientes infectados pelo genótipo 1 ou pelo genótipo 3 do VHC; quantificar pela imuno-histoquímica os brotos sanguíneos e linfáticos e os vasos sanguíneos e linfáticos maduros nos diversos compartimentos do lóbulo hepático; comparar a distribuição dos vasos sanguíneos e linfáticos com as variáveis histológicas de lesão hepática atribuíveis ao VHC e à doença gordurosa. MATERIAIS E MÉTODOS: Amostras obtidas por biópsias hepáticas de 72 casos com hepatite C crônica foram reavaliadas com semiquantificação das alterações estruturais relativas a \"estadiamento estrutural\" e \"atividade necroinflamatória\". Reações imuno-histoquímicas foram realizadas com os anticorpos anti-CD34 (QBend), anti-podoplanina (D2-40), anti-actina de músculo liso (1A4). A pesquisa de associação entre as variáveis imuno-histoquímicas, os critérios histológicos e o genótipo foi realizada através do teste Qui-quadrado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os diferentes graus de alterações estruturais e de atividade necroinflamatória estiveram bem representados nesta casuística (57% casos apresentando formas iniciais (F0-F1-F2) e 43% formas avançadas (F3-F4) e as reações imuno-histoquímicas delinearam com precisão brotos e vasos, permitindo as pesquisas de associação com as variáveis histológicas. Merece destaque o fato de, dentre todos os padrões de alterações histológicas, apenas a presença de esteatose mostrou-se significativamente mais elevada nos casos infectados com o genótipo 3 do VHC. O estudo imuno-histoquímico detectou paralelismo entre o número de brotos e de vasos sanguíneos em cada compartimento, corroborando evidências prévias que demonstram a morfogênese dos vasos maduros a partir de brotos. O número desses dois padrões de vasos sanguíneos portais aumentou em paralelismo com a progressão das alterações estruturais e com diversos marcadores da atividade necroinflamatória portal, periportal e parenquimatosa, reforçando a íntima associação entre a angiogênese e a atividade inflamatória na hepatite crônica C. De outra parte, não houve paralelismo entre a neoformação de vasos, os marcadores de doença gordurosa e o genótipo viral. Intrigante observação foi o crescimento do número de vasos de parede muscularizada nos espaços-porta principalmente em fases tardias da progressão das alterações estruturais (F3-F4), devendo estudos futuros abordar os mecanismos relacionando tais alterações com o surgimento de hipertensão portal. A quantificação dos brotos sanguíneos no parênquima mostrou-se diretamente relacionada à dos vasos completos. Tais vasos completos no parênquima podem refletir a capilarização dos sinusóides e mostraram-se associados à progressão das alterações estruturais, precedendo mesmo a cirrotização. Ressalte-se aqui a ausência de associação da quantificação dos brotos ou dos vasos sanguíneos no parênquima com os diversos marcadores de atividade necroinflamatória ou de doença gordurosa aqui estudados. Com relação ao estudo dos vasos linfáticos, capítulo importante no qual o presente estudo parece estar entre os pioneiros, a quantidade de brotos e de vasos linfáticos maduros portais mostrou grande paralelismo, assim como havíamos detectado entre brotos e vasos sanguíneos.O aumento do número tanto de brotos como de vasos linfáticos portais mostrou associação direta com a progressão das alterações estruturais e ao grau de infiltrado inflamatório portal/septal e com a atividade necroinflamatória parenquimatosa, mas não com o o grau de atividade periportal/periseptal. CONCLUSÕES: A identificação de brotos e vasos sanguíneos e linfáticos por métodos imuno-histoquímicos e sua quantificação demonstrou o paralelismo entre a formação dessas duas classes de vasos, especialmente no compartimento portal, e a progressão de alterações estruturais, sendo a neoangiogênese detectada mesmo antes da caracterização histológica da cirrose |
