Sobrevida de pacientes com HIV e AIDS nas eras pré e pós terapia antirretroviral de alta potência
Autor(a) principal: | |
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Data de Publicação: | 2010 |
Tipo de documento: | Tese |
Idioma: | por |
Título da fonte: | Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP |
Texto Completo: | http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08042010-175555/ |
Resumo: | Introdução: A Aids é uma pandemia que representa um grave problema de saúde pública e o efeito das terapias antirretrovirais tem sido objeto de estudos. Objetivos: Estimar a mediana do tempo livre de Aids (MTLA) e o tempo mediano de sobrevida (TMS) entre pacientes HIV positivos sem e com Aids, respectivamente, e investigar os preditores de Aids e óbito, em duas coortes selecionadas entre 1988 a 2003. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos de um Centro de Referência de Aids em São Paulo. As variáveis estudadas foram: características sociodemográficas, categorias de transmissão, ano do diagnóstico, níveis de linfócitos T CD4+ e esquemas terapêuticos. Utilizou-se o estimador produto limite de Kaplan-Meier, o modelo de riscos proporcionais de Cox e as estimativas das razões de hazard (HR), com respectivos intervalos de confiança de 95 por cento (IC=95 por cento). Resultados: A incidência média de Aids foi de 11,6 e de 7,1/1000 pessoas-ano, para os períodos de 1988 a 1996 e de 1997 a 2003. A MTLA sem uso de tratamento antirretroviral (TARV) foi de 53,7 meses, com TARV sem HAART foi de 90,0 meses e com HAART mais de 50 por cento dos pacientes permaneceram livres de Aids até 108 meses. Mostraram-se associados à evolução para Aids independente das demais exposições: receber TARV sem HAART (HR= 2,1, IC 95 por cento 1,6 2,8); não ser tratado (HR= 3,0; IC 95 por cento 2,5 3,6); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,2 ; IC 95 por cento 1,1 1,3); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,9; IC 95 por cento 2,3 5,2); pertencer à raça/etnia negra e parda (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,7); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,6); e UDI (HR= 1,7; IC 95 por cento 1,3 2,2); ter até oito anos de estudo (HR=1,3; IC 95 por cento 1,1 1,5); não ter nenhuma escolaridade (HR=2,0; IC 95 por cento 1,4 5,6); ter CD4+ entre 350 e 500 cel/mm³ (HR=1,6; IC 95 por cento 1,3 1,9). As taxas médias de mortalidade foram de 17,6/1000 pessoas-ano, 23,2 e 7,8, respectivamente, entre 1988 e 1993, de 1994 a 1996 e de 1997 a 2003. O TMS foi de 13,4 meses entre 1988 e 1993, 22,3 meses entre 1994 e 1996 e, de 1997 a 2003 mais de 50 por cento dos pacientes sobreviveram até 108 meses. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,8 2,2); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR= 3,2; IC 95 por cento 2,8 3,5); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,4 ; IC 95 por cento 1,2 1,5); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,7 2,3); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,1; IC 95 por cento 1,1 1,2); e UDI (HR= 1,5; IC 95 por cento 1,3 1,6); ter até 8 anos de estudo (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,3 1,5); não ter estudado(HR= 2,1; IC 95 por cento 1,6 2,8); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2; IC 95 por cento 1,1 1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3; IC 95 por cento 1,2 1,3). Conclusões: Nas Coortes São Paulo de HIV e Aids, a mediana do tempo livre de Aids e a sobrevida com Aids foram ampliados com a introdução de diferentes esquemas terapêuticos antirretrovirais e observou-se queda nas taxas de incidência e de mortalidade |
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Sobrevida de pacientes com HIV e AIDS nas eras pré e pós terapia antirretroviral de alta potênciaSurvival of patients with HIV and AIDS in the eras pre and post antiretroviral therapy high powerAnálise de SobrevidaAntiretroviralAntirretroviraisBrasilBrazilCohort StudiesEstudos de CoorteHIV/AIDSHIV/AidsIncubaçãoIncubationSurvivalIntrodução: A Aids é uma pandemia que representa um grave problema de saúde pública e o efeito das terapias antirretrovirais tem sido objeto de estudos. Objetivos: Estimar a mediana do tempo livre de Aids (MTLA) e o tempo mediano de sobrevida (TMS) entre pacientes HIV positivos sem e com Aids, respectivamente, e investigar os preditores de Aids e óbito, em duas coortes selecionadas entre 1988 a 2003. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos de um Centro de Referência de Aids em São Paulo. As variáveis estudadas foram: características sociodemográficas, categorias de transmissão, ano do diagnóstico, níveis de linfócitos T CD4+ e esquemas terapêuticos. Utilizou-se o estimador produto limite de Kaplan-Meier, o modelo de riscos proporcionais de Cox e as estimativas das razões de hazard (HR), com respectivos intervalos de confiança de 95 por cento (IC=95 por cento). Resultados: A incidência média de Aids foi de 11,6 e de 7,1/1000 pessoas-ano, para os períodos de 1988 a 1996 e de 1997 a 2003. A MTLA sem uso de tratamento antirretroviral (TARV) foi de 53,7 meses, com TARV sem HAART foi de 90,0 meses e com HAART mais de 50 por cento dos pacientes permaneceram livres de Aids até 108 meses. Mostraram-se associados à evolução para Aids independente das demais exposições: receber TARV sem HAART (HR= 2,1, IC 95 por cento 1,6 2,8); não ser tratado (HR= 3,0; IC 95 por cento 2,5 3,6); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,2 ; IC 95 por cento 1,1 1,3); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,9; IC 95 por cento 2,3 5,2); pertencer à raça/etnia negra e parda (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,7); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,6); e UDI (HR= 1,7; IC 95 por cento 1,3 2,2); ter até oito anos de estudo (HR=1,3; IC 95 por cento 1,1 1,5); não ter nenhuma escolaridade (HR=2,0; IC 95 por cento 1,4 5,6); ter CD4+ entre 350 e 500 cel/mm³ (HR=1,6; IC 95 por cento 1,3 1,9). As taxas médias de mortalidade foram de 17,6/1000 pessoas-ano, 23,2 e 7,8, respectivamente, entre 1988 e 1993, de 1994 a 1996 e de 1997 a 2003. O TMS foi de 13,4 meses entre 1988 e 1993, 22,3 meses entre 1994 e 1996 e, de 1997 a 2003 mais de 50 por cento dos pacientes sobreviveram até 108 meses. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,8 2,2); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR= 3,2; IC 95 por cento 2,8 3,5); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,4 ; IC 95 por cento 1,2 1,5); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,7 2,3); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,1; IC 95 por cento 1,1 1,2); e UDI (HR= 1,5; IC 95 por cento 1,3 1,6); ter até 8 anos de estudo (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,3 1,5); não ter estudado(HR= 2,1; IC 95 por cento 1,6 2,8); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2; IC 95 por cento 1,1 1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3; IC 95 por cento 1,2 1,3). Conclusões: Nas Coortes São Paulo de HIV e Aids, a mediana do tempo livre de Aids e a sobrevida com Aids foram ampliados com a introdução de diferentes esquemas terapêuticos antirretrovirais e observou-se queda nas taxas de incidência e de mortalidadeBackground: AIDS is a pandemic which represents a serious public health problem and the effect of antiretroviral therapy has been the object of studies. Objective: To estimate median AIDS-free-time and median survival time, among HIV positive patients without AIDS and with AIDS, respectively, and to investigate predictor factors of AIDS and death in two cohorts of patients selected between 1988 and 2003 and followed until the end of 2005. Methods: Retrospective cohort study, encompassing adult patients of the Centro de Referência e Treinamento DST/AIDSSP. Variables studied were: socio-demographic characteristics, transmission categories, calendar periods, year of diagnosis, levels of CD4+ and treatment regimens. The Kaplan-Meier product limit estimator, the Cox proportional risk model and hazard ratios (HR) estimates, with 95 per cent (CI=95 per cent) confidence intervals, were used. Results: AIDS incidence rates were 11.6 and 7.1 person-years in the 1988-1996 and 1997-2003 periods, respectively. The median time of progression from HIV infection to AIDS without treatment was 53.7 months; with ART without HAART, 90.0 months; and with HAART, over 50 per cent of patients followed did not progress to AIDS until 108 months. Independent prognostic factors for AIDS-freetime were: treatment with ART without HAART (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8), no treatment regimen (HR=3.0; CI 95 per cent 2.5-3.6); age at HIV infection diagnosis between 30 and 49 years (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.3), age over 50 years (HR=2.9; CI 95 per cent 2.3-5.2); black race/color (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.7); MSM (HR=1.4; CI 95 per cent 1.1-1.6) and IDU (HR=1.7; CI 95 per cent 1.3-2.2) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.3; CI 95 per cent 1.1-1.5) and no schooling (HR=2.0; CI 95 per cent 1.4-5.6); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.6; CI 95 per cent 1.3-1.9). AIDS mortality rates were 17.6, 23.2, and 7.8 person-years in the 1988-1993, 1994-1996 and 1997-2003 periods, respectively. Median progression time from AIDS to death was 13.4 months in the 1988-1993 period; 22.3 months, between 1994 and 1996, and in the 1997-2003 period, over 50 per cent of patients followed survived. Independent predictor factors for death were: AIDS diagnosis period 