Ser sonoro: histórias sobre músicas e seus lugares
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2019 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27152/tde-14082019-113939/ |
Resumo: | Nesta tese, diversas práticas musicais são exploradas partindo de uma metáfora espacial, como se cada som produzisse um lugar próprio que, ao ser habitado, permite a criação de sentido e identidade. As propriedades físicas do som, a disposição circular das práticas de comunicação sonoromusical e algumas correntes das comunicações, filosofia e fenomenologia contemporâneas sustentam a inclinação deste trabalho em investigar a música por meio das esferas de sentido que ela cria. No habitar dessas esferas musicais revelase o ser sonoro: o ser que inventa a si mesmo pelo som. Esculpe em música sua identidade, sociedade, cultura e mitos. Reconhece o outro e identifica a si mesmo por reverberação. Desvendálo é o objetivo desta tese. O ser sonoro não é somente o criador da música, mas todo aquele o que faz uso dela para se comunicar. Música , aqui, abrange a escuta, a dança, o canto, a execução de um instrumento, as práticas de gosto, a crítica, a presença em uma performance musical ou ritual sonoro e todas as atribuições de sentido musical possíveis que partem do som. A capacidade de propagação do som, só interrompida pelo vácuo, impede que haja um recorte temporal ou espacial: irresponsavelmente, visitaremos o musicar dos hominídeos ao dos seres sonoros contemporâneos de todos os continentes. O amplo recorte (ou o não recorte, arriscome) obriga a reconhecer que as tentativas de tradução destes muitos seres sonoros não será possível sem equívocos. Mas será justamente por meio deles que tentaremos nos aproximar destes seres, suas histórias e seus lugares. |
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