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Avaliação de marcadores histológicos e imuno-histoquímicos em amostras hepáticas de pacientes soropositivos para hepatite C com ênfase aos padrões de vasos sanguíneos e linfáticosEvaluation of histological and immunohistochemical markers in liver samples from hepatitis C seropositive patients with emphasis on patterns of blood and lymph vesselsBlood vesselsFígadoHepatite C crônicaHepatitis C chronicImmunohistochemistryImuno-histoquímicaLinfangiogêneseLiverLymphangiogenesisLymphatic vesselsNeovascularização patológicaNeovascularization pathologicPathologyPatologiaVasos linfáticosVasos sanguíneosINTRODUÇÃO: A Hepatite C crônica é problema relevante de Saúde Pública, mesmo diante da eficácia do tratamento com antivirais de ação direta, sendo ainda preciso conhecer melhor a evolução das alterações histológicas e das manifestações clínicas. OBJETIVOS: analisar os principais aspectos histológicos de lesão hepática na Hepatite C crônica e, quando coexistentes, os relacionados à doença gordurosa; comparar a histopatologia nos pacientes infectados pelo genótipo 1 ou pelo genótipo 3 do VHC; quantificar pela imuno-histoquímica os brotos sanguíneos e linfáticos e os vasos sanguíneos e linfáticos maduros nos diversos compartimentos do lóbulo hepático; comparar a distribuição dos vasos sanguíneos e linfáticos com as variáveis histológicas de lesão hepática atribuíveis ao VHC e à doença gordurosa. MATERIAIS E MÉTODOS: Amostras obtidas por biópsias hepáticas de 72 casos com hepatite C crônica foram reavaliadas com semiquantificação das alterações estruturais relativas a \"estadiamento estrutural\" e \"atividade necroinflamatória\". Reações imuno-histoquímicas foram realizadas com os anticorpos anti-CD34 (QBend), anti-podoplanina (D2-40), anti-actina de músculo liso (1A4). A pesquisa de associação entre as variáveis imuno-histoquímicas, os critérios histológicos e o genótipo foi realizada através do teste Qui-quadrado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os diferentes graus de alterações estruturais e de atividade necroinflamatória estiveram bem representados nesta casuística (57% casos apresentando formas iniciais (F0-F1-F2) e 43% formas avançadas (F3-F4) e as reações imuno-histoquímicas delinearam com precisão brotos e vasos, permitindo as pesquisas de associação com as variáveis histológicas. Merece destaque o fato de, dentre todos os padrões de alterações histológicas, apenas a presença de esteatose mostrou-se significativamente mais elevada nos casos infectados com o genótipo 3 do VHC. O estudo imuno-histoquímico detectou paralelismo entre o número de brotos e de vasos sanguíneos em cada compartimento, corroborando evidências prévias que demonstram a morfogênese dos vasos maduros a partir de brotos. O número desses dois padrões de vasos sanguíneos portais aumentou em paralelismo com a progressão das alterações estruturais e com diversos marcadores da atividade necroinflamatória portal, periportal e parenquimatosa, reforçando a íntima associação entre a angiogênese e a atividade inflamatória na hepatite crônica C. De outra parte, não houve paralelismo entre a neoformação de vasos, os marcadores de doença gordurosa e o genótipo viral. Intrigante observação foi o crescimento do número de vasos de parede muscularizada nos espaços-porta principalmente em fases tardias da progressão das alterações estruturais (F3-F4), devendo estudos futuros abordar os mecanismos relacionando tais alterações com o surgimento de hipertensão portal. A quantificação dos brotos sanguíneos no parênquima mostrou-se diretamente relacionada à dos vasos completos. Tais vasos completos no parênquima podem refletir a capilarização dos sinusóides e mostraram-se associados à progressão das alterações estruturais, precedendo mesmo a cirrotização. Ressalte-se aqui a ausência de associação da quantificação dos brotos ou dos vasos sanguíneos no parênquima com os diversos marcadores de atividade necroinflamatória ou de doença gordurosa aqui estudados. Com relação ao estudo dos vasos linfáticos, capítulo importante no qual o presente estudo parece estar entre os pioneiros, a quantidade de brotos e de vasos linfáticos maduros portais mostrou grande paralelismo, assim como havíamos detectado entre brotos e vasos sanguíneos.O aumento do número tanto de brotos como de vasos linfáticos portais mostrou associação direta com a progressão das alterações estruturais e ao grau de infiltrado inflamatório portal/septal e com a atividade necroinflamatória parenquimatosa, mas não com o o grau de atividade periportal/periseptal. CONCLUSÕES: A identificação de brotos e vasos sanguíneos e linfáticos por métodos imuno-histoquímicos e sua quantificação demonstrou o paralelismo entre a formação dessas duas classes de vasos, especialmente no compartimento portal, e a progressão de alterações estruturais, sendo a neoangiogênese detectada mesmo antes da caracterização histológica da cirroseINTRODUCTION: Chronic hepatitis C is a relevant public health problem, even after the introduction of treatment with direct-acting antivirals, since, despite the high rate of virus (HCV) elimination, better understand of the evolution of