As intrusões de afinidade kimberlítica E1 e Es1 da região de Colorado do Oeste, Rondônia

Detalhes bibliográficos
Autor(a) principal: Iede Terezinha Zolinger
Data de Publicação: 2005
Tipo de documento: Tese
Idioma: por
Título da fonte: Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP
Texto Completo: https://doi.org/10.11606/T.44.2005.tde-04112015-110611
Resumo: Intrusões de afinidade kimberlítica (E1 e Es1) ocorrem associadas a mica xistos da Sequência Metavulcano-sedimentar Nova Brasilândia, a sudeste do estado de Rondônia. Os corpos foram estudados por meio de geofísica e as amostras analisadas do ponto de vista mineralógico, petrográfico e geoquímico. Os dados obtidos possibilitam classificar essas ocorrências, respectivamente, como brecha kimberlítica da fácies diatrema e brecha kimberlítica da fácies cratera. Mineralogicamente, as rochas contêm olivina (pseudomorfos), piroxênio, granada, ilmenita e mica como principais constituintes; perovskita acha-se restrita à intrusão E1 enquanto que anfibólio aparece como produto de alteração do piroxênio em Es1. Além disso, elas são portadoras de xenólitos de natureza diversa (eclogíticos e peridotíticos em E1; eclogíticos em Es1). Ainda que afetadas por processos de contaminação e de alteração, como sugerido pelos valores dos índices de contaminação e de ilmenita, as amostras analisadas se distinguem por suas características químicas principais, como natureza ultrabásica, riqueza em MgO (\'mg POT.#\' = 0,81-0,86) e baixa concentração em álcalis, notadamente em \'Na IND.2\'O. O padrão de distribuição dos elementos hidromagmatófilos é muito similar para as duas intrusões, com pronunciadas anomalias positivas em Ba e Nb e negativas em K e Nd. Já as terras raras exibem comportamento também concordante, linear, e com visível fracionamento das leves em relação às pesadas. Isotopicamente, os valores para as razões iniciais de Sr são muito diferentes para as duas intrusões, com a E1 se caracterizando por mostrar valores mais baixos para a razão \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' (0,705133-0,705240). Ao contrário, a Es1 tem valores consideravelmente mais altos (0,712479-0,712848), a indicar a ação de processos de contaminação. Determinações Sm/Nd em concentrados de minerais (granada e piroxênio) e em rocha total levaram à elaboração de isócronas indicando uma idade de 293 \'+ OU -\'18 Ma para E1, e de 317 \'+ OU -\' 45 Ma para Es1, assim como a possível correlação dessas intrusões com as ocorrências kimberlíticas do Grupo Mitu, no Peru. À vista das informações obtidas, e com base na definição de Mitchell (1986), é também aqui sugerido que as intrusões investigadas, ao lado de outras mais reconhecidas na área, sejam partes integrantes de um novo campo kimberlítico, o de Colorado do Oeste, no estado de Rondônia, mais velho que o não muito distante campo de Paranatinga, MT, com idade em torno de 85 Ma.
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spelling info:eu-repo/semantics/publishedVersioninfo:eu-repo/semantics/doctoralThesis As intrusões de afinidade kimberlítica E1 e Es1 da região de Colorado do Oeste, Rondônia Not available. 2005-11-24Celso de Barros GomesRicardo Kalikowski WeskaExcelso RubertiLuiz Fernando ScheibeDarcy Pedro SvizzeroIede Terezinha ZolingerUniversidade de São PauloMineralogia e PetrologiaUSPBR Colorado do Oeste (RO) Geofísica Geoquímica isotópica Intrusão Kimberlito Mineralogia Not available. Petrografia Intrusões de afinidade kimberlítica (E1 e Es1) ocorrem associadas a mica xistos da Sequência Metavulcano-sedimentar Nova Brasilândia, a sudeste do estado de Rondônia. Os corpos foram estudados por meio de geofísica e as amostras analisadas do ponto de vista mineralógico, petrográfico e geoquímico. Os dados obtidos possibilitam classificar essas ocorrências, respectivamente, como brecha kimberlítica da fácies diatrema e brecha kimberlítica da fácies cratera. Mineralogicamente, as rochas contêm olivina (pseudomorfos), piroxênio, granada, ilmenita e mica como principais constituintes; perovskita acha-se restrita à intrusão E1 enquanto que anfibólio aparece como produto de alteração do piroxênio em Es1. Além disso, elas são portadoras de xenólitos de natureza diversa (eclogíticos e peridotíticos em E1; eclogíticos em Es1). Ainda que afetadas por processos de contaminação e de alteração, como sugerido pelos valores dos índices de contaminação e de ilmenita, as amostras analisadas se distinguem por suas características químicas principais, como natureza ultrabásica, riqueza em MgO (\'mg POT.