1994-1996 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.8-2.2) and 1988-1993 (HR=3.2; CI 95 per cent 2.8-3.5); AIDS diagnosis age between 30-49 years (HR=1.4; CI 95 per cent 1.2-1.5), age over 50 (HR=2.0; CI 95 per cent 1.7- 2.3); MSM (HR=1.1; CI 95 per cent 1.1-1.2) and IDU (HR=1.5; CI 95 per cent 1.3-1.6) exposure categories; up to 8 years of schooling (HR=1.4; CI 95 per cent 1.3-1.5) and no schooling (HR=2.1; CI 95 per cent 1.6-2.8); and CD4+ count between 350-500 cells/mm³ (HR=1.2; CI 95 per cent 1.1-1.2) and less than 350cels/mm³ (HR=1.3; CI 95 per cent 1.2-1.3). Conclusions: Results found in the HIV / AIDS Sao Paulo Cohort point toward a heterogeneous increase in AIDS-free-time and AIDS survival with different antiretroviral treatment regimens. Decrease in the incidence and mortality rates were observedBiblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USPWaldman, Eliseu AlvesTancredi, Mariza Vono2010-03-08info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesisapplication/pdfhttp://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/6/6132/tde-08042010-175555/reponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USPLiberar o conteúdo para acesso público.info:eu-repo/semantics/openAccesspor2016-07-28T16:10:05Zoai:teses.usp.br:tde-08042010-175555Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212016-07-28T16:10:05Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false |
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Introdução: A Aids é uma pandemia que representa um grave problema de saúde pública e o efeito das terapias antirretrovirais tem sido objeto de estudos. Objetivos: Estimar a mediana do tempo livre de Aids (MTLA) e o tempo mediano de sobrevida (TMS) entre pacientes HIV positivos sem e com Aids, respectivamente, e investigar os preditores de Aids e óbito, em duas coortes selecionadas entre 1988 a 2003. Método: Estudo de coorte retrospectivo de pacientes adultos de um Centro de Referência de Aids em São Paulo. As variáveis estudadas foram: características sociodemográficas, categorias de transmissão, ano do diagnóstico, níveis de linfócitos T CD4+ e esquemas terapêuticos. Utilizou-se o estimador produto limite de Kaplan-Meier, o modelo de riscos proporcionais de Cox e as estimativas das razões de hazard (HR), com respectivos intervalos de confiança de 95 por cento (IC=95 por cento). Resultados: A incidência média de Aids foi de 11,6 e de 7,1/1000 pessoas-ano, para os períodos de 1988 a 1996 e de 1997 a 2003. A MTLA sem uso de tratamento antirretroviral (TARV) foi de 53,7 meses, com TARV sem HAART foi de 90,0 meses e com HAART mais de 50 por cento dos pacientes permaneceram livres de Aids até 108 meses. Mostraram-se associados à evolução para Aids independente das demais exposições: receber TARV sem HAART (HR= 2,1, IC 95 por cento 1,6 2,8); não ser tratado (HR= 3,0; IC 95 por cento 2,5 3,6); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,2 ; IC 95 por cento 1,1 1,3); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,9; IC 95 por cento 2,3 5,2); pertencer à raça/etnia negra e parda (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,7); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,1 1,6); e UDI (HR= 1,7; IC 95 por cento 1,3 2,2); ter até oito anos de estudo (HR=1,3; IC 95 por cento 1,1 1,5); não ter nenhuma escolaridade (HR=2,0; IC 95 por cento 1,4 5,6); ter CD4+ entre 350 e 500 cel/mm³ (HR=1,6; IC 95 por cento 1,3 1,9). As taxas médias de mortalidade foram de 17,6/1000 pessoas-ano, 23,2 e 7,8, respectivamente, entre 1988 e 1993, de 1994 a 1996 e de 1997 a 2003. O TMS foi de 13,4 meses entre 1988 e 1993, 22,3 meses entre 1994 e 1996 e, de 1997 a 2003 mais de 50 por cento dos pacientes sobreviveram até 108 meses. Mostraram-se associados ao óbito por Aids independente das demais exposições: diagnóstico de Aids entre 1994 e 1996 (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,8 2,2); diagnóstico de Aids entre 1988 e 1993 (HR= 3,2; IC 95 por cento 2,8 3,5); pertencer ao grupo etário de 30 a 49 anos (HR= 1,4 ; IC 95 por cento 1,2 1,5); possuir 50 anos ou mais (HR= 2,0; IC 95 por cento 1,7 2,3); pertencer à categoria de exposição HSH (HR= 1,1; IC 95 por cento 1,1 1,2); e UDI (HR= 1,5; IC 95 por cento 1,3 1,6); ter até 8 anos de estudo (HR= 1,4; IC 95 por cento 1,3 1,5); não ter estudado(HR= 2,1; IC 95 por cento 1,6 2,8); ter CD4+ entre 350 a 500 cel/mm³ (HR=1,2; IC 95 por cento 1,1 1,2); e abaixo de 350 cel/mm³(HR=1,3; IC 95 por cento 1,2 1,3). Conclusões: Nas Coortes São Paulo de HIV e Aids, a mediana do tempo livre de Aids e a sobrevida com Aids foram ampliados com a introdução de diferentes esquemas terapêuticos antirretrovirais e observou-se queda nas taxas de incidência e de mortalidade |
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