histological changes and clinical manifestations are still required. OBJECTIVES: to analyze the main histological aspects of liver injury in chronic Hepatitis C, also searching for markers of fatty liver disease; to compare histopathology in patients infected by HCV genotype 1 versus genotype 3; to quantify by immunohistochemistry the blood and lymphatic sprouts and the \"mature\" blood and lymphatic vessels in the various compartments of the hepatic lobule; to compare the distribution of blood and lymphatic vessels with the histological variables of liver injury attributable to HCV and fatty liver disease. MATERIALS AND METHODS: Samples obtained by liver biopsies from 72 cases with chronic hepatitis C were reevaluated with semiquantitation of structural changes regarding \"architectural staging\" and \"necroinflammatory activity.\" Immunohistochemical reactions were performed with anti-CD34 (QBend), anti-podoplanin (D2-40), anti-smooth muscle actin (1A4) antibodies. The association between immunohistochemical variables, histological criteria and genotype was searched through the Chi-square test. RESULTS AND DISCUSSION: The different degrees of structural changes and necroinflammatory activity were well represented in this casuistic (57% cases presenting early forms (F0-F1-F2) and 43% in advanced forms (F3-F4)) and the immunohistochemical reactions accurately delineated sprouts and vessels, allowing the research of association with the histological variables. Regarding genotypes, it is noteworthy that, among all patterns of histological changes, only the presence of steatosis was significantly higher in cases infected with HCV genotype 3. The quantification of vascular markers by immunohistochemistry allowed detecting relevant parallelism between the number of sprouts and blood vessels in each compartment, corroborating previous evidence that demonstrates the morphogenesis of mature vessels starting from sprouts. These two patterns of portal blood vessels showed progressive increase in their number in parallel to the progression of architectural changes and portal, periportal, and parenchymal necroinflammatory activity, reinforcing the close association between angiogenesis and inflammatory activity in chronic hepatitis C. On the other hand, there was no parallelism between vessel neoformation, markers of fatty disease, and viral genotype. Intriguing observation was the growth in the number of muscularized wall vessels in the portal spaces mainly at late stages of the progression of architectural changes (F3-F4), and future studies should approach the mechanisms relating such changes to the emergence of portal hypertension. The quantification of blood sprouts in the parenchyma was shown to be directly related to that of complete vessels. Such complete vessels in the parenchyma may reflect the capillarization of sinusoids and were associated with the progression of architectural changes, even preceding cirrhosis. We highlight the absence of association of the quantification of sprouts or blood vessels in the parenchyma with the various markers of necroinflammatory activity or fatty disease studied here. Concerning the study of lymphatic vessels, a major subject contribution in the present study, the quantity of sprouts and mature portal lymphatic vessels were highly associated, corroborating, as we had detected with blood vessels, the intimate relationship of sprouts and lymphatic vessels. The increase in the number of both sprouts and portal lymphatic vessels showed direct association with the progression of structural changes, with the degree of portal/septal inflammatory infiltrate and with parenchymal necroinflammatory activity, but not with the degree of periportal/periseptal activity. CONCLUSIONS: The identification of sprouts and blood and lymphatic vessels by immunohistochemical methods and their quantification demonstrated the parallelism between the formation of these two classes of vessels, especially in the portal compartment, and the progression of structural changes, neoangiogenesis being detected even before the histological characterization of cirrhosisBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPAlves, Venancio Avancini FerreiraAssato, Aline Kawassaki2021-11-18info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/masterThesisapplication/pdfhttps://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/5/5160/tde-10032022-095437/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2022-03-25T14:21:02Zoai:teses.usp.br:tde-10032022-095437Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212022-03-25T14:21:02Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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INTRODUÇÃO: A Hepatite C crônica é problema relevante de Saúde Pública, mesmo diante da eficácia do tratamento com antivirais de ação direta, sendo ainda preciso conhecer melhor a evolução das alterações histológicas e das manifestações clínicas. OBJETIVOS: analisar os principais aspectos histológicos de lesão hepática na Hepatite C crônica e, quando coexistentes, os relacionados à doença gordurosa; comparar a histopatologia nos pacientes infectados pelo genótipo 1 ou pelo genótipo 3 do VHC; quantificar pela imuno-histoquímica os brotos sanguíneos e linfáticos e os vasos sanguíneos e linfáticos maduros nos diversos compartimentos do lóbulo hepático; comparar a distribuição dos vasos sanguíneos e linfáticos com as variáveis histológicas de lesão hepática atribuíveis ao VHC e à doença gordurosa. MATERIAIS E MÉTODOS: Amostras obtidas por biópsias hepáticas de 72 casos com hepatite C crônica foram reavaliadas com semiquantificação das alterações estruturais relativas a \"estadiamento estrutural\" e \"atividade necroinflamatória\". Reações imuno-histoquímicas foram realizadas com os anticorpos anti-CD34 (QBend), anti-podoplanina (D2-40), anti-actina de músculo liso (1A4). A pesquisa de associação entre as variáveis imuno-histoquímicas, os critérios histológicos e o genótipo foi realizada através do teste Qui-quadrado. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Os diferentes graus de alterações estruturais e de atividade necroinflamatória estiveram bem representados nesta casuística (57% casos apresentando formas iniciais (F0-F1-F2) e 43% formas avançadas (F3-F4) e as reações imuno-histoquímicas delinearam com precisão brotos e vasos, permitindo as pesquisas de associação com as variáveis histológicas. Merece destaque o fato de, dentre todos os padrões de alterações histológicas, apenas a presença de esteatose mostrou-se significativamente mais elevada nos casos infectados com o genótipo 3 do VHC. O estudo imuno-histoquímico detectou paralelismo entre o número de brotos e de vasos sanguíneos em cada compartimento, corroborando evidências prévias que demonstram a morfogênese dos vasos maduros a partir de brotos. O número desses dois padrões de vasos sanguíneos portais aumentou em paralelismo com a progressão das alterações estruturais e com diversos marcadores da atividade necroinflamatória portal, periportal e parenquimatosa, reforçando a íntima associação entre a angiogênese e a atividade inflamatória na hepatite crônica C. De outra parte, não houve paralelismo entre a neoformação de vasos, os marcadores de doença gordurosa e o genótipo viral. Intrigante observação foi o crescimento do número de vasos de parede muscularizada nos espaços-porta principalmente em fases tardias da progressão das alterações estruturais (F3-F4), devendo estudos futuros abordar os mecanismos relacionando tais alterações com o surgimento de hipertensão portal. A quantificação dos brotos sanguíneos no parênquima mostrou-se diretamente relacionada à dos vasos completos. Tais vasos completos no parênquima podem refletir a capilarização dos sinusóides e mostraram-se associados à progressão das alterações estruturais, precedendo mesmo a cirrotização. Ressalte-se aqui a ausência de associação da quantificação dos brotos ou dos vasos sanguíneos no parênquima com os diversos marcadores de atividade necroinflamatória ou de doença gordurosa aqui estudados. Com relação ao estudo dos vasos linfáticos, capítulo importante no qual o presente estudo parece estar entre os pioneiros, a quantidade de brotos e de vasos linfáticos maduros portais mostrou grande paralelismo, assim como havíamos detectado entre brotos e vasos sanguíneos.O aumento do número tanto de brotos como de vasos linfáticos portais mostrou associação direta com a progressão das alterações estruturais e ao grau de infiltrado inflamatório portal/septal e com a atividade necroinflamatória parenquimatosa, mas não com o o grau de atividade periportal/periseptal. CONCLUSÕES: A identificação de brotos e vasos sanguíneos e linfáticos por métodos imuno-histoquímicos e sua quantificação demonstrou o paralelismo entre a formação dessas duas classes de vasos, especialmente no compartimento portal, e a progressão de alterações estruturais, sendo a neoangiogênese detectada mesmo antes da caracterização histológica da cirrose |
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