#\' = 0,81-0,86) e baixa concentração em álcalis, notadamente em \'Na IND.2\'O. O padrão de distribuição dos elementos hidromagmatófilos é muito similar para as duas intrusões, com pronunciadas anomalias positivas em Ba e Nb e negativas em K e Nd. Já as terras raras exibem comportamento também concordante, linear, e com visível fracionamento das leves em relação às pesadas. Isotopicamente, os valores para as razões iniciais de Sr são muito diferentes para as duas intrusões, com a E1 se caracterizando por mostrar valores mais baixos para a razão \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' (0,705133-0,705240). Ao contrário, a Es1 tem valores consideravelmente mais altos (0,712479-0,712848), a indicar a ação de processos de contaminação. Determinações Sm/Nd em concentrados de minerais (granada e piroxênio) e em rocha total levaram à elaboração de isócronas indicando uma idade de 293 \'+ OU -\'18 Ma para E1, e de 317 \'+ OU -\' 45 Ma para Es1, assim como a possível correlação dessas intrusões com as ocorrências kimberlíticas do Grupo Mitu, no Peru. À vista das informações obtidas, e com base na definição de Mitchell (1986), é também aqui sugerido que as intrusões investigadas, ao lado de outras mais reconhecidas na área, sejam partes integrantes de um novo campo kimberlítico, o de Colorado do Oeste, no estado de Rondônia, mais velho que o não muito distante campo de Paranatinga, MT, com idade em torno de 85 Ma. Kimberlitic affinity intrusions (E1 and Es1) are found associated with mica schists belonging to the Nova Brasilândia Metavolcano-sedimentary Sequence, at southeastern Rondônia state. They have been investigated by geophysics methods and the rock samples studied from the mineralogical, petrographic and geochemical point of view. The available data allow to classify the above intrusions as a kimberlitic breccia of diatreme facies and a kimberlitic breccia of cratera facies, respectively. Mineralogically, the rocks contain olivine (pseudomorphs), pyroxene, garnet, ilmenite and mica as main constituents; perovskite is only found in the E1 intrusion, whereas amphibole is a typical alteration product from pyroxene in Es1. Furthermore, they carry xenoliths of different natures (eclogitic and peridotitic in E1; eclogitic in Es1). Although the rocks have been affected by contamination and alteration processes, as suggested by the values of contamination and ilmenite indexes, the analyzed samples can be distinguished by their main chemical characteristics, such as ultrabasics nature, MgO richness (\'mg POT.#\' = 0,81-0,86) and low alkalis content. The distribution pattern of the hydromagmatophile elements is very similar for the rocks of both instrusions, showing pronounced positive anomalies of Ba and Nd and negative ones of K and Nd. The rare earth elements behavior is also identical for the both occurrences; it is linear and displays marked fractionation of light elements in to the heavy ones. Isotopically, Sr initial ratio values are quite different for both instrusions: E1 shows low values for the \'ANTPOT.87 Sr\'/\'ANTPOT.86 Sr\' (0,705133-0,705240); on contrary, they are higher for Es1 (0.712479-0.712848), indicating that these rocks have been subjected to contamination processes. Sm/Nd determinations on mineral concentrates (garnet and pyroxene) and whole rock samples provided isochron ages of 293 \'+ OU -\' 18 and 317 \'+ OU -\' 45 Ma for the E1 and Es1 intrusions, respectively, allowing their correlation with kimberlitic occurrences of the Mitu Group in Peru. On the basis of the available data and accord to Mitchell (1986), it is here suggested that the investigated intrusions, in addition to some other bodies already recognized in the area, may represented a new kimberlitic field, the Colorado do Oeste one, older than the Paranatinga field not so far away and showing an age around 85 Ma. https://doi.org/10.11606/T.44.2005.tde-04112015-110611info:eu-repo/semantics/openAccessporreponame:Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USPinstname:Universidade de São Paulo (USP)instacron:USP2023-12-21T18:13:38Zoai:teses.usp.br:tde-04112015-110611Biblioteca Digital de Teses e Dissertaçõeshttp://www.teses.usp.br/PUBhttp://www.teses.usp.br/cgi-bin/mtd2br.plvirginia@if.usp.br|| atendimento@aguia.usp.br||virginia@if.usp.bropendoar:27212023-12-22T12:08:13.635544Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da USP - Universidade de São Paulo (USP)false
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